De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
News
Terras indígenas terão R$ 55 milhões para conservação da biodiversidade
21/06/2024
Autor: Angela Kempfer
Fonte: Campo Grande News - campograndenews.com.br
Entram no projeto as aldeias Lalima, Cachoeirinha, Taunay-Ipegue, Kadiwéu e a Reserva Indígena de Dourados
O Ministério dos Povos Indígenas anunciou a aprovação do projeto "Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas", com investimento do Fundo Global de Desenvolvimento. A iniciativa, que será desenvolvida pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, receberá um aporte de aproximadamente R$ 55 milhões para apoiar projetos em cinco biomas brasileiros, incluindo o Pantanal e o Cerrado em Mato Grosso do Sul. As informações são do Jornal O Globo.
As áreas beneficiadas nos biomas Pantanal e Cerrado incluem as aldeias Lalima, Cachoeirinha, Taunay-Ipegue, Kadiwéu e a Reserva Indígena de Dourados. O projeto terá duração de cinco anos com ações para promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade, com foco no apoio às populações indígenas que desempenham um papel crucial na preservação das florestas e outros biomas.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou a importância da iniciativa em comunicado. "Concebemos esse projeto para valorizar o conhecimento dos povos indígenas sobre a preservação do meio ambiente e para mostrar como eles podem ajudar a sociedade a ter uma relação mais respeitosa com a natureza, transformando até os padrões de consumo e as relações com a biodiversidade", afirmou.
Carlos Manuel Rodríguez, presidente do Fundo Global para o Meio Ambiente, ressaltou a contribuição vital dos povos indígenas para a conservação da natureza. "Os povos indígenas desempenham um papel fundamental como guardiões de vastas áreas florestais e outros biomas, preservando a biodiversidade ameaçada e fornecendo serviços essenciais de ecossistema, como água doce", declarou.
Um dos diferenciais do projeto é a liderança indígena na implementação dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental, que são documentos elaborados pelos próprios indígenas em parceria com o Ministério para definir diretrizes de preservação dos territórios. Fábio Leite, gerente da Agência GEF-FUNBIO, explicou que parte dos recursos será diretamente administrada por organizações indígenas, com apoio do Instituto Internacional de Educação do Brasil quando necessário.
O projeto beneficiará 61 mil indígenas de nove etnias. Em Mato Grosso do Sul atinge os Kadiwéu, Terena, Kinikinau e Guarani Kaiowá, pelo Brasil ainda financiará ações dos Kayapó, Munduruku, Pataxó, Pankararu e Tremembé, abrangendo cerca de 6,4 milhões de hectares.
Sul-mato-grossense, o secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, postou vídeo para festejar a conquista.
Apoio tecnológico - Entre as ações previstas, está a consolidação das terras indígenas com o uso de novas tecnologias. Fábio Leite mencionou que drones e rádios serão adotados para garantir a comunicação e monitoramento em casos de possíveis invasões por garimpeiros ou outros grupos criminosos. "Uma maior ocupação dos povos nas terras que a eles pertencem já auxilia no combate a essas invasões", destacou.
Além disso, o projeto também privilegia o comércio local indígena. Isso será feito através do apoio à produção de biojoias, frutas locais e castanhas, e pelo incentivo ao Programa de Aquisição de Alimentos. O PAA promove a agricultura familiar, indígena e quilombola por meio de compras públicas de alimentos destinados a instituições como hospitais e universidades. A iniciativa buscará reduzir a burocracia que atualmente afasta muitos produtores indígenas, assegurando que a produção agrícola siga tanto as técnicas tradicionais das etnias quanto as diretrizes do programa.
O projeto "Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas" promete ser um marco na valorização do conhecimento e da cultura indígena, além de fortalecer a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável nas terras indígenas brasileiras.
https://www.campograndenews.com.br/brasil/cidades/terras-indigenas-terao-r-55-milhoes-para-conservacao-da-biodiversidade
O Ministério dos Povos Indígenas anunciou a aprovação do projeto "Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas", com investimento do Fundo Global de Desenvolvimento. A iniciativa, que será desenvolvida pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, receberá um aporte de aproximadamente R$ 55 milhões para apoiar projetos em cinco biomas brasileiros, incluindo o Pantanal e o Cerrado em Mato Grosso do Sul. As informações são do Jornal O Globo.
As áreas beneficiadas nos biomas Pantanal e Cerrado incluem as aldeias Lalima, Cachoeirinha, Taunay-Ipegue, Kadiwéu e a Reserva Indígena de Dourados. O projeto terá duração de cinco anos com ações para promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade, com foco no apoio às populações indígenas que desempenham um papel crucial na preservação das florestas e outros biomas.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou a importância da iniciativa em comunicado. "Concebemos esse projeto para valorizar o conhecimento dos povos indígenas sobre a preservação do meio ambiente e para mostrar como eles podem ajudar a sociedade a ter uma relação mais respeitosa com a natureza, transformando até os padrões de consumo e as relações com a biodiversidade", afirmou.
Carlos Manuel Rodríguez, presidente do Fundo Global para o Meio Ambiente, ressaltou a contribuição vital dos povos indígenas para a conservação da natureza. "Os povos indígenas desempenham um papel fundamental como guardiões de vastas áreas florestais e outros biomas, preservando a biodiversidade ameaçada e fornecendo serviços essenciais de ecossistema, como água doce", declarou.
Um dos diferenciais do projeto é a liderança indígena na implementação dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental, que são documentos elaborados pelos próprios indígenas em parceria com o Ministério para definir diretrizes de preservação dos territórios. Fábio Leite, gerente da Agência GEF-FUNBIO, explicou que parte dos recursos será diretamente administrada por organizações indígenas, com apoio do Instituto Internacional de Educação do Brasil quando necessário.
O projeto beneficiará 61 mil indígenas de nove etnias. Em Mato Grosso do Sul atinge os Kadiwéu, Terena, Kinikinau e Guarani Kaiowá, pelo Brasil ainda financiará ações dos Kayapó, Munduruku, Pataxó, Pankararu e Tremembé, abrangendo cerca de 6,4 milhões de hectares.
Sul-mato-grossense, o secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, postou vídeo para festejar a conquista.
Apoio tecnológico - Entre as ações previstas, está a consolidação das terras indígenas com o uso de novas tecnologias. Fábio Leite mencionou que drones e rádios serão adotados para garantir a comunicação e monitoramento em casos de possíveis invasões por garimpeiros ou outros grupos criminosos. "Uma maior ocupação dos povos nas terras que a eles pertencem já auxilia no combate a essas invasões", destacou.
Além disso, o projeto também privilegia o comércio local indígena. Isso será feito através do apoio à produção de biojoias, frutas locais e castanhas, e pelo incentivo ao Programa de Aquisição de Alimentos. O PAA promove a agricultura familiar, indígena e quilombola por meio de compras públicas de alimentos destinados a instituições como hospitais e universidades. A iniciativa buscará reduzir a burocracia que atualmente afasta muitos produtores indígenas, assegurando que a produção agrícola siga tanto as técnicas tradicionais das etnias quanto as diretrizes do programa.
O projeto "Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas" promete ser um marco na valorização do conhecimento e da cultura indígena, além de fortalecer a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável nas terras indígenas brasileiras.
https://www.campograndenews.com.br/brasil/cidades/terras-indigenas-terao-r-55-milhoes-para-conservacao-da-biodiversidade
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source