De Povos Indígenas no Brasil
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Noticias
Funai destaca Sisteminha Comunidades como tecnologia social para segurança alimentar e resiliência climática na COP29
14/11/2024
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), promoveu nesta quinta-feira (14) um painel no Pavilhão Brasil, durante a COP29, com o tema Sisteminha Comunidades: Tecnologia Social promotora da soberania e segurança alimentar, da resiliência climática e da microeconomia dos Povos e Comunidades Tradicionais. A iniciativa buscou debater o combate à fome, a segurança e a soberania alimentar das populações mais impactadas pelas mudanças climáticas, apresentando a aplicação do Sisteminha como tecnologia social para fortalecer a resiliência e a autonomia dessas comunidades.
Muitas dessas comunidades têm sido impactadas pela crise climática e essa solução passa pela discussão de propostas relacionadas à adaptação. A Funai está aqui, apresentando propostas e soluções para o enfrentamento dessa crise climática.Joenia Wapichana, presidenta da Funai
A discussão abordou os resultados do Sisteminha no combate à fome e na sustentabilidade dos modos de vida tradicionais. Participaram do evento Joenia Wapichana, presidenta da Funai; Lucia Alberta Baré, diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai; Carlos Ansarah, agrônomo da Secretaria de Territórios e Sistemas Produtivos Tradicionais e Quilombolas do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); Ana Euler, diretora executiva de Negócios da Embrapa; Luiz Carlos Guilherme, pesquisador da Embrapa e idealizador do Sisteminha; Ronaldo dos Santos, do Ministério da Igualdade Racial (MIR); Luiz Fernando Delazari, diretor jurídico da Itaipu Binacional; e Milena Martins, liderança quilombola da Comunidade São Martins, em Paulistana (PI).
Em sua fala, Joenia Wapichana destacou a importância da participação da Funai na COP29: "A Funai está aqui na COP29 e hoje realizou o seu evento no Pavilhão Brasil, juntamente com a Embrapa, apresentando uma experiência muito positiva, que é o Sisteminha, em parceria com o MDA, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a Embrapa, agora com o MIR e a Itaipu Binacional, integrando comunidades indígenas e comunidades quilombolas para oferecer uma resposta à segurança alimentar e à crise climática. Muitas dessas comunidades têm sido impactadas pela crise climática e essa solução passa pela discussão de propostas relacionadas à adaptação. A Funai está aqui, apresentando propostas e soluções para o enfrentamento dessa crise climática."
Outros parceiros institucionais também contribuíram para o debate, como a GIZ, através do Projeto "Guardiões da Floresta", que integra a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, financiado pelo Ministério Alemão das Relações Exteriores. Também apoiaram o evento o MDS, o MIR e o Fundo Socioambiental da Vale.
Sisteminha Comunidades: Segurança alimentar e resiliência climática
O Sisteminha Comunidades, tecnologia social desenvolvida pela Embrapa, integra módulos de produção familiar que promovem a criação de animais, o cultivo de vegetais e atividades microbiológicas, utilizando um modelo que otimiza recursos naturais e reduz desperdícios. O módulo central do sistema é um tanque de piscicultura suspenso, cujo uso integra diferentes módulos produtivos e facilita a fertilização de hortas, potencializando a segurança alimentar das comunidades.
Quem já tem o Sisteminha faz a diferença. Nossa preocupação hoje é escolher as opções que temos para comer e não se vamos comer, porque agora temos fartura. Hoje temos a certeza que amanhã não teremos mais fome.Milena Martins, liderança quilombola da Comunidade São Martins
Durante o painel, foram destacados os módulos mais adotados no Sisteminha: piscicultura, criação de aves para postura e corte, compostagem e cultivo de vegetais como milho, mandioca, batata-doce, abóbora, feijão, melancia e inhame. Esses módulos são adaptáveis às necessidades das comunidades, promovendo uma produção contínua e diversificada de alimentos ao longo do ano.
A parceria estratégica entre a Funai e a Embrapa é realizada por meio de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), que promove pesquisa, fomento e extensão nas iniciativas produtivas dos povos indígenas. Esse acordo fortalece o diálogo de saberes e valoriza os conhecimentos tradicionais, permitindo que tecnologias como o Sisteminha sejam continuamente aprimoradas e adaptadas às realidades das comunidades indígenas.
O painel contou com a participação de Milena Martins, liderança quilombola da Comunidade São Martins, que apoia outras 11 comunidades quilombolas e uma indígena na região. Em sua fala, Milena destacou o impacto transformador do Sisteminha: "Quem já tem o Sisteminha faz a diferença. Nossa preocupação hoje é escolher as opções que temos para comer e não se vamos comer, porque agora temos fartura. Hoje temos a certeza que amanhã não teremos mais fome." Embora convidada, Antonia Krenyê, indígena do Povo Krenyê e referência na aplicação do Sisteminha, não pôde estar presente devido às questões de documentação para deslocamento ao exterior.
A moderação do debate foi conduzida por Lucia Alberta Baré, diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, e Leiva Martins Pereira, coordenador de Produção Sustentável da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável (DPDS) da Funai.
Durante as discussões, destacou-se que o Sisteminha Comunidades vai além da segurança alimentar, proporcionando maior resiliência climática e promovendo o protagonismo das mulheres, especialmente na gestão dos recursos e da produção. O Sisteminha é uma tecnologia social adaptável a diferentes biomas e hábitos alimentares, promovendo a inclusão e a sustentabilidade.
Com o apoio da Funai, Embrapa, MDA e outros parceiros, o Sisteminha Comunidades consolida-se como uma ferramenta essencial para a segurança alimentar e sustentabilidade em comunidades indígenas e tradicionais, reforçando o compromisso do Brasil em desenvolver soluções que aliam inovação e saberes tradicionais para enfrentar a crise climática.
Assessoria de Comunicação/Funai
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2024/funai-destaca-sisteminha-comunidades-como-tecnologia-social-para-seguranca-alimentar-e-resiliencia-climatica-na-cop29
Muitas dessas comunidades têm sido impactadas pela crise climática e essa solução passa pela discussão de propostas relacionadas à adaptação. A Funai está aqui, apresentando propostas e soluções para o enfrentamento dessa crise climática.Joenia Wapichana, presidenta da Funai
A discussão abordou os resultados do Sisteminha no combate à fome e na sustentabilidade dos modos de vida tradicionais. Participaram do evento Joenia Wapichana, presidenta da Funai; Lucia Alberta Baré, diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai; Carlos Ansarah, agrônomo da Secretaria de Territórios e Sistemas Produtivos Tradicionais e Quilombolas do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); Ana Euler, diretora executiva de Negócios da Embrapa; Luiz Carlos Guilherme, pesquisador da Embrapa e idealizador do Sisteminha; Ronaldo dos Santos, do Ministério da Igualdade Racial (MIR); Luiz Fernando Delazari, diretor jurídico da Itaipu Binacional; e Milena Martins, liderança quilombola da Comunidade São Martins, em Paulistana (PI).
Em sua fala, Joenia Wapichana destacou a importância da participação da Funai na COP29: "A Funai está aqui na COP29 e hoje realizou o seu evento no Pavilhão Brasil, juntamente com a Embrapa, apresentando uma experiência muito positiva, que é o Sisteminha, em parceria com o MDA, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a Embrapa, agora com o MIR e a Itaipu Binacional, integrando comunidades indígenas e comunidades quilombolas para oferecer uma resposta à segurança alimentar e à crise climática. Muitas dessas comunidades têm sido impactadas pela crise climática e essa solução passa pela discussão de propostas relacionadas à adaptação. A Funai está aqui, apresentando propostas e soluções para o enfrentamento dessa crise climática."
Outros parceiros institucionais também contribuíram para o debate, como a GIZ, através do Projeto "Guardiões da Floresta", que integra a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, financiado pelo Ministério Alemão das Relações Exteriores. Também apoiaram o evento o MDS, o MIR e o Fundo Socioambiental da Vale.
Sisteminha Comunidades: Segurança alimentar e resiliência climática
O Sisteminha Comunidades, tecnologia social desenvolvida pela Embrapa, integra módulos de produção familiar que promovem a criação de animais, o cultivo de vegetais e atividades microbiológicas, utilizando um modelo que otimiza recursos naturais e reduz desperdícios. O módulo central do sistema é um tanque de piscicultura suspenso, cujo uso integra diferentes módulos produtivos e facilita a fertilização de hortas, potencializando a segurança alimentar das comunidades.
Quem já tem o Sisteminha faz a diferença. Nossa preocupação hoje é escolher as opções que temos para comer e não se vamos comer, porque agora temos fartura. Hoje temos a certeza que amanhã não teremos mais fome.Milena Martins, liderança quilombola da Comunidade São Martins
Durante o painel, foram destacados os módulos mais adotados no Sisteminha: piscicultura, criação de aves para postura e corte, compostagem e cultivo de vegetais como milho, mandioca, batata-doce, abóbora, feijão, melancia e inhame. Esses módulos são adaptáveis às necessidades das comunidades, promovendo uma produção contínua e diversificada de alimentos ao longo do ano.
A parceria estratégica entre a Funai e a Embrapa é realizada por meio de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), que promove pesquisa, fomento e extensão nas iniciativas produtivas dos povos indígenas. Esse acordo fortalece o diálogo de saberes e valoriza os conhecimentos tradicionais, permitindo que tecnologias como o Sisteminha sejam continuamente aprimoradas e adaptadas às realidades das comunidades indígenas.
O painel contou com a participação de Milena Martins, liderança quilombola da Comunidade São Martins, que apoia outras 11 comunidades quilombolas e uma indígena na região. Em sua fala, Milena destacou o impacto transformador do Sisteminha: "Quem já tem o Sisteminha faz a diferença. Nossa preocupação hoje é escolher as opções que temos para comer e não se vamos comer, porque agora temos fartura. Hoje temos a certeza que amanhã não teremos mais fome." Embora convidada, Antonia Krenyê, indígena do Povo Krenyê e referência na aplicação do Sisteminha, não pôde estar presente devido às questões de documentação para deslocamento ao exterior.
A moderação do debate foi conduzida por Lucia Alberta Baré, diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, e Leiva Martins Pereira, coordenador de Produção Sustentável da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável (DPDS) da Funai.
Durante as discussões, destacou-se que o Sisteminha Comunidades vai além da segurança alimentar, proporcionando maior resiliência climática e promovendo o protagonismo das mulheres, especialmente na gestão dos recursos e da produção. O Sisteminha é uma tecnologia social adaptável a diferentes biomas e hábitos alimentares, promovendo a inclusão e a sustentabilidade.
Com o apoio da Funai, Embrapa, MDA e outros parceiros, o Sisteminha Comunidades consolida-se como uma ferramenta essencial para a segurança alimentar e sustentabilidade em comunidades indígenas e tradicionais, reforçando o compromisso do Brasil em desenvolver soluções que aliam inovação e saberes tradicionais para enfrentar a crise climática.
Assessoria de Comunicação/Funai
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2024/funai-destaca-sisteminha-comunidades-como-tecnologia-social-para-seguranca-alimentar-e-resiliencia-climatica-na-cop29
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