De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Funai acompanha família de indígena isolado da Terra Indígena Mamoriá Grande
10/03/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) segue monitorando a situação envolvendo um jovem indígena isolado da Terra Indígena Mamoriá Grande, localizada entre os municípios de Pauini e Lábrea, no Amazonas, que interagiu com a sociedade não indígena do entorno no dia 12 de fevereiro. Desde o ocorrido, a Funai e a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) têm atuado de forma contínua para garantir a proteção territorial e sanitária do grupo isolado.
O jovem indígena, que retornou à floresta após a interação inicial, se reencontrou, junto à sua família, com a equipe da Frente de Proteção Etnoambiental Madeira-Purus (CFPE-Madpur). Desde então, os órgãos responsáveis seguem acompanhando a família e apurando as razões que levaram ao contato voluntário. A hipótese principal é que o grupo enfrentou dificuldades para realizar seu deslocamento tradicional aos igarapés da Terra Indígena, movimento comum durante a transição do verão amazônico para o período de chuvas.
A interação inicial ocorreu na comunidade ribeirinha de Bela Rosa, localizada a cerca de 5 quilômetros da Base de Proteção Etnoambiental (Bape) Mamoriá Grande. Imediatamente, foi acionado o plano de contingência para situações de contato, conduzido pelas equipes da Funai e Sesai. Essas equipes permanecem em prontidão na Bape, na comunidade de Bela Rosa e em outras áreas próximas ao local do contato.
Diante desse cenário, o Estado brasileiro, por meio da Funai e Sesai, mantém a execução da política indigenista de proteção territorial e de saúde, garantindo o acompanhamento contínuo da família indígena. As equipes técnicas seguem monitorando a situação em campo e planejando os próximos passos para assegurar a proteção do povo indígena isolado da Terra Indígena Mamoriá Grande.
Portaria de restrição de uso
Em 11 de dezembro de 2024, foi publicada a portaria de restrição de uso referente à área de Mamoriá Grande. A medida foi um importante passo para proteger os povos indígenas isolados da região, cuja presença foi oficialmente confirmada pela Funai em 2021.
A área de Mamoriá Grande, além de abrigar esses grupos vulneráveis, apresenta cerca de 20% de sobreposição com a Reserva Extrativista (Resex) Médio Purus. A proposta de interdição é resultado dos trabalhos criteriosos e minuciosos de localização e monitoramento de povos indígenas isolados, por meio da Frente de Proteção Etnoambiental Madeira Purus (FPE MadPur). Tal proposta contou também com um intenso diálogo com os moradores da Resex e baseou-se no plano de manejo da reserva, garantindo o menor impacto possível para a população local enquanto garante a proteção dos povos isolados. Até o momento, a Funai já implementou duas Bases de Proteção Etnoambiental na região para monitorar e proteger o território.
Principais ameaças enfrentadas pela área
A área de Mamoriá Grande enfrenta uma série de desafios que tornam urgente a sua interdição legal. Entre as principais ameaças estão a especulação fundiária; os conflitos locais, sob a forma de ameaças provenientes de moradores da Resex Médio Purus contra indígenas e servidores da Funai; e a ausência de respaldo legal para fiscalização, tendo em vista que antes da publicação da portaria, a Funai não possuía previsão legal para realizar fiscalizações adequadas no território.
A interdição de Mamoriá Grande, em cumprimento à missão da Funai de proteger e promover os direitos dos povos indígenas do Brasil, respaldada por dispositivos legais como o artigo 231 da Constituição Federal e o Decreto no 1.775/96, impede a exploração de recursos naturais e restringe o acesso de terceiros à área. A medida visa salvaguardar a vida dos indígenas isolados, extremamente vulneráveis a pressões externas e impactos ambientais.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-acompanha-familia-de-indigena-isolado-da-terra-indigena-mamoria-grande
O jovem indígena, que retornou à floresta após a interação inicial, se reencontrou, junto à sua família, com a equipe da Frente de Proteção Etnoambiental Madeira-Purus (CFPE-Madpur). Desde então, os órgãos responsáveis seguem acompanhando a família e apurando as razões que levaram ao contato voluntário. A hipótese principal é que o grupo enfrentou dificuldades para realizar seu deslocamento tradicional aos igarapés da Terra Indígena, movimento comum durante a transição do verão amazônico para o período de chuvas.
A interação inicial ocorreu na comunidade ribeirinha de Bela Rosa, localizada a cerca de 5 quilômetros da Base de Proteção Etnoambiental (Bape) Mamoriá Grande. Imediatamente, foi acionado o plano de contingência para situações de contato, conduzido pelas equipes da Funai e Sesai. Essas equipes permanecem em prontidão na Bape, na comunidade de Bela Rosa e em outras áreas próximas ao local do contato.
Diante desse cenário, o Estado brasileiro, por meio da Funai e Sesai, mantém a execução da política indigenista de proteção territorial e de saúde, garantindo o acompanhamento contínuo da família indígena. As equipes técnicas seguem monitorando a situação em campo e planejando os próximos passos para assegurar a proteção do povo indígena isolado da Terra Indígena Mamoriá Grande.
Portaria de restrição de uso
Em 11 de dezembro de 2024, foi publicada a portaria de restrição de uso referente à área de Mamoriá Grande. A medida foi um importante passo para proteger os povos indígenas isolados da região, cuja presença foi oficialmente confirmada pela Funai em 2021.
A área de Mamoriá Grande, além de abrigar esses grupos vulneráveis, apresenta cerca de 20% de sobreposição com a Reserva Extrativista (Resex) Médio Purus. A proposta de interdição é resultado dos trabalhos criteriosos e minuciosos de localização e monitoramento de povos indígenas isolados, por meio da Frente de Proteção Etnoambiental Madeira Purus (FPE MadPur). Tal proposta contou também com um intenso diálogo com os moradores da Resex e baseou-se no plano de manejo da reserva, garantindo o menor impacto possível para a população local enquanto garante a proteção dos povos isolados. Até o momento, a Funai já implementou duas Bases de Proteção Etnoambiental na região para monitorar e proteger o território.
Principais ameaças enfrentadas pela área
A área de Mamoriá Grande enfrenta uma série de desafios que tornam urgente a sua interdição legal. Entre as principais ameaças estão a especulação fundiária; os conflitos locais, sob a forma de ameaças provenientes de moradores da Resex Médio Purus contra indígenas e servidores da Funai; e a ausência de respaldo legal para fiscalização, tendo em vista que antes da publicação da portaria, a Funai não possuía previsão legal para realizar fiscalizações adequadas no território.
A interdição de Mamoriá Grande, em cumprimento à missão da Funai de proteger e promover os direitos dos povos indígenas do Brasil, respaldada por dispositivos legais como o artigo 231 da Constituição Federal e o Decreto no 1.775/96, impede a exploração de recursos naturais e restringe o acesso de terceiros à área. A medida visa salvaguardar a vida dos indígenas isolados, extremamente vulneráveis a pressões externas e impactos ambientais.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-acompanha-familia-de-indigena-isolado-da-terra-indigena-mamoria-grande
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.