De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Atuação empresarial na conservação ambiental precisa ser encorajada
18/03/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
Atuação empresarial na conservação ambiental precisa ser encorajada
Governo do Pará se prepara para lançar novo modelo de concessão de área florestal à iniciativa privada
18/03/2025
Na contagem regressiva para a COP30 de Belém, o Brasil se prepara para lançar um novo modelo de parceria público-privada para restaurar e proteger a Floresta Amazônica. Será oferecida a empresas privadas na Bolsa de Valores B3, no dia 28, parte dos 10,3 mil hectares da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará. O objetivo é gerar emprego e renda por meio da venda de créditos de carbono, mas não só. Por 40 anos, também será permitida exploração sustentável da madeira de espécies nativas e de outros serviços ambientais. O governador do Pará, Helder Barbalho, diz que o negócio tem uma simbologia especial por se tratar de área que havia sido grilada e desmatada, foi recuperada na Justiça pelo estado e convertida em APA. A expectativa do governo é movimentar R$ 1,5 bilhão.
O projeto tem como eixo central a ideia de que conservação e regeneração de áreas florestais não podem se resumir a combater a grilagem. É preciso também criar alternativas de sustento para a população local. "Não adianta só deter o desmatamento, tirar o grileiro. É preciso dar uma opção que substitua a economia que gira em torno. O contrato prevê que parte da receita volte para o território em empregos, investimentos sociais e infraestrutura", diz Olavo Tatsuo Makiyama, gerente de áreas públicas na Amazônia da The Nature Conservancy (TNC) Brasil, responsável, com um consórcio de consultorias, pelo apoio técnico ao projeto de concessão. É correta a ideia de que, se as populações locais tiverem alternativa de emprego e renda, cairá a pressão sobre a floresta. "Um aspecto fundamental é gerar renda para quem vive na Amazônia", afirma a diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais da TNC, Karem Oliveira.
A operação deverá ser a primeira de várias. Antes da COP30, marcada para novembro, mais áreas federais e estaduais poderão constituir um portfólio de concessões. Está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) a licitação de 98,3 mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. Ainda na APA Triunfo do Xingu há outras áreas desmatadas pela grilagem a conceder, num total de 20 mil hectares. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estuda financiar uma garantia para o projeto. O BID entende que a parceria público-privada permite dar escala aos projetos de reflorestamento e preservação e cria um mecanismo financeiro com segurança jurídica e monitoramento.
A APA Triunfo do Xingu perdeu, desde 2008, 4.372km² de florestas, ou 35% do total, segundo dados do Inpe. Situada nos municípios de Altamira e São Félix do Xingu, ela é 14 vezes maior que o município do Rio de Janeiro. Como costuma acontecer na Amazônia, áreas desmatadas foram convertidas em pasto para gado. Os números dão uma dimensão do trabalho necessário para regenerar e proteger áreas na região. Para atender às necessidades do meio ambiente, a participação do capital privado se tornou imprescindível e deve ser encorajada. Com a instituição do novo mercado de créditos de carbono no Brasil, isso se tornou mais fácil.
https://oglobo.globo.com/opiniao/editorial/coluna/2025/03/atuacao-empresarial-na-conservacao-ambiental-precisa-ser-encorajada.ghtml
Governo do Pará se prepara para lançar novo modelo de concessão de área florestal à iniciativa privada
18/03/2025
Na contagem regressiva para a COP30 de Belém, o Brasil se prepara para lançar um novo modelo de parceria público-privada para restaurar e proteger a Floresta Amazônica. Será oferecida a empresas privadas na Bolsa de Valores B3, no dia 28, parte dos 10,3 mil hectares da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará. O objetivo é gerar emprego e renda por meio da venda de créditos de carbono, mas não só. Por 40 anos, também será permitida exploração sustentável da madeira de espécies nativas e de outros serviços ambientais. O governador do Pará, Helder Barbalho, diz que o negócio tem uma simbologia especial por se tratar de área que havia sido grilada e desmatada, foi recuperada na Justiça pelo estado e convertida em APA. A expectativa do governo é movimentar R$ 1,5 bilhão.
O projeto tem como eixo central a ideia de que conservação e regeneração de áreas florestais não podem se resumir a combater a grilagem. É preciso também criar alternativas de sustento para a população local. "Não adianta só deter o desmatamento, tirar o grileiro. É preciso dar uma opção que substitua a economia que gira em torno. O contrato prevê que parte da receita volte para o território em empregos, investimentos sociais e infraestrutura", diz Olavo Tatsuo Makiyama, gerente de áreas públicas na Amazônia da The Nature Conservancy (TNC) Brasil, responsável, com um consórcio de consultorias, pelo apoio técnico ao projeto de concessão. É correta a ideia de que, se as populações locais tiverem alternativa de emprego e renda, cairá a pressão sobre a floresta. "Um aspecto fundamental é gerar renda para quem vive na Amazônia", afirma a diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais da TNC, Karem Oliveira.
A operação deverá ser a primeira de várias. Antes da COP30, marcada para novembro, mais áreas federais e estaduais poderão constituir um portfólio de concessões. Está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) a licitação de 98,3 mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. Ainda na APA Triunfo do Xingu há outras áreas desmatadas pela grilagem a conceder, num total de 20 mil hectares. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estuda financiar uma garantia para o projeto. O BID entende que a parceria público-privada permite dar escala aos projetos de reflorestamento e preservação e cria um mecanismo financeiro com segurança jurídica e monitoramento.
A APA Triunfo do Xingu perdeu, desde 2008, 4.372km² de florestas, ou 35% do total, segundo dados do Inpe. Situada nos municípios de Altamira e São Félix do Xingu, ela é 14 vezes maior que o município do Rio de Janeiro. Como costuma acontecer na Amazônia, áreas desmatadas foram convertidas em pasto para gado. Os números dão uma dimensão do trabalho necessário para regenerar e proteger áreas na região. Para atender às necessidades do meio ambiente, a participação do capital privado se tornou imprescindível e deve ser encorajada. Com a instituição do novo mercado de créditos de carbono no Brasil, isso se tornou mais fácil.
https://oglobo.globo.com/opiniao/editorial/coluna/2025/03/atuacao-empresarial-na-conservacao-ambiental-precisa-ser-encorajada.ghtml
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.