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COP30: governo do Pará aposta em 'árvores artificiais' para ampliar sombras, mas muda nome do projeto após críticas

01/04/2025

Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/



COP30: governo do Pará aposta em 'árvores artificiais' para ampliar sombras, mas muda nome do projeto após críticas
Depois da repercussão, estruturas que misturam trepadeiras com material reciclado passaram a se chamar 'jardins suspensos'

Lucas Altino

01/04/2025

Uma polêmica sobre as obras da COP30 em Belém tomou conta das redes. Para criar áreas sombreadas no futuro Parque Linear da Doca, o governo do Pará instalou plantas trepadeiras sobre material reciclado que imita o formato de árvores, o que gerou críticas de moradores e ambientalistas. Depois da repercussão negativa, o governo trocou o termo originalmente usado na divulgação das obras: "árvores artificiais" foi substituído por "jardins suspensos".

Serão instaladas 80 plantas apoiadas em material reciclado no parque e mais cem na Avenida Tamandaré, que fica ao lado. O governo do Pará alega que a solução artificial foi necessária porque a faixa de terra ao longo dos canais é rasa em muitas partes, e as raízes das árvores precisam de profundidade e de espaço lateral para que cresçam saudáveis.

Mas a COP do Povo, uma coalizão de ONGs que organiza eventos paralelos para a conferência, afirma que "centenas de alternativas" poderiam ser feitas. Nas redes sociais, o grupo criticou o "preocupante grau de desconexão com a realidade amazônica" e o desalinhamento com diretrizes dos principais acordos ambientais internacionais.

"O simbolismo de implantar árvores artificiais em uma das regiões mais biodiversas do planeta escancara não só o desprezo pelo conhecimento tradicional e científico sobre o bioma amazônico, mas também a falta de escuta e diálogo com as comunidades locais, ribeirinhas e os povos originários", ataca a nota.

Com experiência em projetos de reflorestamento, o engenheiro florestal Salvador Sá criticou a medida e disse que, pelas imagens, as espécies de plantas usadas são exóticas. O governo do Pará afirma que foram usadas espécies nativas brasileiras, adaptadas ao clima.

- A ideia de aproveitar materiais descartados em estruturas para fins paisagísticos é interessante, mas a de fixar ervas ornamentais para simular a copa de árvores é bizarra. Mais ainda se considerarmos que não farão isso numa região desértica, mas na de maior biodiversidade do país - reclamou o especialista, que critica também a sombra insuficiente: - Não contempla mais do que os próprios canteiros.

https://oglobo.globo.com/brasil/cop-30-amazonia/noticia/2025/04/01/cop30-governo-do-para-aposta-em-arvores-artificiais-para-ampliar-sombras-mas-muda-nome-do-projeto-apos-criticas.ghtml
 

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