De Povos Indígenas no Brasil
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Problema de Belém é a comparação com Dubai, diz presidente da COP30
31/03/2025
Fonte: Valor Econômico - https://valor.globo.com/
Problema de Belém é a comparação com Dubai, diz presidente da COP30
Álvaro Fagundes
31/03/2025
O problema da infraestrutura de Belém para a COP30 em novembro é a comparação, especialmente com Dubai, que recebeu a conferência climática da ONU dois anos atrás. Esta é a visão do embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.
"Belém é uma cidade média", destacou o diplomata ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, lembrando ainda que a COP anterior ocorreu em uma capital de um país com forte crescimento: Baku, no Azerbaijão. Belém é a 12ª maior cidade brasileira, com 1,3 milhão de habitantes.
Para Corrêa do Lago, Belém, porém, tem "charme e uma comida infinitamente melhor" que as cidades que receberam o evento recentemente.
No início do mês, o governo brasileiro confirmou a antecipação da cúpula de chefes de Estado, que normalmente ocorre no intervalo da conferência. A ideia de fatiar o evento ocorreu diante dos problemas de infraestrutura na capital paraense para comportar os 50 mil visitantes esperados, sobretudo na rede hoteleira.
Sobre a saída dos EUA do Acordo de Paris, como já anunciada pelo presidente Donald Trump, Corrêa voltou a dizer que cerca de 20 Estados americanos (que representam 60% do PIB da maior economia global), além de grandes empresas, vão seguir as orientações do acerto global de 2015.
Ele, porém, destacou que os EUA, por serem uma potência, podem ser um exemplo a ser seguido por outros países, mas que até o momento não há notícia de governos adotando a mesma iniciativa de Trump.
Indígenas
Corrêa do Lago também afirmou na entrevista que o evento em Belém trabalha para que os povos indígenas tenham voz.
Segundo ele, a conferência climática terá quatro "círculos" e um deles será presidido pela ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e que prevê que os povos indígenas terão "participação muito ativa".
"Os indígenas serão ouvidos e não apenas pelos temas que são diretamente envolvidos", afirmou. Ele destacou ainda que a escolha de Belém como sede da COP30 foi um gesto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "aproximação" com os povos indígenas.
Meta ambiciosa
O embaixador também disse que a COP30 terá de pensar de maneira mais inovadora" para conseguir avançar nas negociações de redução de emissões. "As negociações em Belém terão de abandonar a síndrome da guerra passada, pensando em medidas que foram adotadas em COPs anteriores, ainda mais com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris", afirmou.
Corrêa do Lago defende que é preciso ter uma visão realista sobre os efeitos da COP30, mas "realista ambiciosa".
Papel da China
O presidente da COP30 também abordou o papel da China nas emissões de gases de efeito estufa. Segundo ele, os chineses são analisados pelo seu papel na emissão desses gases - líderes globais em 2023 - e de eventual maior participação financeira na solução global do problema, mas é deixada de lado a importância do país no desenvolvimento de tecnologias que ajudam na redução de custos para geração de energias renováveis, como eólica e solar.
"As perspectivas de você adotar energias renováveis na África se devem essencialmente à redução do custo que a China tem permitido. Isso é uma coisa extraordinária. É muito mais do que se a China tivesse colocado dinheiro em fundos", afirmou.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/03/31/problema-de-belem-e-a-comparacao-com-dubai-diz-presidente-da-cop30.ghtml
Álvaro Fagundes
31/03/2025
O problema da infraestrutura de Belém para a COP30 em novembro é a comparação, especialmente com Dubai, que recebeu a conferência climática da ONU dois anos atrás. Esta é a visão do embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.
"Belém é uma cidade média", destacou o diplomata ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, lembrando ainda que a COP anterior ocorreu em uma capital de um país com forte crescimento: Baku, no Azerbaijão. Belém é a 12ª maior cidade brasileira, com 1,3 milhão de habitantes.
Para Corrêa do Lago, Belém, porém, tem "charme e uma comida infinitamente melhor" que as cidades que receberam o evento recentemente.
No início do mês, o governo brasileiro confirmou a antecipação da cúpula de chefes de Estado, que normalmente ocorre no intervalo da conferência. A ideia de fatiar o evento ocorreu diante dos problemas de infraestrutura na capital paraense para comportar os 50 mil visitantes esperados, sobretudo na rede hoteleira.
Sobre a saída dos EUA do Acordo de Paris, como já anunciada pelo presidente Donald Trump, Corrêa voltou a dizer que cerca de 20 Estados americanos (que representam 60% do PIB da maior economia global), além de grandes empresas, vão seguir as orientações do acerto global de 2015.
Ele, porém, destacou que os EUA, por serem uma potência, podem ser um exemplo a ser seguido por outros países, mas que até o momento não há notícia de governos adotando a mesma iniciativa de Trump.
Indígenas
Corrêa do Lago também afirmou na entrevista que o evento em Belém trabalha para que os povos indígenas tenham voz.
Segundo ele, a conferência climática terá quatro "círculos" e um deles será presidido pela ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e que prevê que os povos indígenas terão "participação muito ativa".
"Os indígenas serão ouvidos e não apenas pelos temas que são diretamente envolvidos", afirmou. Ele destacou ainda que a escolha de Belém como sede da COP30 foi um gesto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "aproximação" com os povos indígenas.
Meta ambiciosa
O embaixador também disse que a COP30 terá de pensar de maneira mais inovadora" para conseguir avançar nas negociações de redução de emissões. "As negociações em Belém terão de abandonar a síndrome da guerra passada, pensando em medidas que foram adotadas em COPs anteriores, ainda mais com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris", afirmou.
Corrêa do Lago defende que é preciso ter uma visão realista sobre os efeitos da COP30, mas "realista ambiciosa".
Papel da China
O presidente da COP30 também abordou o papel da China nas emissões de gases de efeito estufa. Segundo ele, os chineses são analisados pelo seu papel na emissão desses gases - líderes globais em 2023 - e de eventual maior participação financeira na solução global do problema, mas é deixada de lado a importância do país no desenvolvimento de tecnologias que ajudam na redução de custos para geração de energias renováveis, como eólica e solar.
"As perspectivas de você adotar energias renováveis na África se devem essencialmente à redução do custo que a China tem permitido. Isso é uma coisa extraordinária. É muito mais do que se a China tivesse colocado dinheiro em fundos", afirmou.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/03/31/problema-de-belem-e-a-comparacao-com-dubai-diz-presidente-da-cop30.ghtml
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