De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Questão climática vai além da redução das emissões de gases do efeito estufa
28/04/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
Questão climática vai além da redução das emissões de gases do efeito estufa
Ativista defende mudança no sistema econômico global e uso de tecnologias de povos indígenas
28/04/2025
Andrea Freitas
O painel Forecasting COP30, que reuniu no palco central do Web Summit Rio a atriz e ativista Nathaly Kelley e o fundador e CEO da World Climate Foundation, pretendia abordar o que esperar da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontece em novembro em Belém.
O debate, no entanto, avançou pouco em relação ao que se pode esperar do encontro em termos de política global e do papel das empresas de tecnologia, concentrando-se na defesa dos pontos de vista de cada um sobre como lidar com a questão climática.
Para Nielsen, o evento marca a longa história do Brasil em relação à questão do clima e do desenvolvimento, citando as conferências Rio-92 e Rio+20. Ele também destacou que a COP30 acontece dez anos após os Acordos de Paris e que a expectativa é de grandes mudanças em termos de implementação.
Já Nathaly se mostrou cética quanto a possíveis mudanças e disse que, para a COP30 avançar é preciso "focar em tecnologias de povos indígenas em vez de passar a ilusão de que algo está sendo feito". Ela afirmou que essas conferências estão sendo "cooptadas por corporações multinacionais que mexem as cordas nos bastidores".
- Estamos demonizando o clima como o cara mau na sala. Mas o clima não é mau, não tem um problema. Só está reagindo. E está reagindo ao sistema econômico global. A globalização é que está levando à mudança climática. E até que as COPs e semanas climáticas lidem com o verdadeiro elefante na sala, o verdadeiro vilão, a globalização, não acho que chegaremos a lugar algum - afirmou a ativista.
- Não adianta pensar em ideias caras para captar carbono. Já criamos essa tecnologia e se chama agroflorestamento. Os povos indígenas a usam há 8 mil anos.
Nielsen defendeu que é preciso parar de usar combustíveis fósseis rapidamente porque a temperatura vem aumentando a cada ano e que, em 2025, vai superar pela primeira vez o limite de 1,5 grau Celsius acima da média pré-industrial, estabelecido no Acordo de Paris.
"Precisamos de ambas as soluções, de uma sinergia. É um complemento ao que você vem dizendo", respondeu à ativista, ao defender a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.
Quanto ao financiamento dessas ações, Nielsen disse que, se os fundos de pensão europeus destinassem 10% de seus ativos a investimentos no clima, seria possível financiar as metas do Acordo de Paris de forma integral.
Para Nathaly, é preciso adotar um "ponto de vista holístico e entender que é uma situação complexa e não vir com modelos simplistas, como esquemas de crédito de carbono, máquinas de captura de carbono e net zero". "Poderíamos resolver o problema climático agora, se apenas abríssemos mão da globalização. É um grande pedido e me incluo nisso."
https://sisarp.socioambiental.org/sistema_noticia/list_noticias.php
Nielsen reconheceu a importância do ativismo e de pensar de forma diferente para construir novas alianças. - O dinheiro está em um lugar, as soluções em outro e o poder de decisão em um terceiro. Só conseguiremos avançar se reunirmos esses elementos.
A cobertura do Web Summit Rio 2025 na Editora Globo é apresentada pela Vale, com apoio do Itaú BBA.
https://oglobo.globo.com/rio/web-summit-rio/noticia/2025/04/28/questao-climatica-vai-alem-da-reducao-das-emissoes-de-gases-do-efeito-estufa.ghtml
Ativista defende mudança no sistema econômico global e uso de tecnologias de povos indígenas
28/04/2025
Andrea Freitas
O painel Forecasting COP30, que reuniu no palco central do Web Summit Rio a atriz e ativista Nathaly Kelley e o fundador e CEO da World Climate Foundation, pretendia abordar o que esperar da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontece em novembro em Belém.
O debate, no entanto, avançou pouco em relação ao que se pode esperar do encontro em termos de política global e do papel das empresas de tecnologia, concentrando-se na defesa dos pontos de vista de cada um sobre como lidar com a questão climática.
Para Nielsen, o evento marca a longa história do Brasil em relação à questão do clima e do desenvolvimento, citando as conferências Rio-92 e Rio+20. Ele também destacou que a COP30 acontece dez anos após os Acordos de Paris e que a expectativa é de grandes mudanças em termos de implementação.
Já Nathaly se mostrou cética quanto a possíveis mudanças e disse que, para a COP30 avançar é preciso "focar em tecnologias de povos indígenas em vez de passar a ilusão de que algo está sendo feito". Ela afirmou que essas conferências estão sendo "cooptadas por corporações multinacionais que mexem as cordas nos bastidores".
- Estamos demonizando o clima como o cara mau na sala. Mas o clima não é mau, não tem um problema. Só está reagindo. E está reagindo ao sistema econômico global. A globalização é que está levando à mudança climática. E até que as COPs e semanas climáticas lidem com o verdadeiro elefante na sala, o verdadeiro vilão, a globalização, não acho que chegaremos a lugar algum - afirmou a ativista.
- Não adianta pensar em ideias caras para captar carbono. Já criamos essa tecnologia e se chama agroflorestamento. Os povos indígenas a usam há 8 mil anos.
Nielsen defendeu que é preciso parar de usar combustíveis fósseis rapidamente porque a temperatura vem aumentando a cada ano e que, em 2025, vai superar pela primeira vez o limite de 1,5 grau Celsius acima da média pré-industrial, estabelecido no Acordo de Paris.
"Precisamos de ambas as soluções, de uma sinergia. É um complemento ao que você vem dizendo", respondeu à ativista, ao defender a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.
Quanto ao financiamento dessas ações, Nielsen disse que, se os fundos de pensão europeus destinassem 10% de seus ativos a investimentos no clima, seria possível financiar as metas do Acordo de Paris de forma integral.
Para Nathaly, é preciso adotar um "ponto de vista holístico e entender que é uma situação complexa e não vir com modelos simplistas, como esquemas de crédito de carbono, máquinas de captura de carbono e net zero". "Poderíamos resolver o problema climático agora, se apenas abríssemos mão da globalização. É um grande pedido e me incluo nisso."
https://sisarp.socioambiental.org/sistema_noticia/list_noticias.php
Nielsen reconheceu a importância do ativismo e de pensar de forma diferente para construir novas alianças. - O dinheiro está em um lugar, as soluções em outro e o poder de decisão em um terceiro. Só conseguiremos avançar se reunirmos esses elementos.
A cobertura do Web Summit Rio 2025 na Editora Globo é apresentada pela Vale, com apoio do Itaú BBA.
https://oglobo.globo.com/rio/web-summit-rio/noticia/2025/04/28/questao-climatica-vai-alem-da-reducao-das-emissoes-de-gases-do-efeito-estufa.ghtml
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