De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
'Tudo cortado': Biólogo denuncia destruição de mangue em área de proteção ambiental na Lagoa da Tijuca
22/05/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
'Tudo cortado': Biólogo denuncia destruição de mangue em área de proteção ambiental na Lagoa da Tijuca
De acordo com Mario Moscatelli, trata-se de crime ambiental triplamente qualificado
22/05/2025
Na manhã de terça-feira (20), o biólogo Mario Moscatelli flagrou a supressão de árvores de manguezal na faixa marginal de proteção da Lagoa da Tijuca, na Barra. A área abriga centenas de garças que utilizam o manguezal como local de nidificação. A destruição dessa vegetação compromete não apenas a biodiversidade local, mas também configura crime ambiental.
"Faixa marginal de proteção da Lagoa da Tijuca. Desmatamento de mangue. Tudo cortado. Inacreditável. Por um lado nós recuperando e por outro alguém cortando ", lamentou ele em suas redes sociais.
Imagens publicadas pelo biólogo mostram mangues brancos e vermelhos destruídos e um caminhão estacionado próximo ao local. Moscatelli cobrou uma ação imediata do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Subprefeitura da Barra. Ele pede que as autoridades tomem medidas para pôr fim à atividade ilegal e punam os responsáveis.
- O caminhão registrado nas imagens estava equipado com trituradores, evidenciando a tentativa de moer rapidamente o material cortado. Além das espécies de mangue, outras árvores fora da área de manguezal também foram derrubadas, Não havia qualquer placa informativa sobre o motivo da intervenção, tampouco a presença de um responsável técnico - contou Moscatelli ao GLOBO. - De forma estarrecedora, justamente no Dia Mundial da Biodiversidade, um trecho de manguezal com árvores adultas, onde diversas espécies de aves se reproduzem, foi cortado na faixa marginal de proteção da Lagoa da Tijuca. Isso aconteceu enquanto se realiza um esforço gigantesco de recuperação dos manguezais do sistema lagunar de Jacarepaguá.
Ele diz que o caso constitui um crime ambiental triplamente qualificado: ocorreu em área de preservação permanente, em faixa marginal de proteção e durante o período reprodutivo das espécies.
- Ontem, encaminhei o caso com fotos e vídeos para a presidência do Inea, a Secretaria municipal de Meio Ambiente, a Patrulha Ambiental e a DPMA. Árvores adultas de mangue-vermelho e mangue-branco foram suprimidas em plena fase reprodutiva - lamentou.
A Lagoa da Tijuca é parte de um complexo lagunar essencial para o equilíbrio ecológico da cidade. Serve como berçário para diversas espécies e auxilia na purificação da água e do ar.
O GLOBO procurou a Subprefeitura da Barra e aguarda resposta. O Inea informou que fará uma fiscalização no local. A Smac afirma que a Patrulha Ambiental esteve no endereço e constatou corte de árvores exóticas e também de espécies nativas de manguezal, e que, no momento da fiscalização, não havia ninguém no local. Completa que a pasta seguirá com o trabalho de busca pela identificação do responsável pelo dano ambiental para aplicação das sanções cabíveis
Outras denúncias
Há dez dias, Mario Moscatelli foi às redes para protestar contra o despejo de lixo nas lagoas, publicando um vídeo que exibia uma embalagem de leite de 1984 recém-encontrada na Lagoa do Camorim.
No mês passado, o biólogo denunciou a destruição de vegetação no Parque do Cantagalo, na Zona Sul, na área de renaturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, projeto coordenado por ele. Uma caminhonete parou em cima da vegetação, deixando para trás um rastro de destruição e fios soltos. A empresa Smart Luz, concessionária da RioLuz, assumiu a responsabilidade pelos danos e admitiu que seus funcionários estacionaram no local para fazer reparos num poste. Para compensar, comprometeu-se a comprar mudas e insumos para novo plantio.
https://oglobo.globo.com/rio/bairros/barra/noticia/2025/05/22/biologo-denuncia-desmatamento-em-area-de-protecao-ambiental-na-lagoa-da-tijuca.ghtml
De acordo com Mario Moscatelli, trata-se de crime ambiental triplamente qualificado
22/05/2025
Na manhã de terça-feira (20), o biólogo Mario Moscatelli flagrou a supressão de árvores de manguezal na faixa marginal de proteção da Lagoa da Tijuca, na Barra. A área abriga centenas de garças que utilizam o manguezal como local de nidificação. A destruição dessa vegetação compromete não apenas a biodiversidade local, mas também configura crime ambiental.
"Faixa marginal de proteção da Lagoa da Tijuca. Desmatamento de mangue. Tudo cortado. Inacreditável. Por um lado nós recuperando e por outro alguém cortando ", lamentou ele em suas redes sociais.
Imagens publicadas pelo biólogo mostram mangues brancos e vermelhos destruídos e um caminhão estacionado próximo ao local. Moscatelli cobrou uma ação imediata do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Subprefeitura da Barra. Ele pede que as autoridades tomem medidas para pôr fim à atividade ilegal e punam os responsáveis.
- O caminhão registrado nas imagens estava equipado com trituradores, evidenciando a tentativa de moer rapidamente o material cortado. Além das espécies de mangue, outras árvores fora da área de manguezal também foram derrubadas, Não havia qualquer placa informativa sobre o motivo da intervenção, tampouco a presença de um responsável técnico - contou Moscatelli ao GLOBO. - De forma estarrecedora, justamente no Dia Mundial da Biodiversidade, um trecho de manguezal com árvores adultas, onde diversas espécies de aves se reproduzem, foi cortado na faixa marginal de proteção da Lagoa da Tijuca. Isso aconteceu enquanto se realiza um esforço gigantesco de recuperação dos manguezais do sistema lagunar de Jacarepaguá.
Ele diz que o caso constitui um crime ambiental triplamente qualificado: ocorreu em área de preservação permanente, em faixa marginal de proteção e durante o período reprodutivo das espécies.
- Ontem, encaminhei o caso com fotos e vídeos para a presidência do Inea, a Secretaria municipal de Meio Ambiente, a Patrulha Ambiental e a DPMA. Árvores adultas de mangue-vermelho e mangue-branco foram suprimidas em plena fase reprodutiva - lamentou.
A Lagoa da Tijuca é parte de um complexo lagunar essencial para o equilíbrio ecológico da cidade. Serve como berçário para diversas espécies e auxilia na purificação da água e do ar.
O GLOBO procurou a Subprefeitura da Barra e aguarda resposta. O Inea informou que fará uma fiscalização no local. A Smac afirma que a Patrulha Ambiental esteve no endereço e constatou corte de árvores exóticas e também de espécies nativas de manguezal, e que, no momento da fiscalização, não havia ninguém no local. Completa que a pasta seguirá com o trabalho de busca pela identificação do responsável pelo dano ambiental para aplicação das sanções cabíveis
Outras denúncias
Há dez dias, Mario Moscatelli foi às redes para protestar contra o despejo de lixo nas lagoas, publicando um vídeo que exibia uma embalagem de leite de 1984 recém-encontrada na Lagoa do Camorim.
No mês passado, o biólogo denunciou a destruição de vegetação no Parque do Cantagalo, na Zona Sul, na área de renaturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, projeto coordenado por ele. Uma caminhonete parou em cima da vegetação, deixando para trás um rastro de destruição e fios soltos. A empresa Smart Luz, concessionária da RioLuz, assumiu a responsabilidade pelos danos e admitiu que seus funcionários estacionaram no local para fazer reparos num poste. Para compensar, comprometeu-se a comprar mudas e insumos para novo plantio.
https://oglobo.globo.com/rio/bairros/barra/noticia/2025/05/22/biologo-denuncia-desmatamento-em-area-de-protecao-ambiental-na-lagoa-da-tijuca.ghtml
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