De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Indígenas afirmam que membro da segurança do DF incitou violência antes de ato que terminou com gás de pimenta; 'mete o cacete', diz áudio
11/04/2025
Autor: Geraldo Beckher, Iana Caramori, Vinícius Cassela
Fonte: G1 - g1.globo.com
Indígenas afirmam que membro da segurança do DF incitou violência
5-7 minutos
A reunião aconteceu na quarta-feira (9). Segundo a Apib, no momento da fala, os integrantes falavam sobre o controle do número de indígenas que participariam da marcha. A articulação sugeria que um número reduzido de pessoas fosse até a Esplanada dos Ministérios, mesmo que a restrição gerasse reações negativas entre os participantes do acampamento.
"Deixa descer logo. Deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça. Pronto", diz o homem, em seguida, sem se identificar (veja vídeo acima).
O integrante da Apib questiona a fala, mas ninguém se manifesta durante o trecho ao qual o g1 teve acesso. O secretário executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, nega que a fala tenha partido de um membro da pasta. Ele afirma que o dono do número usado na chamada já foi identificado, mas a identidade da pessoa não será revelada.
O que diz a Secretaria de Segurança Pública
"A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informa que realiza reuniões que antecedem qualquer ato público ou manifestação. Esses encontros têm como objetivo o planejamento e a execução de ações das forças de segurança pública locais e federais, visando a segurança, preservação da ordem pública, mobilidade e prestação dos serviços públicos, conforme atribuições legais das respectivas Instituições, Órgãos e Agências (IOAs) envolvidas.
Em relação à reunião ocorrida no dia 09/04/2025, em formato híbrido, para tratar da Marcha de Indígenas na Esplanada dos Ministérios, a SSP-DF informa que a manifestação pessoal veiculada pela imprensa não foi proferida por nenhum servidor do Governo do Distrito Federal, nem por qualquer servidor ligado à área de Segurança Pública, seja no âmbito Distrital ou Federal, ou mesmo pelas Polícias das Casas Legislativas ou do STF.
O fato ocorrido durante a reunião será noticiado ao órgão de lotação do servidor, o qual está atrelado o aparelho celular que ingressou na reunião, no caso, na modalidade virtual, para apuração e providências cabíveis.
A SSP-DF reitera que não coaduna com qualquer manifestação de caráter violento, que as reuniões são gravadas e os órgãos, nas três esferas de poder, tanto a nível Distrital como Federal, são convidados formalmente e indicam servidores que agem em nome das referidas instituições.
Importante ressaltar que a pasta acompanha todo ato ou evento, mesmo sem comunicação prévia. Esse monitoramento é feito de maneira integrada entre as forças de segurança e outros 31 órgãos, bem como instituições e agências do governo local e federal, com suporte de câmeras de videomonitoramento.
Esses órgãos integrados monitoram atos públicos de toda e qualquer natureza, respeitados os limites constitucionais. Além disso, auxiliam na promoção de ações de segurança pública - o trabalho em conjunto corrobora com a segurança, mobilidade, fiscalização e saúde da população do DF."
Confusão e uso de gás lacrimogênio
Confusão em frente ao Congresso Nacional
A polícia legislativa usou gás lacrimogênio para conter uma confusão, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, ao final da marcha de indígenas, nesta quinta-feira (veja vídeo acima).
👉 A Polícia Militar afirma que, ao final da manifestação, um grupo "adentrou a área de segurança do Congresso Nacional, momento em que a Polícia Legislativa atuou com material químico".
👉 Os diretores da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados informaram que nenhum manifestante foi detido pelo órgão. Segundo eles, a preocupação do órgão era "conter a invasão".
👉 Em nota, a Apib diz que o acesso ao gramado pelos indígenas "ocorreu de forma espontânea, sem qualquer ato de violência, depredação ou rompimento de barreira". A articulação lamentou o uso do "uso desnecessário de substâncias químicas contra os manifestantes, mulheres, idosos, crianças e lideranças tradicionais".
👉 A Secretaria de Segurança Pública afirma que a Polícia Militar não se envolveu no uso do gás lacrimogênio e spray de pimenta. No entanto, o secretário executivo da pasta, Alexandre Patury, diz que, se fosse necessário, daria autorização para o uso porque os indígenas ultrapassaram o bloqueio.
👉A Câmara dos Deputados informou que o acordo com o movimento indígena era que os manifestantes chegassem "apenas até a Avenida José Sarney, anterior à Avenida das Bandeiras, que fica próxima ao gramado do Congresso. Mas, parte dos indígenas resolveu avançar o limite".
👉A Secretaria de Polícia do Senado Federal informou que devido ao avanço inesperado de manifestantes em direção à sede do Poder Legislativo, "foi necessário conter os manifestantes, sem grandes intercorrências".
👉 O Corpo de Bombeiros informou que atendeu duas mulheres vítimas de mal súbito, sendo que uma foi transportada para a UPA de São Sebastião e a outra para o Hospital de Base. "Estavam conscientes, orientadas e estáveis", informou a corporação.
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/04/11/indigenas-afirmam-que-membro-da-seguranca-do-df-incitou-violencia-antes-de-ato-que-terminou-com-gas-de-pimenta-mete-o-cacete-diz-audio.ghtml
5-7 minutos
A reunião aconteceu na quarta-feira (9). Segundo a Apib, no momento da fala, os integrantes falavam sobre o controle do número de indígenas que participariam da marcha. A articulação sugeria que um número reduzido de pessoas fosse até a Esplanada dos Ministérios, mesmo que a restrição gerasse reações negativas entre os participantes do acampamento.
"Deixa descer logo. Deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça. Pronto", diz o homem, em seguida, sem se identificar (veja vídeo acima).
O integrante da Apib questiona a fala, mas ninguém se manifesta durante o trecho ao qual o g1 teve acesso. O secretário executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, nega que a fala tenha partido de um membro da pasta. Ele afirma que o dono do número usado na chamada já foi identificado, mas a identidade da pessoa não será revelada.
O que diz a Secretaria de Segurança Pública
"A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informa que realiza reuniões que antecedem qualquer ato público ou manifestação. Esses encontros têm como objetivo o planejamento e a execução de ações das forças de segurança pública locais e federais, visando a segurança, preservação da ordem pública, mobilidade e prestação dos serviços públicos, conforme atribuições legais das respectivas Instituições, Órgãos e Agências (IOAs) envolvidas.
Em relação à reunião ocorrida no dia 09/04/2025, em formato híbrido, para tratar da Marcha de Indígenas na Esplanada dos Ministérios, a SSP-DF informa que a manifestação pessoal veiculada pela imprensa não foi proferida por nenhum servidor do Governo do Distrito Federal, nem por qualquer servidor ligado à área de Segurança Pública, seja no âmbito Distrital ou Federal, ou mesmo pelas Polícias das Casas Legislativas ou do STF.
O fato ocorrido durante a reunião será noticiado ao órgão de lotação do servidor, o qual está atrelado o aparelho celular que ingressou na reunião, no caso, na modalidade virtual, para apuração e providências cabíveis.
A SSP-DF reitera que não coaduna com qualquer manifestação de caráter violento, que as reuniões são gravadas e os órgãos, nas três esferas de poder, tanto a nível Distrital como Federal, são convidados formalmente e indicam servidores que agem em nome das referidas instituições.
Importante ressaltar que a pasta acompanha todo ato ou evento, mesmo sem comunicação prévia. Esse monitoramento é feito de maneira integrada entre as forças de segurança e outros 31 órgãos, bem como instituições e agências do governo local e federal, com suporte de câmeras de videomonitoramento.
Esses órgãos integrados monitoram atos públicos de toda e qualquer natureza, respeitados os limites constitucionais. Além disso, auxiliam na promoção de ações de segurança pública - o trabalho em conjunto corrobora com a segurança, mobilidade, fiscalização e saúde da população do DF."
Confusão e uso de gás lacrimogênio
Confusão em frente ao Congresso Nacional
A polícia legislativa usou gás lacrimogênio para conter uma confusão, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, ao final da marcha de indígenas, nesta quinta-feira (veja vídeo acima).
👉 A Polícia Militar afirma que, ao final da manifestação, um grupo "adentrou a área de segurança do Congresso Nacional, momento em que a Polícia Legislativa atuou com material químico".
👉 Os diretores da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados informaram que nenhum manifestante foi detido pelo órgão. Segundo eles, a preocupação do órgão era "conter a invasão".
👉 Em nota, a Apib diz que o acesso ao gramado pelos indígenas "ocorreu de forma espontânea, sem qualquer ato de violência, depredação ou rompimento de barreira". A articulação lamentou o uso do "uso desnecessário de substâncias químicas contra os manifestantes, mulheres, idosos, crianças e lideranças tradicionais".
👉 A Secretaria de Segurança Pública afirma que a Polícia Militar não se envolveu no uso do gás lacrimogênio e spray de pimenta. No entanto, o secretário executivo da pasta, Alexandre Patury, diz que, se fosse necessário, daria autorização para o uso porque os indígenas ultrapassaram o bloqueio.
👉A Câmara dos Deputados informou que o acordo com o movimento indígena era que os manifestantes chegassem "apenas até a Avenida José Sarney, anterior à Avenida das Bandeiras, que fica próxima ao gramado do Congresso. Mas, parte dos indígenas resolveu avançar o limite".
👉A Secretaria de Polícia do Senado Federal informou que devido ao avanço inesperado de manifestantes em direção à sede do Poder Legislativo, "foi necessário conter os manifestantes, sem grandes intercorrências".
👉 O Corpo de Bombeiros informou que atendeu duas mulheres vítimas de mal súbito, sendo que uma foi transportada para a UPA de São Sebastião e a outra para o Hospital de Base. "Estavam conscientes, orientadas e estáveis", informou a corporação.
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/04/11/indigenas-afirmam-que-membro-da-seguranca-do-df-incitou-violencia-antes-de-ato-que-terminou-com-gas-de-pimenta-mete-o-cacete-diz-audio.ghtml
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