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Podáali e UMIAB em Rede na IV Marcha das Mulheres Indígenas, promovendo construção coletiva de e para as mulheres indígenas da Amazônia
06/08/2025
Autor: Ariene Susuí/Podáali
Fonte: Coiab - https://coiab.org.br
Em um ato histórico, na tenda da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), durante a IV Marcha das Mulheres Indígenas, realizada em Brasília, o Podáali - Fundo Indígena da Amazônia Brasileira promoveu, em conjunto com a UMIAB, na tarde da segunda-feira, 4, um momento de construção coletiva de propostas, com a participação de mulheres dos nove estados da Amazônia, com foco na criação de uma chamada específica para mulheres indígenas amazônidas.
O primeiro momento foi marcado pelas falas de empoderamento da coordenação da UMIAB, que destacou a importância da caminhada e construção conjunta com o Podáali para construir junto com as mulheres indígenas um edital específico para elas.
"Este momento é nosso. A base é quem faz a UMIAB ser essa força. Por isso, minha preocupação era trazer para cá esse espaço de escuta, pois sempre falamos que precisamos de apoio e de editais que tenham a nossa cara, do nosso jeito. Esse passo que estamos dando aqui é histórico, pois temos a oportunidade de dizer qual é a nossa realidade e como queremos essa chamada, que é possível por estarmos construindo a partir do nosso Fundo Indígena - criado e gerenciado por nós e para nós" destacou a coordenadora da UMIAB e também conselheira deliberativa suplente do Podáali, Marinete Tukano.
O coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e presidente do Conselho Deliberativo do Podáali, Toya Manchineri, que também esteve presente no início da atividade, ressaltou que o Podáali foi criado para ser um braço técnico das organizações indígenas, capaz de caminhar junto no apoio aos territórios e na promoção do bem viver dos povos.
"Esse é nosso instrumento, e ele funciona de forma diferente de outros fundos. Foi pensado para facilitar o acesso aos recursos, de modo que sejam implementados diretamente nas organizações, associações e coletivos. Por isso, devemos fortalecê-lo cada vez mais. Espero que, daqui, saia um bom documento para que possamos lançar esse edital para as mulheres ainda este ano", afirmou Toya.
Além das representações da COIAB e da UMIAB, estavam presentes todas as conselheiras mulheres do Podáali, respectivamente dos estados do Pará, Rondônia, Maranhão, Amazonas e Tocantins.
Caminhar em Rede: Vozes e Escutas Coletivas
O caminhar em rede indígena faz parte da missão do Podáali, enquanto um fundo criado por e para os povos indígenas. Com esse foco, a diretora do Podáali, Valéria Paye, destacou a importância do processo coletivo de escuta com as mulheres amazônidas.
"Este é um momento importante de escuta, para que elas possam trazer suas demandas e indicar os temas que gostariam de ser apoiadas. É uma construção coletiva conduzida pela Umiab junto com o Podáali que é o mecanismo indígena responsável por apoiar processos como este", destacou Valéria.
Desenhando Caminhos Coletivos
O segundo momento foi marcado pelo coletivo, conduzido pela vice-diretora executiva do Podáali, Rose Apurinã, que explicou como se daria o processo de escuta e construção. A dinâmica ocorreu em forma de roda de conversa, com divisão por estados, em que as participantes responderam a quatro perguntas norteadoras sobre:
os principais desafios enfrentados pelas mulheres indígenas em seus territórios e fora deles;
as áreas onde sentem maior necessidade de apoio;
os tipos de ações que gostariam de ser apoiadas;
As recomendações das mulheres de como deve ser uma Chamada de apoio específica para elas.
"Mulheres, agora é com vocês. Vamos construir, pois são as suas vozes que precisam ecoar nesta Chamada. É desta forma que o Podáali atua: nossos processos e ações são construídos coletivamente de indígena para indígena", afirmou Rose.
As mulheres, divididas por seus estados, tiveram um tempo dedicado ao diálogo e à formulação de propostas. Ao fim da atividade, cada delegação estadual apresentou suas demandas, em um momento marcado por falas diversas e carregadas de emoção. Ali, diante dos olhares de dezenas de mulheres, compartilharam dores sentidas e reafirmaram como o acesso a recursos será fundamental para que possam se fortalecer e se empoderar ainda mais.
O processo de escuta continuará conduzido pelas mulheres presentes na Marcha junto às suas regionais e territórios a partir de formulário de escuta criado pelo Podáali para preenchimento direto pelo celular ou e-mail que ficará aberto até o dia 29 de agosto de 2025.
Remando para os Próximos Rios
A partir desse desenho, o Podáali seguirá para os próximos passos: sistematizar as propostas apresentadas e avançar na construção da chamada específica para mulheres indígenas da Amazônia, bem como, na articulação com parceiros que queiram fazer parte da concretização desse processo único de construção das mulheres indígenas amazônicas, apoiando nossa Chamada específica. A caminhada continua passo a passo com a com a UMIAB, para que se concretize o lançamento do edital, previsto para este ano de 2025, marcando mais um momento desse processo coletivo e ancestral.
O final desse espaço importante foi conduzido pela Diretora secretária do podáali, Cláudia Baré, que destacou o momento ímpar desse encontro que reuniu mulheres de todos os Estados da Amazônia.
"Foi fundamental ter esse ambiente de diálogos entre nós, e o Podáali é um instrumento de vocês e é uma honra podermos construir essa chamada juntas" destacou Cláudia.
https://coiab.org.br/podaali-e-umiab-em-rede-na-iv-marcha-das-mulheres-indigenas-promovendo-construcao-coletiva-de-e-para-as-mulheres-indigenas-da-amazonia/
O primeiro momento foi marcado pelas falas de empoderamento da coordenação da UMIAB, que destacou a importância da caminhada e construção conjunta com o Podáali para construir junto com as mulheres indígenas um edital específico para elas.
"Este momento é nosso. A base é quem faz a UMIAB ser essa força. Por isso, minha preocupação era trazer para cá esse espaço de escuta, pois sempre falamos que precisamos de apoio e de editais que tenham a nossa cara, do nosso jeito. Esse passo que estamos dando aqui é histórico, pois temos a oportunidade de dizer qual é a nossa realidade e como queremos essa chamada, que é possível por estarmos construindo a partir do nosso Fundo Indígena - criado e gerenciado por nós e para nós" destacou a coordenadora da UMIAB e também conselheira deliberativa suplente do Podáali, Marinete Tukano.
O coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e presidente do Conselho Deliberativo do Podáali, Toya Manchineri, que também esteve presente no início da atividade, ressaltou que o Podáali foi criado para ser um braço técnico das organizações indígenas, capaz de caminhar junto no apoio aos territórios e na promoção do bem viver dos povos.
"Esse é nosso instrumento, e ele funciona de forma diferente de outros fundos. Foi pensado para facilitar o acesso aos recursos, de modo que sejam implementados diretamente nas organizações, associações e coletivos. Por isso, devemos fortalecê-lo cada vez mais. Espero que, daqui, saia um bom documento para que possamos lançar esse edital para as mulheres ainda este ano", afirmou Toya.
Além das representações da COIAB e da UMIAB, estavam presentes todas as conselheiras mulheres do Podáali, respectivamente dos estados do Pará, Rondônia, Maranhão, Amazonas e Tocantins.
Caminhar em Rede: Vozes e Escutas Coletivas
O caminhar em rede indígena faz parte da missão do Podáali, enquanto um fundo criado por e para os povos indígenas. Com esse foco, a diretora do Podáali, Valéria Paye, destacou a importância do processo coletivo de escuta com as mulheres amazônidas.
"Este é um momento importante de escuta, para que elas possam trazer suas demandas e indicar os temas que gostariam de ser apoiadas. É uma construção coletiva conduzida pela Umiab junto com o Podáali que é o mecanismo indígena responsável por apoiar processos como este", destacou Valéria.
Desenhando Caminhos Coletivos
O segundo momento foi marcado pelo coletivo, conduzido pela vice-diretora executiva do Podáali, Rose Apurinã, que explicou como se daria o processo de escuta e construção. A dinâmica ocorreu em forma de roda de conversa, com divisão por estados, em que as participantes responderam a quatro perguntas norteadoras sobre:
os principais desafios enfrentados pelas mulheres indígenas em seus territórios e fora deles;
as áreas onde sentem maior necessidade de apoio;
os tipos de ações que gostariam de ser apoiadas;
As recomendações das mulheres de como deve ser uma Chamada de apoio específica para elas.
"Mulheres, agora é com vocês. Vamos construir, pois são as suas vozes que precisam ecoar nesta Chamada. É desta forma que o Podáali atua: nossos processos e ações são construídos coletivamente de indígena para indígena", afirmou Rose.
As mulheres, divididas por seus estados, tiveram um tempo dedicado ao diálogo e à formulação de propostas. Ao fim da atividade, cada delegação estadual apresentou suas demandas, em um momento marcado por falas diversas e carregadas de emoção. Ali, diante dos olhares de dezenas de mulheres, compartilharam dores sentidas e reafirmaram como o acesso a recursos será fundamental para que possam se fortalecer e se empoderar ainda mais.
O processo de escuta continuará conduzido pelas mulheres presentes na Marcha junto às suas regionais e territórios a partir de formulário de escuta criado pelo Podáali para preenchimento direto pelo celular ou e-mail que ficará aberto até o dia 29 de agosto de 2025.
Remando para os Próximos Rios
A partir desse desenho, o Podáali seguirá para os próximos passos: sistematizar as propostas apresentadas e avançar na construção da chamada específica para mulheres indígenas da Amazônia, bem como, na articulação com parceiros que queiram fazer parte da concretização desse processo único de construção das mulheres indígenas amazônicas, apoiando nossa Chamada específica. A caminhada continua passo a passo com a com a UMIAB, para que se concretize o lançamento do edital, previsto para este ano de 2025, marcando mais um momento desse processo coletivo e ancestral.
O final desse espaço importante foi conduzido pela Diretora secretária do podáali, Cláudia Baré, que destacou o momento ímpar desse encontro que reuniu mulheres de todos os Estados da Amazônia.
"Foi fundamental ter esse ambiente de diálogos entre nós, e o Podáali é um instrumento de vocês e é uma honra podermos construir essa chamada juntas" destacou Cláudia.
https://coiab.org.br/podaali-e-umiab-em-rede-na-iv-marcha-das-mulheres-indigenas-promovendo-construcao-coletiva-de-e-para-as-mulheres-indigenas-da-amazonia/
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