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UNIÃO E RESISTÊNCIA: DELEGAÇÃO DAS MULHERES DE RORAIMA MARCA PRESENÇA HISTÓRICA NA IV MARCHA DAS MULHERES INDÍGENAS EM BRASÍLIA
07/08/2025
Fonte: CIR - https://www.cir.org.br
A delegação, composta por cerca de 60 mulheres de regiões que compõem a base do Conselho Indígena de Roraima (CIR) e diversos povos como Wapichana, Macuxi, Taurepang, Wai-Wai, além de mulheres Pemon e Warao da Venezuela, ecoou gritos de resistência e pediu pelo veto ao PL da devastação, entoando "Veta, Lula! Veta, Lula! Veta, Lula!" na histórica IV Marcha das Mulheres Indígenas, que contou com a participação de aproximadamente cinco mil mulheres.
Com cantos, danças tradicionais e cartazes que pediam o fim da violência, demarcação dos territórios e o veto ao PL da devastação, as mulheres percorreram, na manhã desta quinta-feira (7 de agosto), o Eixo Central de Brasília, rumo ao Congresso Nacional.
Pela segunda vez na marcha, a professora Valterlina de Souza, da região do Alto Cauamé, destacou que o momento foi importante e trouxe fortalecimento para todas as mulheres.
"É gratificante ver a união das mulheres indígenas de todo o Brasil em prol de um único objetivo, que é a luta por nossos direitos enquanto mulheres. Estou aqui pela segunda vez, contribuindo na luta", afirmou.
A jovem Joenia Macuxi, estudante de Direito na UFRR e moradora da comunidade Sucuba, também na região do Alto Cauamé, participou pela primeira vez do evento e acompanhou de perto a incidência das lideranças mulheres nas mesas de debate. "Aqui, eu aprendi muito, vendo a atuação das mulheres nas mesas, ouvindo as histórias de luta. Estou participando pela primeira vez e vou levar comigo todos os ensinamentos", declarou, comprometendo-se a dar continuidade à luta das mulheres.
A Tuxaua Geral do Movimento de Mulheres Indígenas de Roraima, Kelliane Wapichana, destacou a participação histórica da delegação de mulheres roraimense na marcha e na construção de propostas para políticas públicas.
"O Estado nunca trouxe um número expressivo de mulheres, e a marcha marcou esse momento histórico. A delegação de Roraima veio com mais de cinquenta mulheres, de várias regiões e povos, mulheres coordenadoras regionais e de juventude, um marco histórico para nós, mulheres indígenas. Estamos juntas fortalecendo a nossa luta", ressaltou.
Após a marcha, as mulheres de Roraima tiveram um encontro com a presidenta da Funai, Joenia Wapichana. Na ocasião, Wapichana reafirmou o compromisso e o apoio ao projeto de corte e costura apresentado pelas coordenadoras regionais, visando fortalecer a autonomia das mulheres em seus territórios. "Mulheres, quero dizer que recebi o projeto de vocês e que tem o meu apoio para fortalecer os trabalhos de vocês nas bases. Sempre que possível, a Funai está presente desenvolvendo ações nos territórios, assim como quando eu era deputada federal, que disponibilizei recursos para saúde e educação", concluiu Joenia.
Acampadas na Praça da Funarte, em Brasília, desde o dia 1o de agosto, junto a outras delegações de diferentes biomas e povos, as mulheres participaram da programação da marcha e da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas. Nesse espaço, construíram propostas importantes para políticas públicas em áreas como saúde, educação e transmissão de saberes para o bem viver, direito e gestão territorial, combate à violência de gênero e emergência climática.
A IV Marcha das mulheres é uma realização da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA).
https://www.cir.org.br/post/uniao-e-resistencia-delegacao-das-mulheres-de-roraima-marca-presenca-historica-na-iv-marcha-das-mulheres-indigenas-em-brasilia
Com cantos, danças tradicionais e cartazes que pediam o fim da violência, demarcação dos territórios e o veto ao PL da devastação, as mulheres percorreram, na manhã desta quinta-feira (7 de agosto), o Eixo Central de Brasília, rumo ao Congresso Nacional.
Pela segunda vez na marcha, a professora Valterlina de Souza, da região do Alto Cauamé, destacou que o momento foi importante e trouxe fortalecimento para todas as mulheres.
"É gratificante ver a união das mulheres indígenas de todo o Brasil em prol de um único objetivo, que é a luta por nossos direitos enquanto mulheres. Estou aqui pela segunda vez, contribuindo na luta", afirmou.
A jovem Joenia Macuxi, estudante de Direito na UFRR e moradora da comunidade Sucuba, também na região do Alto Cauamé, participou pela primeira vez do evento e acompanhou de perto a incidência das lideranças mulheres nas mesas de debate. "Aqui, eu aprendi muito, vendo a atuação das mulheres nas mesas, ouvindo as histórias de luta. Estou participando pela primeira vez e vou levar comigo todos os ensinamentos", declarou, comprometendo-se a dar continuidade à luta das mulheres.
A Tuxaua Geral do Movimento de Mulheres Indígenas de Roraima, Kelliane Wapichana, destacou a participação histórica da delegação de mulheres roraimense na marcha e na construção de propostas para políticas públicas.
"O Estado nunca trouxe um número expressivo de mulheres, e a marcha marcou esse momento histórico. A delegação de Roraima veio com mais de cinquenta mulheres, de várias regiões e povos, mulheres coordenadoras regionais e de juventude, um marco histórico para nós, mulheres indígenas. Estamos juntas fortalecendo a nossa luta", ressaltou.
Após a marcha, as mulheres de Roraima tiveram um encontro com a presidenta da Funai, Joenia Wapichana. Na ocasião, Wapichana reafirmou o compromisso e o apoio ao projeto de corte e costura apresentado pelas coordenadoras regionais, visando fortalecer a autonomia das mulheres em seus territórios. "Mulheres, quero dizer que recebi o projeto de vocês e que tem o meu apoio para fortalecer os trabalhos de vocês nas bases. Sempre que possível, a Funai está presente desenvolvendo ações nos territórios, assim como quando eu era deputada federal, que disponibilizei recursos para saúde e educação", concluiu Joenia.
Acampadas na Praça da Funarte, em Brasília, desde o dia 1o de agosto, junto a outras delegações de diferentes biomas e povos, as mulheres participaram da programação da marcha e da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas. Nesse espaço, construíram propostas importantes para políticas públicas em áreas como saúde, educação e transmissão de saberes para o bem viver, direito e gestão territorial, combate à violência de gênero e emergência climática.
A IV Marcha das mulheres é uma realização da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA).
https://www.cir.org.br/post/uniao-e-resistencia-delegacao-das-mulheres-de-roraima-marca-presenca-historica-na-iv-marcha-das-mulheres-indigenas-em-brasilia
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