De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Conheça a gruta que nasceu de um cemitério indígena em SC
17/08/2025
Autor: Daiane Carolina
Fonte: ND Mais - https://ndmais.com.br
Localizada em Rio do Oeste, a Gruta do Tigre guarda vestígios arqueológicos e memória do povo Xokleng
Um santuário religioso, um marco da ancestralidade indígena e um refúgio natural, assim pode ser descrita a Gruta do Tigre, em Rio do Oeste, no Alto Vale do Itajaí, é um espaço onde fé, memória e natureza se entrelaçam.
Com origem ligada à história dos povos originários e marcada por tragédias e resistências, o local se tornou símbolo espiritual e turístico da região.
Conheça a gruta que nasceu de um cemitério indígena
A Gruta do Tigre é formada por uma pedra de granito apoiada apenas nas extremidades, criando um abrigo natural no meio da mata atlântica. Do alto do morro, escorrem filetes de água que formam uma pequena lagoa sobre uma laje de pedra, cenário que impressiona pela beleza e tranquilidade.
O nome "Gruta do Tigre" surgiu dos primeiros moradores da região, que acreditavam ver pegadas de tigres no entorno. Na verdade, eram rastros de jaguatiricas, felinos nativos da mata local.
Sítio arqueológico e memória dos Xokleng
Muito antes de se tornar ponto turístico, a gruta foi refúgio dos povos indígenas, especialmente os Xokleng, que utilizavam o local para se esconder dos bugreiros, caçadores de indígenas contratados por milícias oficiais até o início do século XX.
Na gruta foram encontrados ossos humanos, lanças, pontas de flecha e cerâmicas, evidências de que o local funcionava como cemitério e abrigo indígena. Essa memória material resiste como símbolo de luta e ancestralidade do povo Xokleng no Alto Vale.
Santuário de Nossa Senhora Aparecida
Em 1987, o espaço ganhou uma nova conotação simbólica com a instalação de um santuário dedicado a Nossa Senhora Aparecida. Desde então, a gruta passou a receber fiéis e peregrinos, especialmente no dia 12 de outubro, quando é celebrada uma missa campal em homenagem à padroeira do Brasil. O espaço foi adaptado com bancos de pedra para acolher os devotos.
Um espaço que também alimenta o corpo
O entorno da gruta hoje abriga também o Restaurante Gruta do Tigre, que funciona há 19 anos e é referência em culinária colonial. Aos domingos e durante eventos especiais, o local atrai famílias e visitantes em busca de boa comida, contato com a natureza e um pouco da história da região.
O terreno, que já foi propriedade indígena, acabou sendo transferido à Igreja e, posteriormente, adquirido pela Prefeitura de Rio do Oeste, que o transformou em parque municipal.
A Gruta do Tigre é hoje um exemplo de como espaços naturais podem carregar múltiplos significados. O local permanece como um marco vivo do passado e presente de Rio do Oeste, um ponto de encontro entre a espiritualidade, a gastronomia e a história do Alto Vale.
Conheça a gruta que nasceu de um cemitério indígena no Alto Vale de SC - Mariana Reinach/ND
https://ndmais.com.br/turismo/conheca-a-gruta-do-tigre-que-nasceu-de-um-cemiterio-indigena-em-sc/
Um santuário religioso, um marco da ancestralidade indígena e um refúgio natural, assim pode ser descrita a Gruta do Tigre, em Rio do Oeste, no Alto Vale do Itajaí, é um espaço onde fé, memória e natureza se entrelaçam.
Com origem ligada à história dos povos originários e marcada por tragédias e resistências, o local se tornou símbolo espiritual e turístico da região.
Conheça a gruta que nasceu de um cemitério indígena
A Gruta do Tigre é formada por uma pedra de granito apoiada apenas nas extremidades, criando um abrigo natural no meio da mata atlântica. Do alto do morro, escorrem filetes de água que formam uma pequena lagoa sobre uma laje de pedra, cenário que impressiona pela beleza e tranquilidade.
O nome "Gruta do Tigre" surgiu dos primeiros moradores da região, que acreditavam ver pegadas de tigres no entorno. Na verdade, eram rastros de jaguatiricas, felinos nativos da mata local.
Sítio arqueológico e memória dos Xokleng
Muito antes de se tornar ponto turístico, a gruta foi refúgio dos povos indígenas, especialmente os Xokleng, que utilizavam o local para se esconder dos bugreiros, caçadores de indígenas contratados por milícias oficiais até o início do século XX.
Na gruta foram encontrados ossos humanos, lanças, pontas de flecha e cerâmicas, evidências de que o local funcionava como cemitério e abrigo indígena. Essa memória material resiste como símbolo de luta e ancestralidade do povo Xokleng no Alto Vale.
Santuário de Nossa Senhora Aparecida
Em 1987, o espaço ganhou uma nova conotação simbólica com a instalação de um santuário dedicado a Nossa Senhora Aparecida. Desde então, a gruta passou a receber fiéis e peregrinos, especialmente no dia 12 de outubro, quando é celebrada uma missa campal em homenagem à padroeira do Brasil. O espaço foi adaptado com bancos de pedra para acolher os devotos.
Um espaço que também alimenta o corpo
O entorno da gruta hoje abriga também o Restaurante Gruta do Tigre, que funciona há 19 anos e é referência em culinária colonial. Aos domingos e durante eventos especiais, o local atrai famílias e visitantes em busca de boa comida, contato com a natureza e um pouco da história da região.
O terreno, que já foi propriedade indígena, acabou sendo transferido à Igreja e, posteriormente, adquirido pela Prefeitura de Rio do Oeste, que o transformou em parque municipal.
A Gruta do Tigre é hoje um exemplo de como espaços naturais podem carregar múltiplos significados. O local permanece como um marco vivo do passado e presente de Rio do Oeste, um ponto de encontro entre a espiritualidade, a gastronomia e a história do Alto Vale.
Conheça a gruta que nasceu de um cemitério indígena no Alto Vale de SC - Mariana Reinach/ND
https://ndmais.com.br/turismo/conheca-a-gruta-do-tigre-que-nasceu-de-um-cemiterio-indigena-em-sc/
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