De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Agroindústria em Beruri fortalece protagonismo feminino e indígena na produção de castanha
31/08/2025
Fonte: A Critica - https://www.acritica.com
A Natura anunciou a inauguração de uma agroindústria em parceria com a ASSOAB (Associação dos Produtores e Beneficiadores Agroextrativistas de Beruri), um projeto que une inovação, sustentabilidade e inclusão social. A nova estrutura, localizada em Beruri (AM), permitirá a extração de óleo de castanha-da-amazônia, agregando valor à cadeia, aumentando a renda dos produtores em até 60% e fortalecendo a autonomia de famílias extrativistas.
A 21ª agroindústria comunitária apoiada pela Natura marca a celebração de um modelo de negócio pioneiro. "Para nós, esta conquista representa uma nova fase para nosso trabalho e materializa um sonho. Somos uma associação de extrema importância econômica para a cidade e geramos renda para mais de 190 famílias, sendo que mais da metade estão em quatro Terras Indígenas nos municípios de Beruri, Lábrea e Tapauá. Essa parceria nos dá a certeza de que estamos no caminho certo para o desenvolvimento socioambiental da região", afirma Sandra Amud, presidente da ASSOAB.
A associação trabalha com a Natura desde 2018, exclusivamente com a castanha, até então vendida apenas em amêndoas. Com a nova agroindústria, a ASSOAB poderá ampliar a cesta de insumos fornecidos. "Esse novo empreendimento é parte de um investimento estratégico que garante a qualidade e a rastreabilidade dos bioativos da Amazônia, essenciais para os produtos da Natura. A infraestrutura permitirá também a implementação de novas cadeias produtivas além da castanha, como murumuru, cupuaçu e tucumã, diversificando a renda da comunidade e aumentando a resiliência da nossa cadeia de suprimentos frente a eventos climáticos", afirma Mauro Costa, gerente sênior de Relacionamento e Abastecimento da Sociobiodiversidade da Natura.
Inovação na cadeia produtiva
Inaugurada no último dia 27, a agroindústria deve começar a operar a partir da próxima safra da castanha, no primeiro trimestre de 2026. Considerando apenas o beneficiamento da castanha e a capacidade atual, a estrutura terá potencial para processar até 100 toneladas de matéria-prima por ano. O volume dependerá da oferta de matéria-prima em campo e da demanda de mercado.
"Assumimos, em julho, o compromisso de ser uma empresa 100% regenerativa até 2050. Ou seja, gerar impacto positivo para as pessoas, o planeta e os negócios. Isto só será possível por meio de atuações coletivas, como a da ASSOAB, que exemplifica como desenvolver a cadeia da castanha ao mesmo tempo em que se combate o desmatamento e garante a inclusão, ao gerar renda para todos os envolvidos - entre eles, mulheres, jovens e indígenas", afirma Ângela Pinhati, diretora de Sustentabilidade da Natura.
Inovação sustentável no Amazonas
A ASSOAB é uma iniciativa de base comunitária no Amazonas que integra soluções de circularidade e eficiência energética, utiliza resíduos da casca da castanha para alimentar a caldeira e aproveita a captação de água da chuva. Essa abordagem está alinhada aos compromissos climáticos do Brasil e serve de modelo para discussões na COP30.
O projeto resulta, entre outras iniciativas, do Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva, parceria da Natura com a VERT Securitizadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). A ASSOAB foi a única associação de base comunitária no mercado da castanha no Amazonas a acessar recursos do Projeto de Fundos Não Reembolsáveis, implementando um sistema de captação de água da chuva e energia fotovoltaica. O Mecanismo Amazônia Viva já mobilizou mais de R$ 26 milhões em crédito e investimentos estruturantes, fortalecendo a economia local e a conservação da floresta.
Com um modelo regenerativo de atuação há 25 anos, a Natura está conectada a 45 comunidades da sociobiodiversidade na Pan-Amazônia, envolvendo mais de 10 mil famílias que prosperam socioeconomicamente enquanto preservam 2,2 milhões de hectares da floresta. A nova agroindústria integra o compromisso da empresa de se tornar 100% regenerativa até 2050, indo além da sustentabilidade e restaurando a vida nos capitais financeiro, natural, social e humano.
Sobre a ASSOAB
Fundada em 1994 por agricultores familiares, a ASSOAB atua desde 2006 na cadeia produtiva da castanha, junto a comunidades ribeirinhas, agroextrativistas e indígenas no município de Beruri, em Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Com um trabalho pautado no diálogo e na prática de preços justos, a associação ajudou a romper ciclos de dependência econômica dos atravessadores.
Liderada atualmente por mulheres na gestão e nas atividades técnicas, a ASSOAB inclui 65 pessoas no beneficiamento direto de castanha e alcança mais de 730 pessoas na região.
https://www.acritica.com/economia/agroindustria-em-beruri-fortalece-protagonismo-feminino-e-indigena-na-produc-o-de-castanha-1.382505
A 21ª agroindústria comunitária apoiada pela Natura marca a celebração de um modelo de negócio pioneiro. "Para nós, esta conquista representa uma nova fase para nosso trabalho e materializa um sonho. Somos uma associação de extrema importância econômica para a cidade e geramos renda para mais de 190 famílias, sendo que mais da metade estão em quatro Terras Indígenas nos municípios de Beruri, Lábrea e Tapauá. Essa parceria nos dá a certeza de que estamos no caminho certo para o desenvolvimento socioambiental da região", afirma Sandra Amud, presidente da ASSOAB.
A associação trabalha com a Natura desde 2018, exclusivamente com a castanha, até então vendida apenas em amêndoas. Com a nova agroindústria, a ASSOAB poderá ampliar a cesta de insumos fornecidos. "Esse novo empreendimento é parte de um investimento estratégico que garante a qualidade e a rastreabilidade dos bioativos da Amazônia, essenciais para os produtos da Natura. A infraestrutura permitirá também a implementação de novas cadeias produtivas além da castanha, como murumuru, cupuaçu e tucumã, diversificando a renda da comunidade e aumentando a resiliência da nossa cadeia de suprimentos frente a eventos climáticos", afirma Mauro Costa, gerente sênior de Relacionamento e Abastecimento da Sociobiodiversidade da Natura.
Inovação na cadeia produtiva
Inaugurada no último dia 27, a agroindústria deve começar a operar a partir da próxima safra da castanha, no primeiro trimestre de 2026. Considerando apenas o beneficiamento da castanha e a capacidade atual, a estrutura terá potencial para processar até 100 toneladas de matéria-prima por ano. O volume dependerá da oferta de matéria-prima em campo e da demanda de mercado.
"Assumimos, em julho, o compromisso de ser uma empresa 100% regenerativa até 2050. Ou seja, gerar impacto positivo para as pessoas, o planeta e os negócios. Isto só será possível por meio de atuações coletivas, como a da ASSOAB, que exemplifica como desenvolver a cadeia da castanha ao mesmo tempo em que se combate o desmatamento e garante a inclusão, ao gerar renda para todos os envolvidos - entre eles, mulheres, jovens e indígenas", afirma Ângela Pinhati, diretora de Sustentabilidade da Natura.
Inovação sustentável no Amazonas
A ASSOAB é uma iniciativa de base comunitária no Amazonas que integra soluções de circularidade e eficiência energética, utiliza resíduos da casca da castanha para alimentar a caldeira e aproveita a captação de água da chuva. Essa abordagem está alinhada aos compromissos climáticos do Brasil e serve de modelo para discussões na COP30.
O projeto resulta, entre outras iniciativas, do Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva, parceria da Natura com a VERT Securitizadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). A ASSOAB foi a única associação de base comunitária no mercado da castanha no Amazonas a acessar recursos do Projeto de Fundos Não Reembolsáveis, implementando um sistema de captação de água da chuva e energia fotovoltaica. O Mecanismo Amazônia Viva já mobilizou mais de R$ 26 milhões em crédito e investimentos estruturantes, fortalecendo a economia local e a conservação da floresta.
Com um modelo regenerativo de atuação há 25 anos, a Natura está conectada a 45 comunidades da sociobiodiversidade na Pan-Amazônia, envolvendo mais de 10 mil famílias que prosperam socioeconomicamente enquanto preservam 2,2 milhões de hectares da floresta. A nova agroindústria integra o compromisso da empresa de se tornar 100% regenerativa até 2050, indo além da sustentabilidade e restaurando a vida nos capitais financeiro, natural, social e humano.
Sobre a ASSOAB
Fundada em 1994 por agricultores familiares, a ASSOAB atua desde 2006 na cadeia produtiva da castanha, junto a comunidades ribeirinhas, agroextrativistas e indígenas no município de Beruri, em Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Com um trabalho pautado no diálogo e na prática de preços justos, a associação ajudou a romper ciclos de dependência econômica dos atravessadores.
Liderada atualmente por mulheres na gestão e nas atividades técnicas, a ASSOAB inclui 65 pessoas no beneficiamento direto de castanha e alcança mais de 730 pessoas na região.
https://www.acritica.com/economia/agroindustria-em-beruri-fortalece-protagonismo-feminino-e-indigena-na-produc-o-de-castanha-1.382505
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