De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

Mulheres indígenas pedem proteção em conferência histórica em Brasília

05/08/2025

Autor: Gustavo Praiado

Fonte: Cenário MT - https://www.cenariomt.com.br/



Mulheres indígenas pedem proteção em conferência histórica em Brasília
Primeira Conferência Nacional das Mulheres Indígenas reúne cinco mil participantes de todos os biomas do país em defesa de seus direitos, cultura e território.

Mais de cinco mil mulheres indígenas se reuniram em Brasília para a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, marcada por discursos de resistência e defesa dos direitos originários. A abertura do evento, que antecede a IV Marcha das Mulheres Indígenas, contou com a presença de cinco ministras de Estado.

Pangroti Kayapó, de 60 anos, e sua neta Nhaikapep, de 22, viajaram por mais de 32 horas desde São Félix do Xingu (AM) para participar da conferência. Segundo elas, os rios Fresco, Iriri e Xingu estão contaminados por metais do garimpo ilegal. "Pedimos proteção para nós, nosso ambiente e nossa cultura", declarou a matriarca, por meio da tradução da neta.


Mais de cinco mil mulheres indígenas se reuniram em Brasília para a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, marcada por discursos de resistência e defesa dos direitos originários. A abertura do evento, que antecede a IV Marcha das Mulheres Indígenas, contou com a presença de cinco ministras de Estado.

Pangroti Kayapó, de 60 anos, e sua neta Nhaikapep, de 22, viajaram por mais de 32 horas desde São Félix do Xingu (AM) para participar da conferência. Segundo elas, os rios Fresco, Iriri e Xingu estão contaminados por metais do garimpo ilegal. "Pedimos proteção para nós, nosso ambiente e nossa cultura", declarou a matriarca, por meio da tradução da neta.


Entre os principais temas abordados estiveram a violência contra mulheres indígenas, o impacto do garimpo e o Projeto de Lei 2.159/21, criticado por flexibilizar o licenciamento ambiental. A ministra Sônia Guajajara afirmou que o PL fragiliza a luta indígena e propôs a criação de um grupo de trabalho interministerial para elaborar estratégias de proteção.

A presidente da Funai, Joênia Wapichana, defendeu mais recursos no orçamento para políticas voltadas às mulheres indígenas. "Precisamos dar um basta à violência", afirmou.


A ministra Marina Silva ressaltou que o governo removeu invasores de oito terras indígenas nos últimos dois anos, mas destacou que os desafios ambientais persistem. "Aquelas que menos destruíram são as mais prejudicadas", disse, ao defender ações públicas de preservação e condenar líderes que dificultam o avanço climático.

Durante a conferência, mulheres como Soraya Kaingang, de Londrina (PR), compartilharam suas histórias e preocupações. Mãe de quatro filhos, ela denunciou a contaminação por agrotóxicos em sua aldeia, causada por produtores rurais. "Está difícil manter nossa produção tradicional. Vir aqui é uma forma de sermos ouvidas", relatou.


Mais de cinco mil mulheres indígenas se reuniram em Brasília para a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, marcada por discursos de resistência e defesa dos direitos originários. A abertura do evento, que antecede a IV Marcha das Mulheres Indígenas, contou com a presença de cinco ministras de Estado.

Pangroti Kayapó, de 60 anos, e sua neta Nhaikapep, de 22, viajaram por mais de 32 horas desde São Félix do Xingu (AM) para participar da conferência. Segundo elas, os rios Fresco, Iriri e Xingu estão contaminados por metais do garimpo ilegal. "Pedimos proteção para nós, nosso ambiente e nossa cultura", declarou a matriarca, por meio da tradução da neta.


Entre os principais temas abordados estiveram a violência contra mulheres indígenas, o impacto do garimpo e o Projeto de Lei 2.159/21, criticado por flexibilizar o licenciamento ambiental. A ministra Sônia Guajajara afirmou que o PL fragiliza a luta indígena e propôs a criação de um grupo de trabalho interministerial para elaborar estratégias de proteção.

A presidente da Funai, Joênia Wapichana, defendeu mais recursos no orçamento para políticas voltadas às mulheres indígenas. "Precisamos dar um basta à violência", afirmou.


A ministra Marina Silva ressaltou que o governo removeu invasores de oito terras indígenas nos últimos dois anos, mas destacou que os desafios ambientais persistem. "Aquelas que menos destruíram são as mais prejudicadas", disse, ao defender ações públicas de preservação e condenar líderes que dificultam o avanço climático.

Durante a conferência, mulheres como Soraya Kaingang, de Londrina (PR), compartilharam suas histórias e preocupações. Mãe de quatro filhos, ela denunciou a contaminação por agrotóxicos em sua aldeia, causada por produtores rurais. "Está difícil manter nossa produção tradicional. Vir aqui é uma forma de sermos ouvidas", relatou.


A conferência é um marco na articulação política e social das mulheres indígenas, promovendo visibilidade às suas lutas e reforçando a importância de políticas públicas efetivas para a proteção de seus direitos, territórios e saberes.

https://www.cenariomt.com.br/cenario-politico/mulheres-indigenas-pedem-protecao-em-conferencia-historica-em-brasilia/
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.