De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Governo Federal oficializa mudança de nome do Museu Nacional dos Povos Indígenas
19/09/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
Museu Nacional dos Povos Indígenas agora é o nome oficial do órgão científico-cultural da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A nomenclatura, antes Museu do Índio, foi alterada pelo decreto de reestruturação da Funai, publicado pelo Governo Federal no dia 7 de agosto de 2025. Idealizado pelo antropólogo Darcy Ribeiro, o Museu desempenha um papel estratégico na preservação e promoção do patrimônio cultural indígena no Brasil, sendo fundamental na manutenção e continuidade das culturas indígenas. Seu acervo etnográfico reúne mais de 20 mil objetos contemporâneos de cerca de 150 povos indígenas, com coleções iniciadas na década de 1940 e continuamente ampliadas.
A alteração do nome da instituição reconhece que o termo "índio" é derivado de um engano dos colonizadores que, quando chegaram ao Brasil, acreditavam ter encontrado as Índias, que chamavam de "outro mundo". O erro foi mantido e utilizado para designar, sem distinção, uma infinidade de povos, alimentando a discriminação, preconceito e violência contra essa população. A palavra "indígena", por sua vez, significa "originário, aquele que está ali antes dos outros" e valoriza a diversidade dos 305 povos indígena do Brasil.
Criada em 1967 como Fundação Nacional do Índio, a Funai também teve seu nome modificado em 2023, passando a se chamar Fundação Nacional dos Povos Indígenas. Um ano antes, em 2022, a Lei 14.402 alterou a nomenclatura da data celebrada em 19 de abril, passando de "Dia do Índio" para "Dia dos Povos Indígenas". A efeméride dá visibilidade às culturas, tradições e lutas dos povos indígenas.
Reestruturação: decreto do Governo Federal fortalece política indigenista com ampliação da estrutura da Funai
O Museu
Localizado no Rio de Janeiro (RJ), o Museu Nacional dos Povos Indígenas foi inaugurado oficialmente no dia 19 de abril de 1953 como um setor da Seção de Estudos do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), criado em 1910 para proteger os povos indígenas das violências coloniais ainda existentes na recém-proclamada República, em 1889. A Funai foi instituída em 5 de dezembro de 1967 pela Lei 5.371 para substituir o SPI, momento no qual o Museu passou a integrar sua estrutura.
Desde sua criação, o Museu consolidou-se como uma instituição de referência em iniciativas voltadas à valorização das culturas indígenas, promovendo parcerias com universidades e outras organizações para a produção de conhecimento qualificado. Além da preservação de seu acervo, a instituição desenvolve ações integradas de conservação, pesquisa, documentação e promoção cultural, com destaque para atividades voltadas ao público escolar.
O Museu possui sua sede no Rio de Janeiro e unidades descentralizadas. Entre elas, o Centro Audiovisual em Goiânia (GO), inaugurado em julho de 2024, que realiza formação para indígenas na produção e edição de materiais audiovisuais voltados ao registro de práticas culturais contemporâneas. E o Centro Cultural Ikuiapá, em Cuiabá (MT), que promove o patrimônio material e imaterial dos povos indígenas do Centro-Oeste, realiza pesquisas e oferece formação para indígenas em técnicas de documentação cultural.
Reabertura
O espaço está fechado para visitação desde 2016 por problemas estruturais. Apenas os jardins estão abertos ao público, gratuitamente, de segunda a sexta, das 9h às 17h. Em julho de 2025, a Funai ampliou o diálogo com instituições parceiras e parlamentares com o objetivo de reabrir a estrutura. Na ocasião, a presidenta Joenia Wapichana reforçou a importância do Museu para os povos indígenas.
"Desde 2016, toda essa riqueza cultural está fechada para visitação. Não se trata apenas de acervos, de depósito, mas significa a identidade dos povos indígenas, a memória do nosso país. E essa memória dá respaldo para os direitos dos povos indígenas nos processos de demarcação e de defesa da cultura e dos direitos humanos", destacou.
No dia 9 de setembro, a Funai e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) iniciaram a construção de uma nova proposta de cooperação internacional. A atividade, realizada no Centro Audiovisual (CAud), em Goiânia (GO), contou com três dias de oficinas voltadas à definição de estratégias conjuntas para a valorização da diversidade cultural e linguística dos povos indígenas, com foco no Museu Nacional dos Povos Indígenas.
O projeto, que sucede 20 anos de parceria com a organização, contempla três eixos principais: valorização linguística, documentação cultural e processamento técnico. Durante os três dias de atividades, os participantes, que são especialistas indígenas na defesa e promoção das culturas, debateram propostas, compartilharam experiências e elaboraram coletivamente um instrumento que servirá de base para a redação do projeto de cooperação.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/governo-federal-oficializa-mudanca-de-nome-do-museu-nacional-dos-povos-indigenas
A alteração do nome da instituição reconhece que o termo "índio" é derivado de um engano dos colonizadores que, quando chegaram ao Brasil, acreditavam ter encontrado as Índias, que chamavam de "outro mundo". O erro foi mantido e utilizado para designar, sem distinção, uma infinidade de povos, alimentando a discriminação, preconceito e violência contra essa população. A palavra "indígena", por sua vez, significa "originário, aquele que está ali antes dos outros" e valoriza a diversidade dos 305 povos indígena do Brasil.
Criada em 1967 como Fundação Nacional do Índio, a Funai também teve seu nome modificado em 2023, passando a se chamar Fundação Nacional dos Povos Indígenas. Um ano antes, em 2022, a Lei 14.402 alterou a nomenclatura da data celebrada em 19 de abril, passando de "Dia do Índio" para "Dia dos Povos Indígenas". A efeméride dá visibilidade às culturas, tradições e lutas dos povos indígenas.
Reestruturação: decreto do Governo Federal fortalece política indigenista com ampliação da estrutura da Funai
O Museu
Localizado no Rio de Janeiro (RJ), o Museu Nacional dos Povos Indígenas foi inaugurado oficialmente no dia 19 de abril de 1953 como um setor da Seção de Estudos do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), criado em 1910 para proteger os povos indígenas das violências coloniais ainda existentes na recém-proclamada República, em 1889. A Funai foi instituída em 5 de dezembro de 1967 pela Lei 5.371 para substituir o SPI, momento no qual o Museu passou a integrar sua estrutura.
Desde sua criação, o Museu consolidou-se como uma instituição de referência em iniciativas voltadas à valorização das culturas indígenas, promovendo parcerias com universidades e outras organizações para a produção de conhecimento qualificado. Além da preservação de seu acervo, a instituição desenvolve ações integradas de conservação, pesquisa, documentação e promoção cultural, com destaque para atividades voltadas ao público escolar.
O Museu possui sua sede no Rio de Janeiro e unidades descentralizadas. Entre elas, o Centro Audiovisual em Goiânia (GO), inaugurado em julho de 2024, que realiza formação para indígenas na produção e edição de materiais audiovisuais voltados ao registro de práticas culturais contemporâneas. E o Centro Cultural Ikuiapá, em Cuiabá (MT), que promove o patrimônio material e imaterial dos povos indígenas do Centro-Oeste, realiza pesquisas e oferece formação para indígenas em técnicas de documentação cultural.
Reabertura
O espaço está fechado para visitação desde 2016 por problemas estruturais. Apenas os jardins estão abertos ao público, gratuitamente, de segunda a sexta, das 9h às 17h. Em julho de 2025, a Funai ampliou o diálogo com instituições parceiras e parlamentares com o objetivo de reabrir a estrutura. Na ocasião, a presidenta Joenia Wapichana reforçou a importância do Museu para os povos indígenas.
"Desde 2016, toda essa riqueza cultural está fechada para visitação. Não se trata apenas de acervos, de depósito, mas significa a identidade dos povos indígenas, a memória do nosso país. E essa memória dá respaldo para os direitos dos povos indígenas nos processos de demarcação e de defesa da cultura e dos direitos humanos", destacou.
No dia 9 de setembro, a Funai e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) iniciaram a construção de uma nova proposta de cooperação internacional. A atividade, realizada no Centro Audiovisual (CAud), em Goiânia (GO), contou com três dias de oficinas voltadas à definição de estratégias conjuntas para a valorização da diversidade cultural e linguística dos povos indígenas, com foco no Museu Nacional dos Povos Indígenas.
O projeto, que sucede 20 anos de parceria com a organização, contempla três eixos principais: valorização linguística, documentação cultural e processamento técnico. Durante os três dias de atividades, os participantes, que são especialistas indígenas na defesa e promoção das culturas, debateram propostas, compartilharam experiências e elaboraram coletivamente um instrumento que servirá de base para a redação do projeto de cooperação.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/governo-federal-oficializa-mudanca-de-nome-do-museu-nacional-dos-povos-indigenas
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