De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Funai defende demarcação de terras, valorização dos conhecimentos tradicionais e protagonismo indígena para a COP 30
19/09/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) defendeu nesta sexta-feira (19) a valorização dos conhecimentos tradicionais no enfrentamento às mudanças climáticas. Em participação na etapa do Amazonas do Ciclo COParente, a autarquia indigenista reforçou que os povos indígenas devem ser protagonistas na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), prevista para acontecer em novembro, na cidade de Belém (PA).
Para a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, os povos indígenas devem ser ouvidos na COP30, pois são "quem mais protege as florestas sem receber nada por isso e quem mais sofre com as mudanças climáticas". Os povos indígenas, com seu modo de vida sustentável, em harmonia com o meio ambiente, desempenham um importante papel na conservação da biodiversidade e na proteção das florestas contra o desmatamento, o que é essencial para o sequestro de carbono e para a redução de gases de efeito estufa.
De acordo com dados do Instituto Socioambiental (ISA), o desmatamento nas terras indígenas da Amazônia é de apenas 1,74%, enquanto outras áreas do bioma já perderam mais de 27% da vegetação nativa. Nesse sentido, a demarcação de terras indígenas é uma das principais políticas adotadas pelo Governo Federal para o enfrentamento às mudanças climáticas. Desde 2023, 16 terras foram homologadas e 11 tiveram a aprovação de portarias declaratórias, após anos de paralisação.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, citou os impactos das mudanças climáticas no cotidiano das comunidades indígenas, reforçando que a COP30 pode parecer distante da vida da população, mas as discussões realizadas no âmbito da Conferência têm influência direta no dia a dia dos povos indígenas.
"A mudança do clima, para nós [indígenas], afeta na alimentação, no deslocamento, na cultura, na educação. Afeta diretamente de todas as formas. Os povos indígenas são, comprovadamente, os maiores guardiões das florestas, mas são os primeiros impactados", afirmou a ministra ao defender que proteger os direitos indígenas é também enfrentar a crise climática.
A co-presidenta dos Caucus Indígena para a América Latina e Caribe, Sineia do Vale, uma das enviadas especiais para a COP 30, ressaltou que os povos indígenas têm trabalhado em conjunto para fortalecer a presença e apresentar estratégias na Conferência. "Chegamos a esse ponto de ter uma COP no Brasil e nós, povos indígenas, estamos trabalhando unidos para que possamos chegar com as nossas estratégias e as nossas vozes", pontuou Sineia.
Também participaram do diálogo do Ciclo COParente as diretoras de Administração, Gestão e Órgãos Seccionais da Presidência da Funai, Mislene Metchacuna; de Gestão Ambiental e Territorial, Lucia Alberta; o coordenador regional da Funai no Amazonas, Emilson Lima; e o representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Toya Manchineri. A Coiab é a anfitriã da COP 30 no Brasil.
COP 30
A COP 30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), um encontro global anual no qual líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. Este é considerado um dos principais eventos do tema no mundo.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-defende-demarcacao-de-terras-valorizacao-dos-conhecimentos-tradicionais-e-protagonismo-indigena-para-a-cop-30
Os temas a serem discutidos incluem redução de emissões de gases de efeito estufa; adaptação às mudanças climáticas; financiamento climático para países em desenvolvimento; tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono; preservação de florestas e biodiversidade; e justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.
Ciclo COParente
O Ciclo COParente, coordenado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) em parceria com o movimento indígena, foi construído para informar e qualificar a participação de lideranças sobre os debates e negociações que ocorrerão durante a COP 30, em novembro, em Belém (PA). Clique aqui e saiba mais.
Para a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, os povos indígenas devem ser ouvidos na COP30, pois são "quem mais protege as florestas sem receber nada por isso e quem mais sofre com as mudanças climáticas". Os povos indígenas, com seu modo de vida sustentável, em harmonia com o meio ambiente, desempenham um importante papel na conservação da biodiversidade e na proteção das florestas contra o desmatamento, o que é essencial para o sequestro de carbono e para a redução de gases de efeito estufa.
De acordo com dados do Instituto Socioambiental (ISA), o desmatamento nas terras indígenas da Amazônia é de apenas 1,74%, enquanto outras áreas do bioma já perderam mais de 27% da vegetação nativa. Nesse sentido, a demarcação de terras indígenas é uma das principais políticas adotadas pelo Governo Federal para o enfrentamento às mudanças climáticas. Desde 2023, 16 terras foram homologadas e 11 tiveram a aprovação de portarias declaratórias, após anos de paralisação.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, citou os impactos das mudanças climáticas no cotidiano das comunidades indígenas, reforçando que a COP30 pode parecer distante da vida da população, mas as discussões realizadas no âmbito da Conferência têm influência direta no dia a dia dos povos indígenas.
"A mudança do clima, para nós [indígenas], afeta na alimentação, no deslocamento, na cultura, na educação. Afeta diretamente de todas as formas. Os povos indígenas são, comprovadamente, os maiores guardiões das florestas, mas são os primeiros impactados", afirmou a ministra ao defender que proteger os direitos indígenas é também enfrentar a crise climática.
A co-presidenta dos Caucus Indígena para a América Latina e Caribe, Sineia do Vale, uma das enviadas especiais para a COP 30, ressaltou que os povos indígenas têm trabalhado em conjunto para fortalecer a presença e apresentar estratégias na Conferência. "Chegamos a esse ponto de ter uma COP no Brasil e nós, povos indígenas, estamos trabalhando unidos para que possamos chegar com as nossas estratégias e as nossas vozes", pontuou Sineia.
Também participaram do diálogo do Ciclo COParente as diretoras de Administração, Gestão e Órgãos Seccionais da Presidência da Funai, Mislene Metchacuna; de Gestão Ambiental e Territorial, Lucia Alberta; o coordenador regional da Funai no Amazonas, Emilson Lima; e o representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Toya Manchineri. A Coiab é a anfitriã da COP 30 no Brasil.
COP 30
A COP 30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), um encontro global anual no qual líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. Este é considerado um dos principais eventos do tema no mundo.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-defende-demarcacao-de-terras-valorizacao-dos-conhecimentos-tradicionais-e-protagonismo-indigena-para-a-cop-30
Os temas a serem discutidos incluem redução de emissões de gases de efeito estufa; adaptação às mudanças climáticas; financiamento climático para países em desenvolvimento; tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono; preservação de florestas e biodiversidade; e justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.
Ciclo COParente
O Ciclo COParente, coordenado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) em parceria com o movimento indígena, foi construído para informar e qualificar a participação de lideranças sobre os debates e negociações que ocorrerão durante a COP 30, em novembro, em Belém (PA). Clique aqui e saiba mais.
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