De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Fumaça de queimadas matará 6 vezes mais até fim do século, diz estudo
19/09/2025
Fonte: Eco - https://www.oc.eco.br
Particulados emitidos durante incêndios florestais mais frequentes num mundo aquecido causarão 1,4 milhão de óbitos, a maioria nos países mais pobres.
DO OC - A fumaça de incêndios florestais provocados pelo aquecimento do planeta será diretamente responsável por 1,4 milhão de mortes por ano ao fim deste século, ou seis vezes a média atual. A maioria das vítimas será de países pobres, especialmente os da África subsaariana.
A estimativa, que considera um cenário em que as atuais tendências de emissões de gases estufa são mantidas, consta de estudo conduzido por pesquisadores da universidade de Tsinghua (China) e publicado nesta quinta-feira (18) pela revista Nature.
"As projeções mostram um aumento acentuado nas mortes prematuras devido à fumaça de incêndios florestais, atingindo 1,4 milhão anualmente durante 2095-2099, aproximadamente seis vezes mais alto que os níveis atuais", diz o relatório, em um trecho.
O trabalho levou em conta dados a respeito de áreas queimadas do Global Fire Emissions Database (GFED), além de registros de fatores climáticos compilados pelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas em Médio Prazo (ECMWF).
As informações ajudaram a construir e aprimorar um modelo de aprendizado de máquina destinado a projetar as áreas queimadas em nível global e as emissões de incêndios florestais. Quando submetido à vida real, apontaram os pesquisadores, o sistema foi capaz de reconstruir com sucesso tendências reais verificadas nos últimos anos.
Para as projeções até 2099, o estudo considerou cenários climáticos e a estimativa de biomassa nas áreas potencialmente mais sujeitas ao fogo. Outra modelagem levou em conta a química atmosférica, simulando as concentrações de massa de aerossóis em decorrência dos incêndios.
Por fim, foi feita a correlação com os impactos na saúde. Mais especificamente, da exposição a longo prazo às chamadas PM2.5 (partículas com diâmetro igual ou inferior a 2,5 micrômetros) que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são relacionadas a problemas cardiovasculares, cerebrovasculares (AVC) e respiratórios.
"A mortalidade prematura foi calculada usando o modelo global de exposição à mortalidade (GEMM) para seis causas de morte (doença cardíaca isquêmica, derrame, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão, infecções respiratórias inferiores e diabetes tipo II), que têm uma relação causal com a exposição de longo prazo ao PM2.5", diz o estudo.
O modelo completo revelou que, embora as consequências sejam amplamente disseminadas pelo planeta, quase metade das mortes previstas até 2100 irá se concentrar nos países que ocupam posições entre os 20% mais pobres no ranking do PIB global.
A situação será mais crítica na África, com um aumento projetado de 11 vezes na média anual de mortes relacionadas a incêndios, em grande parte devido ao envelhecimento previsto na população, o que a tornará ainda mais suscetível às consequências da poluição atmosférica.
"A mortalidade relacionada ao PM2,5 proveniente de incêndios mostra padrões persistentes e distintos de desigualdade (...) Isso ocorre porque as atividades de incêndio permanecem concentradas nas regiões tropicais."
O estudo afirma, no entanto, que os países desenvolvidos (30% superiores do PIB) também irão sofrer com a mortalidade crescente impulsionada pelo "aumento da atividade de incêndios nas latitudes médias do Hemisfério Norte".
"A Europa e os EUA experimentariam um aumento de uma a duas vezes", diz o estudo.
https://www.oc.eco.br/fumaca-de-queimadas-matara-6-vezes-mais-ate-fim-do-seculo-diz-estudo/
DO OC - A fumaça de incêndios florestais provocados pelo aquecimento do planeta será diretamente responsável por 1,4 milhão de mortes por ano ao fim deste século, ou seis vezes a média atual. A maioria das vítimas será de países pobres, especialmente os da África subsaariana.
A estimativa, que considera um cenário em que as atuais tendências de emissões de gases estufa são mantidas, consta de estudo conduzido por pesquisadores da universidade de Tsinghua (China) e publicado nesta quinta-feira (18) pela revista Nature.
"As projeções mostram um aumento acentuado nas mortes prematuras devido à fumaça de incêndios florestais, atingindo 1,4 milhão anualmente durante 2095-2099, aproximadamente seis vezes mais alto que os níveis atuais", diz o relatório, em um trecho.
O trabalho levou em conta dados a respeito de áreas queimadas do Global Fire Emissions Database (GFED), além de registros de fatores climáticos compilados pelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas em Médio Prazo (ECMWF).
As informações ajudaram a construir e aprimorar um modelo de aprendizado de máquina destinado a projetar as áreas queimadas em nível global e as emissões de incêndios florestais. Quando submetido à vida real, apontaram os pesquisadores, o sistema foi capaz de reconstruir com sucesso tendências reais verificadas nos últimos anos.
Para as projeções até 2099, o estudo considerou cenários climáticos e a estimativa de biomassa nas áreas potencialmente mais sujeitas ao fogo. Outra modelagem levou em conta a química atmosférica, simulando as concentrações de massa de aerossóis em decorrência dos incêndios.
Por fim, foi feita a correlação com os impactos na saúde. Mais especificamente, da exposição a longo prazo às chamadas PM2.5 (partículas com diâmetro igual ou inferior a 2,5 micrômetros) que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são relacionadas a problemas cardiovasculares, cerebrovasculares (AVC) e respiratórios.
"A mortalidade prematura foi calculada usando o modelo global de exposição à mortalidade (GEMM) para seis causas de morte (doença cardíaca isquêmica, derrame, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão, infecções respiratórias inferiores e diabetes tipo II), que têm uma relação causal com a exposição de longo prazo ao PM2.5", diz o estudo.
O modelo completo revelou que, embora as consequências sejam amplamente disseminadas pelo planeta, quase metade das mortes previstas até 2100 irá se concentrar nos países que ocupam posições entre os 20% mais pobres no ranking do PIB global.
A situação será mais crítica na África, com um aumento projetado de 11 vezes na média anual de mortes relacionadas a incêndios, em grande parte devido ao envelhecimento previsto na população, o que a tornará ainda mais suscetível às consequências da poluição atmosférica.
"A mortalidade relacionada ao PM2,5 proveniente de incêndios mostra padrões persistentes e distintos de desigualdade (...) Isso ocorre porque as atividades de incêndio permanecem concentradas nas regiões tropicais."
O estudo afirma, no entanto, que os países desenvolvidos (30% superiores do PIB) também irão sofrer com a mortalidade crescente impulsionada pelo "aumento da atividade de incêndios nas latitudes médias do Hemisfério Norte".
"A Europa e os EUA experimentariam um aumento de uma a duas vezes", diz o estudo.
https://www.oc.eco.br/fumaca-de-queimadas-matara-6-vezes-mais-ate-fim-do-seculo-diz-estudo/
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.