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COP30: Funai apresenta ações de segurança alimentar e nutricional desenvolvidas na Terra Indígena Yanomami
21/11/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) apresentou as ações de segurança alimentar que vem desenvolvendo para promover a autonomia produtiva dos povos Yanomami e Ye'kwana, na Terra Indígena Yanomami (TIY), localizada entre os estados do Amazonas e Roraima. A apresentação foi feita na quarta-feira (19), na AgriZone, espaço paralelo à COP30, em Belém (PA), em evento organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
Na ocasião, o coordenador-geral de Atividades Produtivas da Funai, Jefferson Fernandes, informou que a instituição tem trabalhado em diversas frentes para promover a autonomia dos povos indígenas nas decisões e nas produções agrícolas. O trabalho é desenvolvido por meio da Força-Tarefa Yanomami e Ye'kwana (FTYY) e demais instâncias administrativas da Funai em conjunto com instituições parceiras.
"Entendemos que todo o trabalho de produção agrícola tradicional e a soberania alimentar nessas comunidades indígenas precisam ser feitas com escuta e autonomia dos povos, elaboração de projetos de cadeias de valor desenvolvidas e validadas pelas organizações indígenas, além de atividades produtivas como instrumento de proteção territorial, contra as invasões", afirmou Jefferson Fernandes.
O coordenador-geral lembrou que mais de 3,6 mil indígenas são contemplados em projetos de segurança alimentar, monitorados pela Funai, como a produção de alevinos de tambaqui e de farinha.
Carlinha Yanomami, da comunidade Maturacá, localizada em São Gabriel da Cachoeira (AM), disse que muitos foram os desafios enfrentados com a crise humanitária provocada pelo garimpo ilegal na terra indígena. Segundo ela, são as produções agroecológicas indígenas que ajudam a minimizar a escassez de alimentos.
"A crise climática também é um dos desafios que enfrentamos, como a seca, que atrapalha nossas produções e nossos rios. Mas, são os parceiros e ações nas nossas terras, que estão nos ajudando a mudar essa realidade. Agora, a gente já começa a voltar a sorrir. A produção de alimentos tradicionais fortalece nossa cultura, nossa ancestralidade e a nossa sobrevivência. E mostramos que nós podemos, sim, produzir junto com os parceiros", complementou Carlinha Yanomami.
Yanomami e Ye'kwana
Os povos Yanomami e Ye'kwana vivem na maior terra indígena do Brasil, localizada em Roraima, Amazonas e parte da Venezuela, com 10 milhões de hectares, mais de 390 comunidades e 30 mil indígenas. A área indígena é equivalente ao território de Portugal.
Os indígenas que nela vivem formam uma sociedade de caçadores-agricultores da floresta tropical do norte da Amazônia. A terra indígena foi homologada por um decreto presidencial em maio de 1992.
A família linguística Yanomami não é vinculada a nenhum outro tronco linguístico. Possui seis línguas e dezesseis dialetos.
AgriZone
Localizada na Embrapa Amazônia Oriental, a cerca de 1,8 km dos pavilhões oficiais da COP30, a AgriZone reúne mais de 40 eventos confirmados, funcionando como uma vitrine de ciência, tecnologia e inovação agropecuária sustentável.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/cop30-funai-apresenta-acoes-de-seguranca-alimentar-e-nutricional-desenvolvidas-na-terra-indigena-yanomami
Na ocasião, o coordenador-geral de Atividades Produtivas da Funai, Jefferson Fernandes, informou que a instituição tem trabalhado em diversas frentes para promover a autonomia dos povos indígenas nas decisões e nas produções agrícolas. O trabalho é desenvolvido por meio da Força-Tarefa Yanomami e Ye'kwana (FTYY) e demais instâncias administrativas da Funai em conjunto com instituições parceiras.
"Entendemos que todo o trabalho de produção agrícola tradicional e a soberania alimentar nessas comunidades indígenas precisam ser feitas com escuta e autonomia dos povos, elaboração de projetos de cadeias de valor desenvolvidas e validadas pelas organizações indígenas, além de atividades produtivas como instrumento de proteção territorial, contra as invasões", afirmou Jefferson Fernandes.
O coordenador-geral lembrou que mais de 3,6 mil indígenas são contemplados em projetos de segurança alimentar, monitorados pela Funai, como a produção de alevinos de tambaqui e de farinha.
Carlinha Yanomami, da comunidade Maturacá, localizada em São Gabriel da Cachoeira (AM), disse que muitos foram os desafios enfrentados com a crise humanitária provocada pelo garimpo ilegal na terra indígena. Segundo ela, são as produções agroecológicas indígenas que ajudam a minimizar a escassez de alimentos.
"A crise climática também é um dos desafios que enfrentamos, como a seca, que atrapalha nossas produções e nossos rios. Mas, são os parceiros e ações nas nossas terras, que estão nos ajudando a mudar essa realidade. Agora, a gente já começa a voltar a sorrir. A produção de alimentos tradicionais fortalece nossa cultura, nossa ancestralidade e a nossa sobrevivência. E mostramos que nós podemos, sim, produzir junto com os parceiros", complementou Carlinha Yanomami.
Yanomami e Ye'kwana
Os povos Yanomami e Ye'kwana vivem na maior terra indígena do Brasil, localizada em Roraima, Amazonas e parte da Venezuela, com 10 milhões de hectares, mais de 390 comunidades e 30 mil indígenas. A área indígena é equivalente ao território de Portugal.
Os indígenas que nela vivem formam uma sociedade de caçadores-agricultores da floresta tropical do norte da Amazônia. A terra indígena foi homologada por um decreto presidencial em maio de 1992.
A família linguística Yanomami não é vinculada a nenhum outro tronco linguístico. Possui seis línguas e dezesseis dialetos.
AgriZone
Localizada na Embrapa Amazônia Oriental, a cerca de 1,8 km dos pavilhões oficiais da COP30, a AgriZone reúne mais de 40 eventos confirmados, funcionando como uma vitrine de ciência, tecnologia e inovação agropecuária sustentável.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/cop30-funai-apresenta-acoes-de-seguranca-alimentar-e-nutricional-desenvolvidas-na-terra-indigena-yanomami
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