De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Mesa redonda une participantes da COP 30 e debate evento da perspectiva das mulheres e dos indígenas
25/11/2025
Fonte: UFMG - https://www.ufmg.br
Nesta terça-feira, 25 de novembro de 2025, o programa Conexões realizou uma mesa redonda para abordar os debates e resultados da COP 30, Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas, em Belém (PA). A apresentadora Luiza Glória recebeu nos nossos estúdios: a Delegada da COP 30 que representou o Bioma Mata Atlântica, escritora da carta de Direitos Climáticos do Morro do Papagaio e estudante do curso de Nutrição da UFMG, Amanda Lima; a pesquisadora do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher, da UFMG, articuladora nacional do Engajamundo, foi Delegada da COP 30 e membra da LCOy, Conferência Local da Juventude sobre Mudança do Clima no Brasil, Késsia Teixeira de Paula; e o multiartista, Wahá-juknam, mestrando em Estudos Linguísticos na UFMG, produtor cultural que pertence ao Povo Aranã Caboclo, povo Indígena do Vale do Jequitinhonha, co-fundador do Instituto Janelas do Jequitinhonha, que também atua como ativista internacional e na articulação de campanhas pela defesa de direitos humanos para Cultural Survival, Djalma Ramalho Aranã Caboclo.
A COP 30 se encerrou na última sexta-feira, 21 de novembro, após dez dias de negociações no combate às mudanças climáticas e ao desmatamento. A conferência da ONU que pela primeira vez aconteceu aqui no Brasil, em Belém, começou com 94 Contribuições Nacionalmente Determinadas previstas no Acordo de Paris, e foi concluída com 122. Apesar de toda a expectativa em torno do país como sede e liderança do evento, um dos principais objetivos não foi atendido. Não houve consenso sobre o chamado mapa do caminho para reduzir o uso de combustíveis fósseis nem decisão formal sobre um roteiro global contra o desmatamento. Essas ações foram propostas pelo governo brasileiro. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, uma das principais defensoras das medidas afirmou: "Progredimos, ainda que modestamente". Diante da resistência de países produtores de petróleo, como Arábia Saudita e Índia, o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, anunciou que vai elaborar dois "mapas do caminho" paralelos, por iniciativa própria: um para a transição longe dos fósseis e outro para frear o desmatamento.
O evento também encerrou com a aprovação de vinte e nove textos, resultado construído pelo consenso de 129 países, incluindo pontos centrais sobre adaptação, mitigação, financiamento climático e implementação. Também houve avanço na Agenda de Ação, com o registro de 120 planos de aceleração, que vão orientar políticas públicas e ações setoriais para reduzir emissões e fortalecer a resiliência climática. Um dos eixos mais celebrados do evento foi o salto na Agenda de Adaptação, destacada pela diretora-executiva da COP 30, Ana Toni, como "muito superior às conferências anteriores". Com a adoção de indicadores globais inéditos, os países vão ter agora uma ferramenta comum para medir vulnerabilidades, impactos climáticos e progressos de adaptação.
A primeira COP no Brasil também foi marcada por mobilizações dos povos originários. Logo nos primeiros dias do evento, um grupo de indígenas e representantes de movimentos sociais ocupou a chamada zona azul, cobrando participação nas negociações, em um protesto que foi dispersado com truculência pelos seguranças do evento.
https://www.ufmg.br/comunicacao/radio-ufmg-educativa/publicacoes/noticias-externas/mesa-redonda-une-participantes-da-cop-30-e-debate-evento-da-perspectiva-das-mulheres-e-dos-indigenas/
A COP 30 se encerrou na última sexta-feira, 21 de novembro, após dez dias de negociações no combate às mudanças climáticas e ao desmatamento. A conferência da ONU que pela primeira vez aconteceu aqui no Brasil, em Belém, começou com 94 Contribuições Nacionalmente Determinadas previstas no Acordo de Paris, e foi concluída com 122. Apesar de toda a expectativa em torno do país como sede e liderança do evento, um dos principais objetivos não foi atendido. Não houve consenso sobre o chamado mapa do caminho para reduzir o uso de combustíveis fósseis nem decisão formal sobre um roteiro global contra o desmatamento. Essas ações foram propostas pelo governo brasileiro. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, uma das principais defensoras das medidas afirmou: "Progredimos, ainda que modestamente". Diante da resistência de países produtores de petróleo, como Arábia Saudita e Índia, o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, anunciou que vai elaborar dois "mapas do caminho" paralelos, por iniciativa própria: um para a transição longe dos fósseis e outro para frear o desmatamento.
O evento também encerrou com a aprovação de vinte e nove textos, resultado construído pelo consenso de 129 países, incluindo pontos centrais sobre adaptação, mitigação, financiamento climático e implementação. Também houve avanço na Agenda de Ação, com o registro de 120 planos de aceleração, que vão orientar políticas públicas e ações setoriais para reduzir emissões e fortalecer a resiliência climática. Um dos eixos mais celebrados do evento foi o salto na Agenda de Adaptação, destacada pela diretora-executiva da COP 30, Ana Toni, como "muito superior às conferências anteriores". Com a adoção de indicadores globais inéditos, os países vão ter agora uma ferramenta comum para medir vulnerabilidades, impactos climáticos e progressos de adaptação.
A primeira COP no Brasil também foi marcada por mobilizações dos povos originários. Logo nos primeiros dias do evento, um grupo de indígenas e representantes de movimentos sociais ocupou a chamada zona azul, cobrando participação nas negociações, em um protesto que foi dispersado com truculência pelos seguranças do evento.
https://www.ufmg.br/comunicacao/radio-ufmg-educativa/publicacoes/noticias-externas/mesa-redonda-une-participantes-da-cop-30-e-debate-evento-da-perspectiva-das-mulheres-e-dos-indigenas/
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