De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Índio protesta no Ministério da Justiça
06/04/2001
Autor: Márcio de Freitas
Fonte: Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ)
Documentos anexos
Tribo fulni-ô quer dinheiro para as suas plantações
Cerca de 50 índios fulni-ô devidamente pintados para a guerra protestaram ontem em frente ao Ministério da Justiça. Queriam mais dinheiro para sustentar as plantações que mantém como forma de subsistência. Dançaram portando bordunas e arcos e flexas para chamar a atenção do ministro José Gregori. Não conseguiram, apesar do grande alarido provocado entre os funcionários do Palácio da Justiça, que temiam uma invasão.
Apenas a Polícia Militar acompanhou a movimentação, sem necessidade de intervir e conter os índios, que tinham intenções pacíficas por trás das pinturas de guerra. Depois de algum tempo, os índios foram atendidos por um assessor do ministério, disposto a abrir um canal de diálogo com a tribo.
Os fulni-ô reclamam que a Fundação Nacional do Índio disponibilizou apenas R$ 345 mil para atender a oito etnias diferentes. Esse dinheiro é usado para custear o plantio de feijão, milho, abóboras e mandioca - que formam a base da alimentação da população. Os índios argumentam que é pouco dinheiro para muitos povos, colocando em risco a alimentação regular da tribo. Eles temem perder a época de plantio pela falta de dinheiro para comprar sementes, fertilizantes e ferramentas.
A tribo fulni-ô quer R$ 200 mil, só para os cinco mil de sua etnia. Eles moram próximo a Paulo Afonso, na Bahia, a região que vivem às margens da usina que leva o mesmo nome da cidade. Apesar de viverem em território baiano, os fulni-ô são originários de Pernambuco, de onde migraram após demarcação de terras. Durante duas horas eles ficaram dançando e negociando no Ministério da Justiça.
Ganharam a promessa de que seu pedido será analisado pela Funai. Ao se despedirem, dançaram novamente. Desta vez em agradecimento pela atenção dispensada pelo assessor de José Gregori. E foram para pensões onde ficam quando estão aguardando a resposta oficial do governo. Eles também freqüentam rotineiramente o prédio da Funai, mas quando desconfiam que não serão atendidos, procuram o Ministério da Justiça. E, se os pedidos não são atendidos, ameaçam ir para o Ministério da Fazenda, onde sabem que fica quem controla o cofre do governo.
Cerca de 50 índios fulni-ô devidamente pintados para a guerra protestaram ontem em frente ao Ministério da Justiça. Queriam mais dinheiro para sustentar as plantações que mantém como forma de subsistência. Dançaram portando bordunas e arcos e flexas para chamar a atenção do ministro José Gregori. Não conseguiram, apesar do grande alarido provocado entre os funcionários do Palácio da Justiça, que temiam uma invasão.
Apenas a Polícia Militar acompanhou a movimentação, sem necessidade de intervir e conter os índios, que tinham intenções pacíficas por trás das pinturas de guerra. Depois de algum tempo, os índios foram atendidos por um assessor do ministério, disposto a abrir um canal de diálogo com a tribo.
Os fulni-ô reclamam que a Fundação Nacional do Índio disponibilizou apenas R$ 345 mil para atender a oito etnias diferentes. Esse dinheiro é usado para custear o plantio de feijão, milho, abóboras e mandioca - que formam a base da alimentação da população. Os índios argumentam que é pouco dinheiro para muitos povos, colocando em risco a alimentação regular da tribo. Eles temem perder a época de plantio pela falta de dinheiro para comprar sementes, fertilizantes e ferramentas.
A tribo fulni-ô quer R$ 200 mil, só para os cinco mil de sua etnia. Eles moram próximo a Paulo Afonso, na Bahia, a região que vivem às margens da usina que leva o mesmo nome da cidade. Apesar de viverem em território baiano, os fulni-ô são originários de Pernambuco, de onde migraram após demarcação de terras. Durante duas horas eles ficaram dançando e negociando no Ministério da Justiça.
Ganharam a promessa de que seu pedido será analisado pela Funai. Ao se despedirem, dançaram novamente. Desta vez em agradecimento pela atenção dispensada pelo assessor de José Gregori. E foram para pensões onde ficam quando estão aguardando a resposta oficial do governo. Eles também freqüentam rotineiramente o prédio da Funai, mas quando desconfiam que não serão atendidos, procuram o Ministério da Justiça. E, se os pedidos não são atendidos, ameaçam ir para o Ministério da Fazenda, onde sabem que fica quem controla o cofre do governo.
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