De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Apelo para ter a terra de volta
02/06/2005
Fonte: CB, Brasil, p. 17
Apelo para ter a terra de volta
Paloma Oliveto
Da equipe do Correio
As fotografias em preto-e branco, datadas de 1940, mostram índios Irantxe Manoki e suas malocas em áreas onde, hoje, há grandes plantações de soja, madeireiras clandestinas e venda de lotes grilados. Há duas décadas, os indígenas tentam reaver esses territórios que, segundo eles, pertencem a seus ancestrais. Ontem, munidos com os registros fotográficos, vieram a Brasília pedir à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e à Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Indígenas que intercedam no processo de revisão de limites da reserva, localizada na região centro-oeste do Mato Grosso. Saíram com a promessa de uma audiência pública, que deverá ser realizada em agosto, com a presença de representantes da Fundação Nacional do índio (Funai), do Ministério da Justiça e do governo do Estado.
Os Irantxe Manoki não foram os únicos a apelar para a ajuda dos parlamentares. Líderes dos Kayabi e dos Enawenê-Nawê também participaram da reunião. As três etnias acusaram o governo do Mato Grosso de prejudicar os interesses indígenas em favor dos grandes agricultores e pecuaristas, principalmente os envolvidos com agronegócio. 0 governador do estado, Blairo Maggi (PPS), é considerado o maior produtor de soja do mundo.
"É um problema político", diz o líder Irantxe Manoki José Aleixo Janaxi, que defende a demarcação de um território de 205 mil hectares, contíguo à reserva de 45 mil hectares, onde vivem 402 índios. Janaxi explica que a área homologada é arenosa e não oferece condições de plantio. O processo de revisão de limites chegou a ser iniciado, mas há um ano voltou do Ministério da Justiça para a Funai, a fim de que fossem realizados novos estudos.
CB, 02/06/2005, Brasil, p. 17
Paloma Oliveto
Da equipe do Correio
As fotografias em preto-e branco, datadas de 1940, mostram índios Irantxe Manoki e suas malocas em áreas onde, hoje, há grandes plantações de soja, madeireiras clandestinas e venda de lotes grilados. Há duas décadas, os indígenas tentam reaver esses territórios que, segundo eles, pertencem a seus ancestrais. Ontem, munidos com os registros fotográficos, vieram a Brasília pedir à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e à Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Indígenas que intercedam no processo de revisão de limites da reserva, localizada na região centro-oeste do Mato Grosso. Saíram com a promessa de uma audiência pública, que deverá ser realizada em agosto, com a presença de representantes da Fundação Nacional do índio (Funai), do Ministério da Justiça e do governo do Estado.
Os Irantxe Manoki não foram os únicos a apelar para a ajuda dos parlamentares. Líderes dos Kayabi e dos Enawenê-Nawê também participaram da reunião. As três etnias acusaram o governo do Mato Grosso de prejudicar os interesses indígenas em favor dos grandes agricultores e pecuaristas, principalmente os envolvidos com agronegócio. 0 governador do estado, Blairo Maggi (PPS), é considerado o maior produtor de soja do mundo.
"É um problema político", diz o líder Irantxe Manoki José Aleixo Janaxi, que defende a demarcação de um território de 205 mil hectares, contíguo à reserva de 45 mil hectares, onde vivem 402 índios. Janaxi explica que a área homologada é arenosa e não oferece condições de plantio. O processo de revisão de limites chegou a ser iniciado, mas há um ano voltou do Ministério da Justiça para a Funai, a fim de que fossem realizados novos estudos.
CB, 02/06/2005, Brasil, p. 17
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