De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Armados, índios prometem resistir a despejo
12/02/2004
Fonte: OESP, Nacional, p. A8
Armados, índios prometem resistir a despejo
João Naves de Oliveira
Especial para o Estado
Armados ostensivamente de espingardas, foices, facões, arcos e flechas, os índios que invadiram na segunda-feira desta semana a Fazenda Porto Lindo, com mil hectares de área situada no município de Dourados, no Mato Grosso do Sul, continuam recusando-se a deixar o local e dizendo que resistirão a qualquer tentativa de despejo. São 380 famílias comandadas pelo cacique Carlito Oliveira, que viviam em barracas de lona plástica fora das aldeias. No final da tarde de ontem, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), afirmou que "infelizmente os índios terão de deixar o imóvel ou serão despejados".
Ele explicou que a fazenda não está e nunca esteve nos planos da Funai. "Até que provem o contrário, a fazenda é do fazendeiro e não dos índios."
Explicou que é necessário ter paciência até que todas as terras indígenas situadas em Mato Grosso do Sul, sejam devidamente identificadas e demarcadas. "Já existe um grupo de trabalho atuando nesse sentido, e em breve teremos um levantamento completo dessas áreas."
Membros do Ministério Público Federal e da Funai de Dourados estão negociando uma saída pacífica para o problema. Entretanto, estão encontrando resistência por parte dos invasores, que alegam não ter mais para onde ir.
Carlito e o grupo por ele comandado viviam na Aldeia Bororó, dentro do perímetro urbano de Dourados. Por desentendimento com o cacique Ramão Machado, eles acabaram sendo expulsos, juntamente com outros 50 índios. Nos cinco anos durante os quais ficou fora da aldeia, eles conseguiram adesões de índios caiovás e terenas, formando o grupo atual.
OESP, 12/02/2004, Nacional, p. A8
João Naves de Oliveira
Especial para o Estado
Armados ostensivamente de espingardas, foices, facões, arcos e flechas, os índios que invadiram na segunda-feira desta semana a Fazenda Porto Lindo, com mil hectares de área situada no município de Dourados, no Mato Grosso do Sul, continuam recusando-se a deixar o local e dizendo que resistirão a qualquer tentativa de despejo. São 380 famílias comandadas pelo cacique Carlito Oliveira, que viviam em barracas de lona plástica fora das aldeias. No final da tarde de ontem, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), afirmou que "infelizmente os índios terão de deixar o imóvel ou serão despejados".
Ele explicou que a fazenda não está e nunca esteve nos planos da Funai. "Até que provem o contrário, a fazenda é do fazendeiro e não dos índios."
Explicou que é necessário ter paciência até que todas as terras indígenas situadas em Mato Grosso do Sul, sejam devidamente identificadas e demarcadas. "Já existe um grupo de trabalho atuando nesse sentido, e em breve teremos um levantamento completo dessas áreas."
Membros do Ministério Público Federal e da Funai de Dourados estão negociando uma saída pacífica para o problema. Entretanto, estão encontrando resistência por parte dos invasores, que alegam não ter mais para onde ir.
Carlito e o grupo por ele comandado viviam na Aldeia Bororó, dentro do perímetro urbano de Dourados. Por desentendimento com o cacique Ramão Machado, eles acabaram sendo expulsos, juntamente com outros 50 índios. Nos cinco anos durante os quais ficou fora da aldeia, eles conseguiram adesões de índios caiovás e terenas, formando o grupo atual.
OESP, 12/02/2004, Nacional, p. A8
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