De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Investigado diz que só compra pedras legais
05/10/2004
Fonte: FSP, Brasil, p.A5
Investigado diz que só compra pedras legais
Da enviada especial a Brasília
José Roberto Gonsalez, um dos personagens centrais da investigação contra o governador Ivo Cassol, disse à Folha que representa empresas estrangeiras interessadas em comprar diamantes do Brasil, mas que só compra pedras extraídas de forma legal.
Ele confirmou que se associou ao doleiro Marcos Glikas visando à exploração de diamantes na reserva dos índios cintas-largas, em Rondônia, mas disse que desistiu do projeto após ser detido pela Funai, em setembro do ano passado, dentro da reserva Roosevelt.
Gonsalez sustenta que seu propósito era obter a legalização do garimpo e garantir o fornecimento a seus clientes no exterior. Ele define seu papel no mercado como o de agenciador e corretor de pedras preciosas, diamante, granito e minérios diversos.
Enquanto negociava com empresas em nome da Companhia de Mineração de Rondônia, Gonsalez administrava a Mineração Arco-Íris, de Glikas, em Espigão d'Oeste (RO), e se aproximou dos cintas-largas. Ele disse que não teve participação societária na mineradora e que a atuação no negócio seria garantia de poder comprar pedras para seus clientes, se o garimpo fosse legalizado.
Antes de ser detido pela Funai, ele assinou a minuta de um convênio de cooperação técnica entre a Associação Paerenã, do cacique João Bravo, e o Centro Mineiro para Conservação da Natureza, sem o conhecimento da Funai, que inviabilizou o convênio.
Declarou que é consultor do centro mineiro e que desenvolve projetos ambientais com prefeituras de MG. Nega ser contrabandista e diz não acreditar que Ivo Cassol esteja envolvido no caso.
Universidade de MG será ouvida
Da enviada especial a Brasília
O ministro do STJ Ari Pargendler, relator do inquérito que investiga Ivo Cassol, determinou que seja ouvido o reitor da Universidade Federal de Viçosa, Evaldo Ferreira Vilela. A instituição foi citada pelo governo de Rondônia no processo contra Marcos Glikas e José Bocamino, acusados de contrabando de diamantes.
Segundo a presidente da Companhia de Mineração de Rondônia, Leandra Vivian, um dos sócios de Glikas, José Roberto Gonsalez, procurou o Estado com o professor aposentado da universidade Laércio Couto, presidente da ONG Centro Mineiro.
Os dois apresentaram projeto para recuperação ambiental e desenvolvimento econômico auto-sustentável. À Folha, o reitor disse que a universidade não apresentou proposta, mas não descartou a hipótese de algum professor ter apresentado o projeto, o que é permitido pela instituição.
Laércio Couto disse que a universidade não se envolveu em suas negociações e que a iniciativa coube ao centro mineiro.
O Ministério Público Federal não acredita no envolvimento da universidade no caso.
FSP, 05/10/2004, p. A5
Da enviada especial a Brasília
José Roberto Gonsalez, um dos personagens centrais da investigação contra o governador Ivo Cassol, disse à Folha que representa empresas estrangeiras interessadas em comprar diamantes do Brasil, mas que só compra pedras extraídas de forma legal.
Ele confirmou que se associou ao doleiro Marcos Glikas visando à exploração de diamantes na reserva dos índios cintas-largas, em Rondônia, mas disse que desistiu do projeto após ser detido pela Funai, em setembro do ano passado, dentro da reserva Roosevelt.
Gonsalez sustenta que seu propósito era obter a legalização do garimpo e garantir o fornecimento a seus clientes no exterior. Ele define seu papel no mercado como o de agenciador e corretor de pedras preciosas, diamante, granito e minérios diversos.
Enquanto negociava com empresas em nome da Companhia de Mineração de Rondônia, Gonsalez administrava a Mineração Arco-Íris, de Glikas, em Espigão d'Oeste (RO), e se aproximou dos cintas-largas. Ele disse que não teve participação societária na mineradora e que a atuação no negócio seria garantia de poder comprar pedras para seus clientes, se o garimpo fosse legalizado.
Antes de ser detido pela Funai, ele assinou a minuta de um convênio de cooperação técnica entre a Associação Paerenã, do cacique João Bravo, e o Centro Mineiro para Conservação da Natureza, sem o conhecimento da Funai, que inviabilizou o convênio.
Declarou que é consultor do centro mineiro e que desenvolve projetos ambientais com prefeituras de MG. Nega ser contrabandista e diz não acreditar que Ivo Cassol esteja envolvido no caso.
Universidade de MG será ouvida
Da enviada especial a Brasília
O ministro do STJ Ari Pargendler, relator do inquérito que investiga Ivo Cassol, determinou que seja ouvido o reitor da Universidade Federal de Viçosa, Evaldo Ferreira Vilela. A instituição foi citada pelo governo de Rondônia no processo contra Marcos Glikas e José Bocamino, acusados de contrabando de diamantes.
Segundo a presidente da Companhia de Mineração de Rondônia, Leandra Vivian, um dos sócios de Glikas, José Roberto Gonsalez, procurou o Estado com o professor aposentado da universidade Laércio Couto, presidente da ONG Centro Mineiro.
Os dois apresentaram projeto para recuperação ambiental e desenvolvimento econômico auto-sustentável. À Folha, o reitor disse que a universidade não apresentou proposta, mas não descartou a hipótese de algum professor ter apresentado o projeto, o que é permitido pela instituição.
Laércio Couto disse que a universidade não se envolveu em suas negociações e que a iniciativa coube ao centro mineiro.
O Ministério Público Federal não acredita no envolvimento da universidade no caso.
FSP, 05/10/2004, p. A5
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