De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Índios impedem protesto do MAB
20/11/2001
Autor: DARCI DEBONA
Fonte: Diário Catarinense-Florianópolis-SC
Integrantes do Movimento de Atingidos por Barragens pretendiam evitar início de trabalho
Os índios Kaingang da Aldeia Condá, em Chapecó, aliados a agricultores da área onde deve ser criada uma reserva indígena, impediram o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) de montar acampamento na localidade de Praia Bonita. Até a noite de ontem, alguns integrantes do MAB eram mantidos como reféns. Era impedida a passagem de veículos e pessoas pelo acesso principal às comunidades de Gramadinho, Lajeado Veríssimo e Praia Bonita. O MAB pretendia mobilizar 50 pessoas para impedir o início do trabalho pelo Consórcio Foz do Chapecó, vencedor do leilão para construir uma usina hidrelétrica entre Águas de Chapecó e Alpestre (RS). Em um acordo assinado no início de novembro entre a Agência Nacional de Energia Elétrica (Anel) e Fundação Nacional do Índio (Funai), além das famílias atingidas pela barragem, o consórcio indenizaria 1,5 mil hectares da futura reserva, num prazo de 120 dias. Mas o MAB quer primeiro assegurar R$ 3 mil para as 3 mil famílias atingidas pelo lago, garantia de valores e reassentamento. Os Kaingang e agricultores de Chapecó entenderam que o MAB está prejudicando o processo. O cacique Valdemar Salvador disse que os índios já aguardam há anos - em condições precárias numa área de 100 hectares alugada pela prefeitura - a criação da reserva. Os agricultores Gilberto Serraglio e Valdir Siemer afirmaram que a demora prejudica os contratos com as agroindústiras e querem negociar as indenizações independente do MAB. O integrantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Jacson Santana, destacou que um documento com permissão para autorização dos trabalhos está sendo elaborado em conjunto com o consórcio.
Os índios Kaingang da Aldeia Condá, em Chapecó, aliados a agricultores da área onde deve ser criada uma reserva indígena, impediram o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) de montar acampamento na localidade de Praia Bonita. Até a noite de ontem, alguns integrantes do MAB eram mantidos como reféns. Era impedida a passagem de veículos e pessoas pelo acesso principal às comunidades de Gramadinho, Lajeado Veríssimo e Praia Bonita. O MAB pretendia mobilizar 50 pessoas para impedir o início do trabalho pelo Consórcio Foz do Chapecó, vencedor do leilão para construir uma usina hidrelétrica entre Águas de Chapecó e Alpestre (RS). Em um acordo assinado no início de novembro entre a Agência Nacional de Energia Elétrica (Anel) e Fundação Nacional do Índio (Funai), além das famílias atingidas pela barragem, o consórcio indenizaria 1,5 mil hectares da futura reserva, num prazo de 120 dias. Mas o MAB quer primeiro assegurar R$ 3 mil para as 3 mil famílias atingidas pelo lago, garantia de valores e reassentamento. Os Kaingang e agricultores de Chapecó entenderam que o MAB está prejudicando o processo. O cacique Valdemar Salvador disse que os índios já aguardam há anos - em condições precárias numa área de 100 hectares alugada pela prefeitura - a criação da reserva. Os agricultores Gilberto Serraglio e Valdir Siemer afirmaram que a demora prejudica os contratos com as agroindústiras e querem negociar as indenizações independente do MAB. O integrantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Jacson Santana, destacou que um documento com permissão para autorização dos trabalhos está sendo elaborado em conjunto com o consórcio.
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