De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Morre a sexta crianca caiua em Dourados
28/02/2005
Fonte: JB, Pais, p.A5
Morre a sexta criança caiuá em Dourados
Funasa não confirma caso de desnutrição
Dourados, MS - Mais um menino indígena morreu na região de Dourados (a 218 km de Campo Grande), onde, desde 11 de janeiro, cinco crianças da tribo caiuá já haviam morrido por desnutrição. A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) confirmou o caso na tarde de ontem, mas descartou a hipótese de ter sido por desnutrição.
No atestado de óbito, a causa da morte da criança é apontada como desconhecida. Róbson Garcia Fernandes, de dois anos e quatro meses, foi encontrado morto pelo médico da Funasa Jaime Henrique Castro Valência, por volta das 17h de anteontem, em acampamento de uma fazenda a 12 km de Dourados, fora da área indígena.
- Ele apresentava edemas no rosto e tinha peso e altura compatíveis com a idade - afirmou Valência.
A criança não chegou a ser pesada, em razão de seu corpo já estar enrijecido. O atestado médico descarta que a criança tenha sido vítima de violência.
Para o médico, a morte pode ter ocorrido em razão de uma infecção renal crônica ou de uma diarréia aguda.
- Moradores da fazenda disseram que o menino apresentava, havia alguns dias, diarréia com sangue, acompanhada por vômitos.
Conforme relatos de habitantes do acampamento a funcionários da Funasa, a mãe da criança, Neusa Fernandes, relutava em buscar atendimento médico ao filho, acreditando que ele tivesse sido atingido por um feitiço.
A criança caiuá tinha deixado a terra indígena Bororó havia 30 dias, informou o coordenador do gabinete do departamento de saúde indígena da Funasa, Antônio Fernandes Costa. Na tarde de ontem, o menino foi enterrado.
Ainda de acordo com Costa, o garoto chegou a ser atendido em um posto médico, há cerca de 15 dias.
- A partir de amanhã buscaremos dados nos postos da rede de saúde para termos acesso a informações mais elaboradas sobre o estado de saúde que ele apresentava. A desnutrição está praticamente descartada - afirmou Antônio Fernandes Costa.
Em outubro, segundo a Funasa, as informações que constavam do cartão de controle da saúde do menino apontavam que ele estava dentro dos padrões de nutrição.
O coordenador do departamento de saúde indígena da Funasa relatou ainda que 192 crianças índias de Dourados tiveram a saúde avaliada por equipes médicas nos últimos dias. Duas delas, que apresentaram quadro clínico de possível desnutrição, foram internadas.
Aproximadamente outras 50 crianças terão de receber cuidados especiais e acompanhamento diário de funcionários da instituição por apresentarem riscos de desnutrição. Entre as medidas adotadas para as crianças indígenas com riscos de desnutrição está o reforço na alimentação.
A quinta morte em conseqüência de desnutrição em Dourados aconteceu na quinta-feira. Durante o enterro da menina Jenifer Duarte Gonçalves, que tinha um ano e três meses, mães indígenas reclamaram da falta de médicos para atender crianças doentes.
Folhapress
JB, 28/02/2005, p.A5
Funasa não confirma caso de desnutrição
Dourados, MS - Mais um menino indígena morreu na região de Dourados (a 218 km de Campo Grande), onde, desde 11 de janeiro, cinco crianças da tribo caiuá já haviam morrido por desnutrição. A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) confirmou o caso na tarde de ontem, mas descartou a hipótese de ter sido por desnutrição.
No atestado de óbito, a causa da morte da criança é apontada como desconhecida. Róbson Garcia Fernandes, de dois anos e quatro meses, foi encontrado morto pelo médico da Funasa Jaime Henrique Castro Valência, por volta das 17h de anteontem, em acampamento de uma fazenda a 12 km de Dourados, fora da área indígena.
- Ele apresentava edemas no rosto e tinha peso e altura compatíveis com a idade - afirmou Valência.
A criança não chegou a ser pesada, em razão de seu corpo já estar enrijecido. O atestado médico descarta que a criança tenha sido vítima de violência.
Para o médico, a morte pode ter ocorrido em razão de uma infecção renal crônica ou de uma diarréia aguda.
- Moradores da fazenda disseram que o menino apresentava, havia alguns dias, diarréia com sangue, acompanhada por vômitos.
Conforme relatos de habitantes do acampamento a funcionários da Funasa, a mãe da criança, Neusa Fernandes, relutava em buscar atendimento médico ao filho, acreditando que ele tivesse sido atingido por um feitiço.
A criança caiuá tinha deixado a terra indígena Bororó havia 30 dias, informou o coordenador do gabinete do departamento de saúde indígena da Funasa, Antônio Fernandes Costa. Na tarde de ontem, o menino foi enterrado.
Ainda de acordo com Costa, o garoto chegou a ser atendido em um posto médico, há cerca de 15 dias.
- A partir de amanhã buscaremos dados nos postos da rede de saúde para termos acesso a informações mais elaboradas sobre o estado de saúde que ele apresentava. A desnutrição está praticamente descartada - afirmou Antônio Fernandes Costa.
Em outubro, segundo a Funasa, as informações que constavam do cartão de controle da saúde do menino apontavam que ele estava dentro dos padrões de nutrição.
O coordenador do departamento de saúde indígena da Funasa relatou ainda que 192 crianças índias de Dourados tiveram a saúde avaliada por equipes médicas nos últimos dias. Duas delas, que apresentaram quadro clínico de possível desnutrição, foram internadas.
Aproximadamente outras 50 crianças terão de receber cuidados especiais e acompanhamento diário de funcionários da instituição por apresentarem riscos de desnutrição. Entre as medidas adotadas para as crianças indígenas com riscos de desnutrição está o reforço na alimentação.
A quinta morte em conseqüência de desnutrição em Dourados aconteceu na quinta-feira. Durante o enterro da menina Jenifer Duarte Gonçalves, que tinha um ano e três meses, mães indígenas reclamaram da falta de médicos para atender crianças doentes.
Folhapress
JB, 28/02/2005, p.A5
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