De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Morre mais uma crianca india em Dourados (MS)
11/03/2005
Fonte: O Globo, O Pais, p.14
Morre mais uma criança índia em Dourados (MS)
Paulo Yafusso
Especial para O GLOBO
Mais uma criança da Reserva Indígena de Dourados, a 220 quilômetros de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, morreu ontem no Hospital da Mulher da capital, e, mais uma vez, a causa anunciada pelo hospital seria infecção generalizada. Só este ano nove crianças guaranis-caiovás morreram, mas, segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), três não foram por desnutrição.
A Funasa não quis dar mais detalhes, mas informou que Suiane Rilton, de 4 meses, foi internada com diarréia no último dia 28. O quadro clínico da criança piorou e ontem à tarde teve uma parada cardiorrespiratória e morreu. Suiane estava com quatro quilos e meio, pouco acima do peso recomendado para a idade dela, ou seja, ela não sofria de desnutrição. O laudo médico oficial ainda não foi divulgado.
Crianças podem sair do Hospital da Mulher
A situação de Suiane Rilton levantou suspeitas de alguns médicos. Ela é a terceira criança que estava internada no Hospital da Mulher a morrer em decorrência de infecção generalizada. Suiane foi internada com diarréia e o quadro acabou evoluindo para septcemia. Profissionais que estão trabalhando no combate à desnutrição em Dourados, informaram que já se discute a transferência para outros hospitais de todas as crianças indígenas internadas no Hospital da Mulher.
No Centro de Reabilitação Nutricional, conhecido como Centrinho, que funciona na Reserva Indígena de Dourados, as 36 crianças indígenas internadas com problemas graves de desnutrição estão tendo boa recuperação, segundo os médicos. Para combater a desnutrição nas aldeias do estado, a Funasa mantém desde o final do mês passado equipe de dez médicos, dez profissionais em enfermagem, cinco nutricionistas e mais de 30 agentes de saúde monitorando diariamente as crianças que estão com problemas nutricionais, mas que continuam nas aldeias.
Famílias receberam cesta básica com leite em pó
Outra medida emergencial foi a distribuição de 1.300 cestas básicas de alimentos, que vão servir como reforço alimentar para as famílias com crianças desnutridas. As cestas contêm também leite em pó. Além disso, a Pastoral da Criança está ensinando a produzir multimisturas para que as famílias da reserva indígena possam enriquecer o cardápio das crianças.
O Globo, 11/03/2005, p. 14
Paulo Yafusso
Especial para O GLOBO
Mais uma criança da Reserva Indígena de Dourados, a 220 quilômetros de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, morreu ontem no Hospital da Mulher da capital, e, mais uma vez, a causa anunciada pelo hospital seria infecção generalizada. Só este ano nove crianças guaranis-caiovás morreram, mas, segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), três não foram por desnutrição.
A Funasa não quis dar mais detalhes, mas informou que Suiane Rilton, de 4 meses, foi internada com diarréia no último dia 28. O quadro clínico da criança piorou e ontem à tarde teve uma parada cardiorrespiratória e morreu. Suiane estava com quatro quilos e meio, pouco acima do peso recomendado para a idade dela, ou seja, ela não sofria de desnutrição. O laudo médico oficial ainda não foi divulgado.
Crianças podem sair do Hospital da Mulher
A situação de Suiane Rilton levantou suspeitas de alguns médicos. Ela é a terceira criança que estava internada no Hospital da Mulher a morrer em decorrência de infecção generalizada. Suiane foi internada com diarréia e o quadro acabou evoluindo para septcemia. Profissionais que estão trabalhando no combate à desnutrição em Dourados, informaram que já se discute a transferência para outros hospitais de todas as crianças indígenas internadas no Hospital da Mulher.
No Centro de Reabilitação Nutricional, conhecido como Centrinho, que funciona na Reserva Indígena de Dourados, as 36 crianças indígenas internadas com problemas graves de desnutrição estão tendo boa recuperação, segundo os médicos. Para combater a desnutrição nas aldeias do estado, a Funasa mantém desde o final do mês passado equipe de dez médicos, dez profissionais em enfermagem, cinco nutricionistas e mais de 30 agentes de saúde monitorando diariamente as crianças que estão com problemas nutricionais, mas que continuam nas aldeias.
Famílias receberam cesta básica com leite em pó
Outra medida emergencial foi a distribuição de 1.300 cestas básicas de alimentos, que vão servir como reforço alimentar para as famílias com crianças desnutridas. As cestas contêm também leite em pó. Além disso, a Pastoral da Criança está ensinando a produzir multimisturas para que as famílias da reserva indígena possam enriquecer o cardápio das crianças.
O Globo, 11/03/2005, p. 14
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