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Xavantes invadem Funai, fazem refém e são presos

24/01/2002

Fonte: O Globo-Rio de Janeiro-RJ



Documentos anexos


Um grupo de 12 índios xavantes invadiu ontem a sede da Funai, em Brasília, e durante uma hora manteve refém o diretor de Administração do órgão, Frederico Magalhães. Outros funcionários também foram ameaçados pelos invasores. O presidente da Funai, Glênio Alvarez, pediu proteção à Polícia Federal, que contornou a situação. Os índios queriam cargos de confiança e dinheiro. Dois deles, que estavam armados com revólveres, foram detidos e levados para a Superintendência da Polícia Federal.

Anteontem, os funcionários da Funai divulgaram um abaixo-assinado pedindo providências contra as ameaças dos indígenas, que chegaram a Brasília semana passada. Os servidores pedem garantias para trabalhar.

Índios tentaram desarmar delegado da PF

A Polícia Federal determinou que o prédio fosse esvaziado e que os funcionários se retirassem. Segundo o presidente da Funai, um dos índios ameaçou servidores de morte e pediu R$ 1.800 para viajar a São Paulo. Os invasores também queriam que o presidente da Funai indicasse um xavante para ser o administrador regional em Parabuburi, no Mato Grosso.

Segundo a assessoria da Polícia Federal, um xavante tentou desarmar o delegado Mário José de Oliveira Santos, chefe do Centro de Operações Táticas da PF, que comandou os agentes durante a operação. Até o início da noite de ontem, a direção da PF estava reunida sem saber o que fazer com os índios presos. A legislação estabelece uma série de restrições para punir os índios, ainda considerados "relativamente capazes".

Essa não foi a primeira agressão de xavantes contra dirigentes da Funai. Na década de 90, índios pintados para a guerra e com bordunas expulsaram por duas vezes presidentes do órgão: Márcio Santilli e Júlio Gaiger.
 

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