De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Índio dança seis horas para pedir dinheiro
15/02/2002
Autor: Carlos Eduardo
Fonte: Jornal do Brasil (Rio de Janeiro-RJ)
Documentos anexos
Tribo de Pernambuco quer comprar gado e material agrícola
Durou seis horas o protesto dos Índios da tribo funi-ô, de Pernambuco, em frente ao Ministério da Justiça. Mais de 60 índios dançaram, pintados para a guerra, utilizando bordunas, enquanto pediam a liberação de R$ 300 mil para a compra de gado e material agrícola.
O índio Tafiha Exqiuá, um dos representantes da tribo, reclama que o governo não libera recursos para a aldeia. A maioria dos 6 mil índios funi-ô vive no município de Águas Belas (PE), a 303 quilômetros de Recife. Os índios sobrevivem fazendo bicos - conta Exqiuá. ''Eu corto cabelo. Quando os amigos têm dinheiro, me pagam R$ 1 pelo corte''. Exqiuá tem 15 alqueires e nem uma cabeça de gado. ''Tenho quatro filhos e preciso investir na terra seca.''
O Ministério da Justiça informa que o governo destinou R$ 400 mil do orçamento deste ano para projetos em áreas indígenas na região. Deste total, liberou R$ 160 mil. Assessores do ministro Aloysio Nunes Ferreira conversaram com os índios ontem à tarde e prometeram estudar a liberação de recursos da reforma agrária e do Projeto Alvorada. A negociação está sendo feita com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Presidência da República.
Para o governo, a divisão dos funi-ô em vários grupos dificulta a negociação. Um dos caciques, João Pontes, conversou ontem pelo telefone com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Glênio Álvarez. O cacique informou não ter autorizado o protesto em Brasília - garante a assessoria do Ministério da Justiça. Os funi-ô confirmam a divisão. ''Se depender desse cacique, morremos de fome'', diz Exqiuá. No fim da tarde, todos se dirigiram à Funai para continuar negociando a liberação do dinheiro.
Durou seis horas o protesto dos Índios da tribo funi-ô, de Pernambuco, em frente ao Ministério da Justiça. Mais de 60 índios dançaram, pintados para a guerra, utilizando bordunas, enquanto pediam a liberação de R$ 300 mil para a compra de gado e material agrícola.
O índio Tafiha Exqiuá, um dos representantes da tribo, reclama que o governo não libera recursos para a aldeia. A maioria dos 6 mil índios funi-ô vive no município de Águas Belas (PE), a 303 quilômetros de Recife. Os índios sobrevivem fazendo bicos - conta Exqiuá. ''Eu corto cabelo. Quando os amigos têm dinheiro, me pagam R$ 1 pelo corte''. Exqiuá tem 15 alqueires e nem uma cabeça de gado. ''Tenho quatro filhos e preciso investir na terra seca.''
O Ministério da Justiça informa que o governo destinou R$ 400 mil do orçamento deste ano para projetos em áreas indígenas na região. Deste total, liberou R$ 160 mil. Assessores do ministro Aloysio Nunes Ferreira conversaram com os índios ontem à tarde e prometeram estudar a liberação de recursos da reforma agrária e do Projeto Alvorada. A negociação está sendo feita com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Presidência da República.
Para o governo, a divisão dos funi-ô em vários grupos dificulta a negociação. Um dos caciques, João Pontes, conversou ontem pelo telefone com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Glênio Álvarez. O cacique informou não ter autorizado o protesto em Brasília - garante a assessoria do Ministério da Justiça. Os funi-ô confirmam a divisão. ''Se depender desse cacique, morremos de fome'', diz Exqiuá. No fim da tarde, todos se dirigiram à Funai para continuar negociando a liberação do dinheiro.
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.