De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Índios de MT sofrem com invasões
17/06/2006
Autor: Rose Domingues
Fonte: Gazeta de Cuiabá
Cerca de 30 das 86 terras indígenas de Mato Grosso (o equivalente a 35%) foram invadidas por fazendeiros, garimpeiros e madeireiras. A situação é denunciada no relatório "A violência Contra os Povos Indígenas no Brasil 2003/2005", divulgado esta semana em Belém (PA), pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
O documento mostra que, nos últimos três anos, 122 índios foram assassinados no país, uma equação que resulta na morte de um índio a cada 9 dias. O quadro de violência levantado pelo Cimi diagnosticou 99 casos de violência em conflitos territoriais, 37 invasões e exploração ilegal de recursos naturais, 13 danos ambientais, 85 tentativas de assassinatos, 38 homicídios culposos, 38 ameaças de morte, 11 outras ameaças, 94 lesões corporais, 62 casos de racismo e discriminação ético-culturais, 41 casos de violência sexual e 73 suicídios.
Para o coordenador regional da entidade, Sebastião Carlos Moreira, a omissão governamental e a impunidade contra os agressores fomentam a manutenção do problema. "O assédio em cima das terras é muito grande, mas não existe uma política indigenista adequada, que cuide do fluxo de processos de demarcação existentes, está tudo parado".
Ele cita como exemplo de irregularidade a área onde fica a aldeia Myky, na região de Brasnorte (435 km de Cuiabá), que a partir de uma demarcação errada deixou de fora parte das terras em que o povo indígena cultivava castanha e tucum, base alimentar e cultural (artesanato). "Até agora nada foi feito para reverter a situação, enquanto isso eles perderam a referência, o chão".
Praticamente toda terra Jarudori e Tereza Cristina, na região de Poxoréo (201 km da Capital), localidade em que vive a etnia Bororo, está invadida por garimpeiros e pequenos agricultores. A convivência traz diversos conflitos que culminam em desequilíbrio na própria identidade dos índios. "Se há escassez de caça e pesca, eles perdem os principais rituais, que são ligados à terra. A organização social que é baseada nisso se perde também". Na época do Marechal Cândido Rondon, Jarudori tinha mais de 100 mil hectares.
A equipe de reportagem tentou contato ontem na Fundação Nacional do Índio (Funai) em Cuiabá para repercutir o assunto, mas não obteve sucesso, devido ao ponto facultativo.
O documento mostra que, nos últimos três anos, 122 índios foram assassinados no país, uma equação que resulta na morte de um índio a cada 9 dias. O quadro de violência levantado pelo Cimi diagnosticou 99 casos de violência em conflitos territoriais, 37 invasões e exploração ilegal de recursos naturais, 13 danos ambientais, 85 tentativas de assassinatos, 38 homicídios culposos, 38 ameaças de morte, 11 outras ameaças, 94 lesões corporais, 62 casos de racismo e discriminação ético-culturais, 41 casos de violência sexual e 73 suicídios.
Para o coordenador regional da entidade, Sebastião Carlos Moreira, a omissão governamental e a impunidade contra os agressores fomentam a manutenção do problema. "O assédio em cima das terras é muito grande, mas não existe uma política indigenista adequada, que cuide do fluxo de processos de demarcação existentes, está tudo parado".
Ele cita como exemplo de irregularidade a área onde fica a aldeia Myky, na região de Brasnorte (435 km de Cuiabá), que a partir de uma demarcação errada deixou de fora parte das terras em que o povo indígena cultivava castanha e tucum, base alimentar e cultural (artesanato). "Até agora nada foi feito para reverter a situação, enquanto isso eles perderam a referência, o chão".
Praticamente toda terra Jarudori e Tereza Cristina, na região de Poxoréo (201 km da Capital), localidade em que vive a etnia Bororo, está invadida por garimpeiros e pequenos agricultores. A convivência traz diversos conflitos que culminam em desequilíbrio na própria identidade dos índios. "Se há escassez de caça e pesca, eles perdem os principais rituais, que são ligados à terra. A organização social que é baseada nisso se perde também". Na época do Marechal Cândido Rondon, Jarudori tinha mais de 100 mil hectares.
A equipe de reportagem tentou contato ontem na Fundação Nacional do Índio (Funai) em Cuiabá para repercutir o assunto, mas não obteve sucesso, devido ao ponto facultativo.
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