De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Vale do Javari está em situação de "calamidade", diz coordenador da Funai
03/02/2007
Autor: Gláucia Gomes
Fonte: Agência Brasil
Brasília - O Vale do Javari, a segunda maior reserva indígena do Brasil e foco endêmico das hepatites B e D (o tipo Delta), está em estado de calamidade pública. Essa é a avaliação do coordenador da Frente Etno-ambiental da Fundação Nacional de Índio (Funai), Antenor Vaz.
Segundo ele, o vale, que é habitado por povos indígenas isolados e não contatados, precisa receber a atenção das autoridades brasileiras, para além dos esforços empreendidos pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), pelas prefeituras e pela própria Funai.
A reserva é de difícil acesso. Localiza-se na região do Alto Solimões, no estado do Amazonas. Há anos, sofre com uma epidemia de hepatite que já vitimou dezenas de indígenas, de diferentes povos, gerando mobilizações e ações dos governos estadual e federal.
Vaz acredita que para combater o problema é preciso iniciar um processo de vacinação, não só no interior da terra indígena, mas em toda a região de Atalaia do Norte. A segunda medida proposta por ele seria iniciar um processo de exames laboratoriais para saber realmente qual a porcentagem de pessoas que estão acometidas pelo vírus da hepatite. Por fim, o estudo detalhado dos fatores de riscos na região deveria ser intensificado.
A preocupação maior do coordenador é que o vírus da hepatite B chegue até os povos isolados ou não contatados. "Nós sabemos que os índios isolados não têm anticorpos. O organismo não reage para doenças como pneumonia, hepatite, malária, gripe. Então, qualquer contato de qualquer cidadão, que tenha estado com a cultura não indígena e os grupos isolados significa um contato perigoso e desencadeando um processo de extermínio rápido. Em questão de semana é possível que uma tribo seja acometida de uma doença mortal" explica.
Na avaliação do coordenador, "é preciso treinar os agentes de saúde e os profissionais para o reconhecimento da manifestação da doença. Criar uma sentinela em todo município. Toda a grávida deve ser submetida a exame de sorologia para hepatite B, que é a mais grave e só contrai a hepatite delta quem já tem a hepatite B. A transmissão vertical do vírus da hepatite é outra grande preocupação, uma vez que a mãe passa o vírus direto para o bebê" defende.
Segundo ele, o vale, que é habitado por povos indígenas isolados e não contatados, precisa receber a atenção das autoridades brasileiras, para além dos esforços empreendidos pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), pelas prefeituras e pela própria Funai.
A reserva é de difícil acesso. Localiza-se na região do Alto Solimões, no estado do Amazonas. Há anos, sofre com uma epidemia de hepatite que já vitimou dezenas de indígenas, de diferentes povos, gerando mobilizações e ações dos governos estadual e federal.
Vaz acredita que para combater o problema é preciso iniciar um processo de vacinação, não só no interior da terra indígena, mas em toda a região de Atalaia do Norte. A segunda medida proposta por ele seria iniciar um processo de exames laboratoriais para saber realmente qual a porcentagem de pessoas que estão acometidas pelo vírus da hepatite. Por fim, o estudo detalhado dos fatores de riscos na região deveria ser intensificado.
A preocupação maior do coordenador é que o vírus da hepatite B chegue até os povos isolados ou não contatados. "Nós sabemos que os índios isolados não têm anticorpos. O organismo não reage para doenças como pneumonia, hepatite, malária, gripe. Então, qualquer contato de qualquer cidadão, que tenha estado com a cultura não indígena e os grupos isolados significa um contato perigoso e desencadeando um processo de extermínio rápido. Em questão de semana é possível que uma tribo seja acometida de uma doença mortal" explica.
Na avaliação do coordenador, "é preciso treinar os agentes de saúde e os profissionais para o reconhecimento da manifestação da doença. Criar uma sentinela em todo município. Toda a grávida deve ser submetida a exame de sorologia para hepatite B, que é a mais grave e só contrai a hepatite delta quem já tem a hepatite B. A transmissão vertical do vírus da hepatite é outra grande preocupação, uma vez que a mãe passa o vírus direto para o bebê" defende.
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.