De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Informe Xakriabá
20/02/2007
Fonte: CIMI/Equipe Xakriabá
Companheiros, ainda na sombra do informe que enviamos recentemente a respeito da repercussão da audiência, fomos surpreendidos com uma decisão precoce do Juiz Federal de Montes Claros. No dia 30 de janeiro ele determinou na audiência o prazo de 40 dias pra que a FUNAI apresentasse um cronograma de estudo comprovando a tradicionalidade do povo na área retomada. Na segunda feira 12/02, antes mesmo que a FUNAI apresentasse o cronograma, o juiz indeferiu o pedido de manutenção de posse impetrado pelos Indios em maio de 2006 e dando a liminar de reintegração aos fazendeiros e determinou a saída das famílias da área retomada.
A decisão do juiz preocupa e coloca os índios em situação de risco. Tal decisão pode comprometer toda a luta do povo Xakriabá pela ampliação do seu território. A situação do morro vermelho merece um olhar especial por se tratar de um grupo que estava na cidade. O retorno deste grupo para São João das Missões seria muito constrangedor e o grupo ficaria exposto a ridicularização e ameaça dos fazendeiros. A situação poderá desencadear um conflito de proporçoes imagináveis. As ameaças são constantes e o confronto seria inevitável. Uma semana após a audiência uma garota de apenas 12 anos, cujos pais estão na área retomada, foi abordada na rua por um dos fazendeiros, que se diz proprietário de terra dentro da área retomada e agredida verbalmente por este dito fazendeiro em plena rua da cidade de São João das Missões. Esta semana o vice-prefeito do município esteve na área retomada, acompanhado de dois capangas, na tentativa de retirar uma das famílias que esta no lado das terras que ele afirma ser sua. A família resistiu e o referido fazendeiro ameaçou dizendo que a partir do dia 2 de março ele vai voltar para expulsar a família a qualquer custou. Ontem o filho do fazendeiro esteve mais uma vez na área ameaçando a família e o grupo.
A equipe está em constante contato com o grupo no intuito de reanimá-los e ao mesmo tempo tentar envolver os grupos em luta pela terra nas demais aldeias. Ontem estivemos discutindo com o cacique Domingos, a idéia é marcar uma reunião com as lideranças neste periodo de recesso, "já que o grupo do morro vermelho ainda não foi notificado oficialmente" para avaliarmos a situação e o que tudo isso representa para continuidade da luta do povo. As lideranças estão afirmando que não vão abandonar a luta mesmo que se cumpra a determinação judicial.
Antes da decisão do juiz as lideranças já haviam enviado um oficio ao Procurador solicitando apoio no acompanhamento do prazo estabelecido e a Funai solicitando o cumprimento do prazo determinado sob pena de acirramento de conflito entre índios e fazendeiros Neste novo contexto se faz necessário aumentar as pressões para que a situação seja revertida. O cacique Santo conversou com Nadil na quinta feira, 15/02, exigindo que a Funai tome providencias e que o grupo só sairá da terra mortos. Assim que terminar o recesso algumas lideranças irão ao Ministério Publico Federal em Montes Claros - MG, até lá é possível que lideranças de outras aldeias estejam juntas com o grupo.
A equipe, diante de tal conjuntura, manifesta novamente a preocupação com falta de recurso para articulação política do povo e apoio ás lideranças em seu contato com o MPF e Funai. Solicitamos também mais uma vez apoio do conjunto do regional neste momento. Achamos que a conjuntura exige a vinda de um companheiro(a) para contribuir com a equipe. Em função da preparação da romaria que deveria ter acontecido dia onze o companheiro Coelho esteve com a equipe até dia nove. Retornou a BH em função da necessidade administrativa na sede regional. Neste momento solicitamos seu retorno ou de outro companheiro que possa contribuir com a equipe.
Neste momento se os companheiros do regional pudessem enviar mensagens de apoio ao povo ajudaria muito a animação da luta.
É o que temos neste início de quaresma e na celebração dos 20 anos de luta do povo Xakriabá.
A luta não pode parar e a vitória virá. Vamos a luta companheiros e "digam ao povo que avance".
A decisão do juiz preocupa e coloca os índios em situação de risco. Tal decisão pode comprometer toda a luta do povo Xakriabá pela ampliação do seu território. A situação do morro vermelho merece um olhar especial por se tratar de um grupo que estava na cidade. O retorno deste grupo para São João das Missões seria muito constrangedor e o grupo ficaria exposto a ridicularização e ameaça dos fazendeiros. A situação poderá desencadear um conflito de proporçoes imagináveis. As ameaças são constantes e o confronto seria inevitável. Uma semana após a audiência uma garota de apenas 12 anos, cujos pais estão na área retomada, foi abordada na rua por um dos fazendeiros, que se diz proprietário de terra dentro da área retomada e agredida verbalmente por este dito fazendeiro em plena rua da cidade de São João das Missões. Esta semana o vice-prefeito do município esteve na área retomada, acompanhado de dois capangas, na tentativa de retirar uma das famílias que esta no lado das terras que ele afirma ser sua. A família resistiu e o referido fazendeiro ameaçou dizendo que a partir do dia 2 de março ele vai voltar para expulsar a família a qualquer custou. Ontem o filho do fazendeiro esteve mais uma vez na área ameaçando a família e o grupo.
A equipe está em constante contato com o grupo no intuito de reanimá-los e ao mesmo tempo tentar envolver os grupos em luta pela terra nas demais aldeias. Ontem estivemos discutindo com o cacique Domingos, a idéia é marcar uma reunião com as lideranças neste periodo de recesso, "já que o grupo do morro vermelho ainda não foi notificado oficialmente" para avaliarmos a situação e o que tudo isso representa para continuidade da luta do povo. As lideranças estão afirmando que não vão abandonar a luta mesmo que se cumpra a determinação judicial.
Antes da decisão do juiz as lideranças já haviam enviado um oficio ao Procurador solicitando apoio no acompanhamento do prazo estabelecido e a Funai solicitando o cumprimento do prazo determinado sob pena de acirramento de conflito entre índios e fazendeiros Neste novo contexto se faz necessário aumentar as pressões para que a situação seja revertida. O cacique Santo conversou com Nadil na quinta feira, 15/02, exigindo que a Funai tome providencias e que o grupo só sairá da terra mortos. Assim que terminar o recesso algumas lideranças irão ao Ministério Publico Federal em Montes Claros - MG, até lá é possível que lideranças de outras aldeias estejam juntas com o grupo.
A equipe, diante de tal conjuntura, manifesta novamente a preocupação com falta de recurso para articulação política do povo e apoio ás lideranças em seu contato com o MPF e Funai. Solicitamos também mais uma vez apoio do conjunto do regional neste momento. Achamos que a conjuntura exige a vinda de um companheiro(a) para contribuir com a equipe. Em função da preparação da romaria que deveria ter acontecido dia onze o companheiro Coelho esteve com a equipe até dia nove. Retornou a BH em função da necessidade administrativa na sede regional. Neste momento solicitamos seu retorno ou de outro companheiro que possa contribuir com a equipe.
Neste momento se os companheiros do regional pudessem enviar mensagens de apoio ao povo ajudaria muito a animação da luta.
É o que temos neste início de quaresma e na celebração dos 20 anos de luta do povo Xakriabá.
A luta não pode parar e a vitória virá. Vamos a luta companheiros e "digam ao povo que avance".
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