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Escola indígena concorre ao prêmio Paulo Freire

19/06/2007

Fonte: MS Notícias



A Escola Estadual Indígena João Quirinio de Carvalho "Toghopanãa", que atende a comunidade dos guatós, concorre ao Prêmio Paulo Freire - Mestre Cidadão, com o projeto "Sexualidade e prevenção das DST/Aids no Pantanal". O evento, que começa nesta quarta-feira (20) e será realizado em São Paulo, até a próxima segunda-feira (25), terá a participação da professora Giane Ramona da Silva.

A escola, localizada na aldeia Uberaba, Ilha Ínsua, à 340 km de Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense, é a única unidade indígena representando o Mato Grosso do Sul. Além da professora, participará também do evento em São Paulo o aluno Laucídio Correa da Costa, que irá proferir uma palestra de abertura sobre "Diversidade cultural e vulnerabilidade: As diferenças étnicas na população indígena brasileira. Perspectivas para a juventude indígena no Brasil". Os dois estarão acompanhados da também aluna Elenir Fereira e da diretora da escola, Maria Cilena Pina Pinto.

O prêmio foi criado em 2006 pela APTA (Associação de Prevenção e Tratamento da Aids), em parceria com Abbott Laboratórios. Faz parte das atividades do 11º Educaids (Encontro Nacional de Educadores para a Prevenção da Aids), que acontece agora, em São Paulo, quando serão escolhidos os trabalhos vencedores. A iniciativa vai homenagear professores que fazem da sua atividade um instrumento de emancipação e acesso à cidadania.

Parceria - Esta é a primeira escola estadual indígena do Mato Grosso do Sul e seu funcionamento é em parceria com a Prefeitura Municipal de Corumbá, através da Secretaria Executiva de Educação. A unidade foi criada em agosto de 2004 para atender a comunidade indígena guató. Os alunos da escola "Toghopanãa" têm aulas de língua guató, aprendem a cultivar horta e até a pescar, além das disciplinas básicas do ensino fundamental. A escola utiliza energia solar e a merenda é complementada com alimentos típicos da região, como macarrão com carne de caça, jacaré, peixe e banana verde. Os próprios pais e alunos ofertam os alimentos à escola.

A maioria dos alunos da aldeia Uberaba mora longe da escola, alguns a até 50 km de distância. Por isso, todas as manhãs, de segunda-feira a sábado, um barco busca as crianças e depois de seis horas de aulas, uma lancha as leva de volta para casa. As que moram mais perto da escola vão sozinhas, em canoas próprias.
 

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