De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Após discurso de Lula, índios ocupam prédio da Funai
01/08/2007
Autor: Graciliano Rocha
Fonte: Campo Grande News
O chefe do posto da Funai (Fundação Nacional do Índio) na aldeia Jaguapiru, em Dourados, Antônio Buttenbend Júnior, está sendo impedido de deixar o prédio desde hoje às 9h30. Índios guaranis-caiuás ocuparam o posto da Jaguapiru em protesto contra o atraso na entrega das cestas básicas pelo governo.
Há outros funcionários da Funai no prédio, mas o único considerado "refém" é Buttenbend. Mesmo assim, num clima que parece ser de camaradagem.
"Os índios estão reivindicando mais cestas básicas e o fim dos atrasos, houve um atraso de dois meses na entrega", disse o "refém" pelo telefone celular à reportagem do Campo Grande News.
Buttenbend negou que tivesse sofrido qualquer constrangimento físico ou ameaça. O funcionário conta que chegou para trabalhar e encontrou a manifestação dos índios em frente ao prédio. Na conversa com o cacique Renato Pereira, um dos líderes do protesto, foi informado que não poderia deixar o prédio.
A reportagem tentou falar com cacique, mas o refém informou que ele havia saído.
O protesto por mais comida no posto da Funai acontece um dia depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva jactou-se, num discurso, dos resultados positivos no combate à fome nas aldeias de Mato Grosso do Sul.
Ontem, durante visita a Campo Grande, Lula disse que a imprensa que denunciou a morte de crianças indígenas por fome em 2005 deveria voltar a Dourados para conferir o resultado.
"Não precisa falar bem do governo, apenas dêem a notícia, podem requisitar o mérito para vocês [jornalistas]", disse o presidente, em tom irônico, anunciando que o índice de desnutrição entre crianças caiu 82% desde a crise que provocou a morte de 32 crianças naquele ano.
Criada por Getúlio Vargas nos anos 50, a reserva indígena de Dourados está superpovoada. São mais de 12 mil índios das etnias guarani e terena espalhados por 3.500 hectares. Após a morte das crianças, Lula criou uma força-tarefa para levar às aldeias Jaguapiru e Bororo, que compõem a reserva, cestas básicas. Casas populares e rede de água potável também foram construídas após as mortes.
O problema da fome continua crônico no local. Logo depois que assumiu o governo, André Puccinelli (PMDB) determinou o corte das cestas básicas antes enviadas pelo Estado. Desde então, a Funai assumiu a entrega dos alimentos.
Há outros funcionários da Funai no prédio, mas o único considerado "refém" é Buttenbend. Mesmo assim, num clima que parece ser de camaradagem.
"Os índios estão reivindicando mais cestas básicas e o fim dos atrasos, houve um atraso de dois meses na entrega", disse o "refém" pelo telefone celular à reportagem do Campo Grande News.
Buttenbend negou que tivesse sofrido qualquer constrangimento físico ou ameaça. O funcionário conta que chegou para trabalhar e encontrou a manifestação dos índios em frente ao prédio. Na conversa com o cacique Renato Pereira, um dos líderes do protesto, foi informado que não poderia deixar o prédio.
A reportagem tentou falar com cacique, mas o refém informou que ele havia saído.
O protesto por mais comida no posto da Funai acontece um dia depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva jactou-se, num discurso, dos resultados positivos no combate à fome nas aldeias de Mato Grosso do Sul.
Ontem, durante visita a Campo Grande, Lula disse que a imprensa que denunciou a morte de crianças indígenas por fome em 2005 deveria voltar a Dourados para conferir o resultado.
"Não precisa falar bem do governo, apenas dêem a notícia, podem requisitar o mérito para vocês [jornalistas]", disse o presidente, em tom irônico, anunciando que o índice de desnutrição entre crianças caiu 82% desde a crise que provocou a morte de 32 crianças naquele ano.
Criada por Getúlio Vargas nos anos 50, a reserva indígena de Dourados está superpovoada. São mais de 12 mil índios das etnias guarani e terena espalhados por 3.500 hectares. Após a morte das crianças, Lula criou uma força-tarefa para levar às aldeias Jaguapiru e Bororo, que compõem a reserva, cestas básicas. Casas populares e rede de água potável também foram construídas após as mortes.
O problema da fome continua crônico no local. Logo depois que assumiu o governo, André Puccinelli (PMDB) determinou o corte das cestas básicas antes enviadas pelo Estado. Desde então, a Funai assumiu a entrega dos alimentos.
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