De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Mortes violentas de indígenas no município de Guajará-Mirim/RO ficam impunes
19/12/2007
Fonte: CIMI
O ano de 2007 foi marcado pela violência contra os povos indígenas de Rondônia e de modo especial no município de Guajará Mirim. No final de março, houve um assassinato duplamente qualificado de Maria Helena, uma idosa do povo Guaratega (Kampé) na cidade de Guajará-Mirim, que foi asfixiada depois de estuprada. Em menos de 8 meses faleceram dois indígenas, em luta por sua terra, em fazendas no ramal Lago das Garças no município de Guajará-Mirim:
Gilson Acácio Lobato, do povo Puruborá, 26 anos, assassinado em janeiro de 2007 por Hermess José da Silva na fazenda do Sr. Cabral com um tiro de espingarda e João Pereira da Silva, 38 anos, do povo Miguelém atingido mortalmente por uma árvore durante uma derrubada ilegal na Fazenda Água Boa.
O Gilson e o João participavam das assembléias de seu povo com a perspectiva de se mudar para a sua terra quando for demarcada. A realização de assembléias anuais durante sete anos seguidos com documentos encaminhados para Fundação Nacional do Índio (Funai) e Ministério Público Federal não foram suficientes para que o órgão indigenista oficial concretizasse as demarcações solicitadas. Os indígenas "sem terra" e desempregados na cidade se tornam uma mão-de-obra barata para as fazendas da região, que além de pagar pouco não oferecem nenhuma proteção trabalhista.
No caso da idosa Guaratega, a polícia soltou o único suspeito por falta de provas. De fato, os "peritos" que fizeram o inquérito não colheram nem o sêmen nem as digitais. No caso do Gilson do povo Puruborá, as únicas testemunhas encontradas para depor eram parentes ou amigos do assassino que falaram de legítima defesa. A denúncia do promotor contra o assassino foi uma queixa-crime por "porte ilegal de arma" e por ser réu primário e com mais de 60 anos foi absolvido, apenas perdeu a chumbeira mortífera! A família não recorre da sentença por temer represálias.
No caso do João do povo Miguelém, alem de prestar um serviço sem nenhum contrato de trabalho como é rotina nas fazendas, o dono da fazenda não ofereceu nenhuma indenização. A irrisória ajuda que deu o gerente da fazenda foi o translado do corpo do necrotério até a casa.
A família pensa em procurar o Ministério Público para pedir justiça. O fazendeiro foi atuado pelo IBAMA, mas prosseguiu a derrubada ilegal. O descaso da justiça com essas três mortes deixa os povos indígenas e seus aliados muito indignados.
Gilson Acácio Lobato, do povo Puruborá, 26 anos, assassinado em janeiro de 2007 por Hermess José da Silva na fazenda do Sr. Cabral com um tiro de espingarda e João Pereira da Silva, 38 anos, do povo Miguelém atingido mortalmente por uma árvore durante uma derrubada ilegal na Fazenda Água Boa.
O Gilson e o João participavam das assembléias de seu povo com a perspectiva de se mudar para a sua terra quando for demarcada. A realização de assembléias anuais durante sete anos seguidos com documentos encaminhados para Fundação Nacional do Índio (Funai) e Ministério Público Federal não foram suficientes para que o órgão indigenista oficial concretizasse as demarcações solicitadas. Os indígenas "sem terra" e desempregados na cidade se tornam uma mão-de-obra barata para as fazendas da região, que além de pagar pouco não oferecem nenhuma proteção trabalhista.
No caso da idosa Guaratega, a polícia soltou o único suspeito por falta de provas. De fato, os "peritos" que fizeram o inquérito não colheram nem o sêmen nem as digitais. No caso do Gilson do povo Puruborá, as únicas testemunhas encontradas para depor eram parentes ou amigos do assassino que falaram de legítima defesa. A denúncia do promotor contra o assassino foi uma queixa-crime por "porte ilegal de arma" e por ser réu primário e com mais de 60 anos foi absolvido, apenas perdeu a chumbeira mortífera! A família não recorre da sentença por temer represálias.
No caso do João do povo Miguelém, alem de prestar um serviço sem nenhum contrato de trabalho como é rotina nas fazendas, o dono da fazenda não ofereceu nenhuma indenização. A irrisória ajuda que deu o gerente da fazenda foi o translado do corpo do necrotério até a casa.
A família pensa em procurar o Ministério Público para pedir justiça. O fazendeiro foi atuado pelo IBAMA, mas prosseguiu a derrubada ilegal. O descaso da justiça com essas três mortes deixa os povos indígenas e seus aliados muito indignados.
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