De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Kaiapós reforçam protesto em Itaituba
17/01/2008
Fonte: O Liberal
Tribo se uniu ontem aos mundurukus pela permanência de diretor na Funasa
Lideranças indígenas kaiapós das aldeias Baú, Pukanu e Kabek, da região do Teles Pires, região Oeste do Estado, chegaram ontem à tarde a Itaitiba para apoiar os índios mundurukus na briga pela permanência de Raimundo Rosivaldo Ferreira na Funasa Tapajós. A união marca o fim - ou pelo menos uma trégua - na briga milenar entre as duas tribos, que habitam as margens dos rios Tapajós e Teles Pires. Essa união foi selada há cinco meses, quando os caciques se reuniram para lutar por seus direitos, já que 'o branco nos considera todos como indígenas', explica Takak-ire, intérprete dos kaiapós.
Os mundurukus ocupam a sede do DSEI Tapajós desde a noite de domingo, 13, quando foi confirmada a assinatura da portaria pedindo a exoneração do diretor do distrito, que daria lugar a uma pessoa indicada pelo madeireiro Valmir Climaco, pré-candidato do PMDB. No encontro entre as tribos, o líder da aldeia do Mangue, Edimilson Saul, afirma que Climaco pretende a infra-estrutura da Funasa na região em benefício de sua campanha eleitoral. Porém, na última conferência indígena, os índios foram orientados a não aceitar interferência política no que diz respeito ao direito do índio.
Edimilson alega que a liderança do PMDB em Itaituba está tentando uma 'manobra política'. Quando Raimundo Rosivaldo Ferreira foi indicado para dirigir o órgão, os índios aceitaram a decisão por um determinado tempo, na condição de que ele mostrasse serviço. Atualmente, Raimundo está realizando 'um excelente trabalho', na avaliação das lideranças indígenas. 'Então porque eles querem tirá-lo sem nos consultar?', indaga.
Na segunda-feira, 14, as lideranças indígenas convidaram a executiva do PMDB, em especial Valmir Climaco, para uma reunião na sede da Funai para que ele explicasse o motivo da exoneração do diretor do DSEI Tapajós. Wilmar Freire e Francimar Aguiar, ambos da executiva do PMDB, estiveram na reunião, mas Climaco não compareceu, deixando os índios irritados.
Raimundo Ferreira foi indicado ao cargo de diretor do DSEI pelo ex-deputado Wilmar Freire, presidente do PMDB em Itaituba, com aval da executiva estadual.
Ontem à tarde, em contato com Florivaldo Vieira, diretor da Funasa no Estado, os índios foram comunicados que a direção do órgão em Brasília e Belém está satisfeita com o trabalho do diretor do DSEI em Itaituba. 'Se há algum problema, quem está criando é o PMDB local'.
Por volta das 17 horas, lideranças kaiapós e mundurukus elaboraram um documento e enviaram-no à direção da Funasa em Brasília e em Belém, bem como para o Ministério Público Federal, pedindo e permanência de Raimundo Ferreira no órgão e comunicando que não vão aceitar interferência política nas decisões dos índios. No documento, eles solicitam representantes do órgão e do MPF para discutir o assunto em Itaituba.
Lideranças indígenas kaiapós das aldeias Baú, Pukanu e Kabek, da região do Teles Pires, região Oeste do Estado, chegaram ontem à tarde a Itaitiba para apoiar os índios mundurukus na briga pela permanência de Raimundo Rosivaldo Ferreira na Funasa Tapajós. A união marca o fim - ou pelo menos uma trégua - na briga milenar entre as duas tribos, que habitam as margens dos rios Tapajós e Teles Pires. Essa união foi selada há cinco meses, quando os caciques se reuniram para lutar por seus direitos, já que 'o branco nos considera todos como indígenas', explica Takak-ire, intérprete dos kaiapós.
Os mundurukus ocupam a sede do DSEI Tapajós desde a noite de domingo, 13, quando foi confirmada a assinatura da portaria pedindo a exoneração do diretor do distrito, que daria lugar a uma pessoa indicada pelo madeireiro Valmir Climaco, pré-candidato do PMDB. No encontro entre as tribos, o líder da aldeia do Mangue, Edimilson Saul, afirma que Climaco pretende a infra-estrutura da Funasa na região em benefício de sua campanha eleitoral. Porém, na última conferência indígena, os índios foram orientados a não aceitar interferência política no que diz respeito ao direito do índio.
Edimilson alega que a liderança do PMDB em Itaituba está tentando uma 'manobra política'. Quando Raimundo Rosivaldo Ferreira foi indicado para dirigir o órgão, os índios aceitaram a decisão por um determinado tempo, na condição de que ele mostrasse serviço. Atualmente, Raimundo está realizando 'um excelente trabalho', na avaliação das lideranças indígenas. 'Então porque eles querem tirá-lo sem nos consultar?', indaga.
Na segunda-feira, 14, as lideranças indígenas convidaram a executiva do PMDB, em especial Valmir Climaco, para uma reunião na sede da Funai para que ele explicasse o motivo da exoneração do diretor do DSEI Tapajós. Wilmar Freire e Francimar Aguiar, ambos da executiva do PMDB, estiveram na reunião, mas Climaco não compareceu, deixando os índios irritados.
Raimundo Ferreira foi indicado ao cargo de diretor do DSEI pelo ex-deputado Wilmar Freire, presidente do PMDB em Itaituba, com aval da executiva estadual.
Ontem à tarde, em contato com Florivaldo Vieira, diretor da Funasa no Estado, os índios foram comunicados que a direção do órgão em Brasília e Belém está satisfeita com o trabalho do diretor do DSEI em Itaituba. 'Se há algum problema, quem está criando é o PMDB local'.
Por volta das 17 horas, lideranças kaiapós e mundurukus elaboraram um documento e enviaram-no à direção da Funasa em Brasília e em Belém, bem como para o Ministério Público Federal, pedindo e permanência de Raimundo Ferreira no órgão e comunicando que não vão aceitar interferência política nas decisões dos índios. No documento, eles solicitam representantes do órgão e do MPF para discutir o assunto em Itaituba.
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