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Sema e Funai defendem profissionalização da pesca para índios

07/03/2008

Fonte: A Gazeta Digital



Garantir a profissionalização dos índios da aldeia Umutina, localizada no município de Barra do Bugres, por meio da concessão da carteira de pescador profissional, é a alternativa para que eles saiam da ilegalidade, principalmente no período da Piracema. Este é o entendimento de vários órgãos ligados à pesca e aos índios, que estão iniciando um trabalho para conseguir incluir os pescadores desta aldeia no mercado. O assunto já é consenso entre a Secretaria de
Estado do Meio Ambiente (Sema) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

A aldeia Umutina é um dos grandes problemas de Mato Grosso e da fiscalização no período de piracema, quando é proibido pescar no Estado. O coordenador de Fiscalização da Pesca da Sema, Marcelo Cardoso, lembra que a quantidade de pescado retirado do local, por meio dos atravessadores, é sempre grande. Na última piracema, que terminou no dia 29/02, foram apreendidos cerca de 1 tonelada proveniente da aldeia. Na Piracema do ano anterior o número de apreensões chegou a quase 4 toneladas. A redução se deu pelo fato da ampla fiscalização com apoio da Polícia Militar, que montou barreiras próximas a aldeia.

Como a ação dos atravessadores foi complicada, os índios acabaram fazendo três pessoas como reféns, sendo o delegado de Barra, Márcio Moreno Vera, e dois policiais militares. E esta não foi a primeira vez que os índios, em época de Piracema, fizeram fiscais ou policiais como reféns.

O administrador executivo da Funai em Mato grosso, Carlos Márcio Vieira, ressalta que a pesca representa 80% da renda desta aldeia, localizada as margens do Rio Paraguai e formada por 110 famílias e cerca de 400 índios. Na Piracema os índios acabam ficando sem meio de sobreviver. Segundo ele, a profissionalização do índio como pescador é uma da série de medidas que estão sendo buscadas para tentar resolver o problema da pesca predatória na localidade. "O importante é que eles tenham meio para sobreviver no período da Piracema", enfatiza.
 

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