De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
AGENDA DA SEMANA - Junqueira cobra de Anchieta firmeza no processo de retirada dos arrozeiros
07/04/2008
Autor: Tiana Brazão
Fonte: Folha de Boa Vista
Durante entrevista ao programa Agenda da Semana, veiculado na Rádio Folha AM 1020, ontem, o deputado federal Márcio Junqueira (DEM) criticou os políticos roraimenses e cobrou posicionamento mais firme do governador Anchieta Júnior (PSDB) no processo de retirada dos não-índios da Raposa Serra do Sol.
Sua crítica se estendeu principalmente aos representantes políticos que mencionaram compensação pela homologação da reserva e o Governo de Roraima que, em sua opinião, está ausente na região.
"Algumas autoridades políticas chegaram a falar em compensação, deixando claro que se tratava de uma moeda de troca. É inadmissível que o Estado não tome uma posição. Não existe exaustão quando se ocupa um cargo público, de deputado, senador ou governador. São 24 horas por dia. O governador deve adotar um posicionamento mais firme", disse.
Além disso, ele alertou para a possibilidade de uma guerra religiosa na terra indígena Raposa Serra do Sol. Segundo ele, com a segregação, a disputa entre indígenas será estendida não somente por causa das terras, mas também, por conta das religiões católica e protestante na região.
Os índios estão divididos e temem ser rechaçados caso os pastores evangélicos sejam proibidos de permanecer na área. Ele informou que mulheres ficam em cima de pontes e que na vila Surumu tem uma barreira colocada no centro, ficando a Igreja Católica de um lado e, do outro, os evangélicos.
"A preocupação dos índios que apóiam a permanência dos rizicultores é com a possibilidade de inquisição mesmo. Eles já afirmaram que o CIR (Conselho Indígena de Roraima) não vai mandar e nós sabemos que isso é um problema grave", afirmou.
O deputado lembrou a recomendação do MPF (Ministério Público Federal) para que o mesmo não se deslocasse até a área e, ao Governo do Estado, que retirasse as polícias Militar e Civil da região. "No meu caso, o MPF só recomendou, e eu vou continuar indo porque é minha obrigação. Já o Governo do Estado recebeu a recomendação do MPF e retirou correndo. Agora, a situação lá é de terra sem lei. A Polícia Federal não pode entrar e a Polícia Militar não está presente, isso é grave", reclamou.
PIROTECNIA - Márcio comparou a Operação Upatakon 3 com um show de pirotecnia. E disse que não havia a necessidade do aparato policial enviado para Roraima. "Bastava proibir a entrada de óleo diesel para a região e as máquinas deixariam de funcionar e o arroz não seria irrigado", sugeriu.
Ele denunciou que indígenas ligados ao CIR estariam aguardando a chegada da PF para atacar os índios que apóiam os rizicultores. "Queremos que a Polícia Federal contenha os excessos para que a população não crie essa indisposição com a instituição aqui em Roraima. O que deve ser entendido é que lá na reserva não tem ninguém armado. O que não podemos é brigar entre nós", comentou. Apesar da declaração, a Folha encontrou índios armados no Surumu.
Sua crítica se estendeu principalmente aos representantes políticos que mencionaram compensação pela homologação da reserva e o Governo de Roraima que, em sua opinião, está ausente na região.
"Algumas autoridades políticas chegaram a falar em compensação, deixando claro que se tratava de uma moeda de troca. É inadmissível que o Estado não tome uma posição. Não existe exaustão quando se ocupa um cargo público, de deputado, senador ou governador. São 24 horas por dia. O governador deve adotar um posicionamento mais firme", disse.
Além disso, ele alertou para a possibilidade de uma guerra religiosa na terra indígena Raposa Serra do Sol. Segundo ele, com a segregação, a disputa entre indígenas será estendida não somente por causa das terras, mas também, por conta das religiões católica e protestante na região.
Os índios estão divididos e temem ser rechaçados caso os pastores evangélicos sejam proibidos de permanecer na área. Ele informou que mulheres ficam em cima de pontes e que na vila Surumu tem uma barreira colocada no centro, ficando a Igreja Católica de um lado e, do outro, os evangélicos.
"A preocupação dos índios que apóiam a permanência dos rizicultores é com a possibilidade de inquisição mesmo. Eles já afirmaram que o CIR (Conselho Indígena de Roraima) não vai mandar e nós sabemos que isso é um problema grave", afirmou.
O deputado lembrou a recomendação do MPF (Ministério Público Federal) para que o mesmo não se deslocasse até a área e, ao Governo do Estado, que retirasse as polícias Militar e Civil da região. "No meu caso, o MPF só recomendou, e eu vou continuar indo porque é minha obrigação. Já o Governo do Estado recebeu a recomendação do MPF e retirou correndo. Agora, a situação lá é de terra sem lei. A Polícia Federal não pode entrar e a Polícia Militar não está presente, isso é grave", reclamou.
PIROTECNIA - Márcio comparou a Operação Upatakon 3 com um show de pirotecnia. E disse que não havia a necessidade do aparato policial enviado para Roraima. "Bastava proibir a entrada de óleo diesel para a região e as máquinas deixariam de funcionar e o arroz não seria irrigado", sugeriu.
Ele denunciou que indígenas ligados ao CIR estariam aguardando a chegada da PF para atacar os índios que apóiam os rizicultores. "Queremos que a Polícia Federal contenha os excessos para que a população não crie essa indisposição com a instituição aqui em Roraima. O que deve ser entendido é que lá na reserva não tem ninguém armado. O que não podemos é brigar entre nós", comentou. Apesar da declaração, a Folha encontrou índios armados no Surumu.
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