De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Índios ameçam tirar os arrozeiros à força em Roraima
19/04/2008
Fonte: Portal Amazônia
BOA VISTA - A direção da Polícia Federal (PF) alertou, ontem (18), à noite, toda as superintendências regionais para o risco de eclosão de conflito na Reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, neste final de semana. Durante o dia, em solenidade no Palácio do Planalto, em resposta às críticas do comandante Militar da Amazônia, Augusto Heleno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a líderes indígenas que se empenhará pela manutenção do decreto que assinou em 2005 definindo a reserva de 1,7 milhão de hectares contínuos e não em ilhas como ameaça o Supremo Tribunal Federal (STF).
O clima de tensão voltou à reserva, em Roraima, depois que o principal líder dos arrozeiros, o prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, e o deputado Márcio Junqueira (DEM-RR) estiveram na sede da Polícia Federal em Boa Vista para pedir segurança e denunciar um suposto plano dos índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR) - entidade empenhada na defesa da homologação da reserva em área contínua - de fazer à força a retirada dos fazendeiros e da população não-índia da reserva dentro de 48 horas.
" Não sabemos qual o nível de credibilidade da denúncia, mas as superintendências estão de sobreaviso " disse o delegado Fernando Segóvia, que coordena a Operação Upatakon III, suspensa na semana passada por liminar do ministro Ayres Britto, do STF, concedida numa ação cautelar impetrada pelo governo de Roraima pedindo a revisão do decreto que determina a demarcação em área contínua.
Mobilização
O delegado admitiu que caso as ameaças se confirmem, há risco de violência generalizada na reserva. Entre agentes federais e da Força Nacional de Segurança, a Polícia Federal conseguiria mobilizar imediatamente cerca de 350 homens para tentar garantir a segurança da região, o que seria insuficiente para controlar o contingente de guerreiros ligados ao CIR.
Segundo cálculos da Funai e da Polícia Federal, esse grupo - braço do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), da Igreja Católica - representa cerca de 90% dos 18 mil índios distribuídos na reserva e nos últimos dias vem também vem denunciando supostas ações de violência dos arrozeiros.
No início da noite desta sexta-feira (18), a PF estava atrás de uma carta apócrifa atribuída ao CIR e distribuída durante uma manifestação que terminou em tumulto na Vila Surumu, no município de Pacaraima, no meio da tarde, envolvendo índios contra e a favor da demarcação. Policiais e agentes da Força Nacional conseguiram controlar o confronto e as agressões.
Manifestação no Dia do Índio
O grupo ligado ao CIR anunciou para hoje, Dia do Índio, manifestações com mais de mil integrantes em Surumu e na sede do município de Uiramutã, na fronteira com a Guiana Inglesa, onde está instalado o 6º Batalhão Especial de Fronteira do Exército. A polícia teme que as comemorações possam desembocar em ações de violência.
" O que nós sentimos aqui é que o presidente não vai abrir mão da demarcação " disse o líder macuxi Jaci José de Souza durante a solenidade no Palácio do Planalto. " Nós também defendemos a faixa de fronteira. Não é o que general disse " afirmou o vice-presidente da Coordenação das Organizações Indígenas Brasileiras, Marco Aporinan, ao contestar as declarações do general Augusto Heleno. Lula disse que vai se empenhar pessoalmente para sustentar junto ao STF o decreto.
O clima de tensão voltou à reserva, em Roraima, depois que o principal líder dos arrozeiros, o prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, e o deputado Márcio Junqueira (DEM-RR) estiveram na sede da Polícia Federal em Boa Vista para pedir segurança e denunciar um suposto plano dos índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR) - entidade empenhada na defesa da homologação da reserva em área contínua - de fazer à força a retirada dos fazendeiros e da população não-índia da reserva dentro de 48 horas.
" Não sabemos qual o nível de credibilidade da denúncia, mas as superintendências estão de sobreaviso " disse o delegado Fernando Segóvia, que coordena a Operação Upatakon III, suspensa na semana passada por liminar do ministro Ayres Britto, do STF, concedida numa ação cautelar impetrada pelo governo de Roraima pedindo a revisão do decreto que determina a demarcação em área contínua.
Mobilização
O delegado admitiu que caso as ameaças se confirmem, há risco de violência generalizada na reserva. Entre agentes federais e da Força Nacional de Segurança, a Polícia Federal conseguiria mobilizar imediatamente cerca de 350 homens para tentar garantir a segurança da região, o que seria insuficiente para controlar o contingente de guerreiros ligados ao CIR.
Segundo cálculos da Funai e da Polícia Federal, esse grupo - braço do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), da Igreja Católica - representa cerca de 90% dos 18 mil índios distribuídos na reserva e nos últimos dias vem também vem denunciando supostas ações de violência dos arrozeiros.
No início da noite desta sexta-feira (18), a PF estava atrás de uma carta apócrifa atribuída ao CIR e distribuída durante uma manifestação que terminou em tumulto na Vila Surumu, no município de Pacaraima, no meio da tarde, envolvendo índios contra e a favor da demarcação. Policiais e agentes da Força Nacional conseguiram controlar o confronto e as agressões.
Manifestação no Dia do Índio
O grupo ligado ao CIR anunciou para hoje, Dia do Índio, manifestações com mais de mil integrantes em Surumu e na sede do município de Uiramutã, na fronteira com a Guiana Inglesa, onde está instalado o 6º Batalhão Especial de Fronteira do Exército. A polícia teme que as comemorações possam desembocar em ações de violência.
" O que nós sentimos aqui é que o presidente não vai abrir mão da demarcação " disse o líder macuxi Jaci José de Souza durante a solenidade no Palácio do Planalto. " Nós também defendemos a faixa de fronteira. Não é o que general disse " afirmou o vice-presidente da Coordenação das Organizações Indígenas Brasileiras, Marco Aporinan, ao contestar as declarações do general Augusto Heleno. Lula disse que vai se empenhar pessoalmente para sustentar junto ao STF o decreto.
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