De Povos Indígenas no Brasil
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Noticias
Reserva foi criada para diminuir choque cultural
19/04/2008
Autor: Saymon Nascimento
Fonte: A Tarde Online
Fazer uma ponte de comunicação e melhorar as relações com a cultura não-índia. É este o objetivo da reserva Thé-fene, de acordo com Wakay, o líder da comunidade. "Nas tribos, a gente já tinha televisão, geladeira, mas o contato com a vizinhança era muito ruim, havia muito choque cultural. Eu não entendia a televisão, achava estranho aqueles índios maus nos faroestes". A reserva busca tornar essas relações mais harmônicas. "Queremos educar e ser educados, entender os outros e fazer com que a gente seja entendido, sem deixar de ser índio".
O desejo de afirmação está no próprio nome da reserva. Thá-fene significa Semente Viva, uma esperança de futuro. "Não estamos mortos, muito pelo contrário. Não queremos ser vistos como uma lenda, e sim como algo que existe e deve ser respeitado. Queremos reconquistar nossos laços humanos", diz.
Essa aproximação cultural é feita por meio da educação. Os índios mantêm relação constante com várias escolas de Salvador e Lauro de Freitas, como o Antônio Vieira, no Garcia, e a Girassol, na Pituba. Os índios fazem palestras nas escolas, e os alunos visitam a reserva, onde aprendem os costumes índigenas.
Wakay foi criado na tribo Fulni-ô, próximo ao município de Águas Belas, em Pernambuco, filho de um índio local e de uma índia Kariri-xocó, da tribo de Porto Real do Colégio, em Alagoas. Apesar de estarem em tribos diferentes, as aldeias mantinham contato, porque estão ambas na margem esquerda do São Francisco. Quando Wakay nasceu, há 34 anos, os Kariri-xocó já falavam português. Os Fulni-ô ainda falam a língua índígena, o yathé.
Até 12 anos atrás, Wakay ainda não falava português direito. Entendia algumas coisas que via na TV, mas não conseguia se expressar. "Quando tentava conversar com não-índios, às vezes achava que estava abafando, mas cometia tanto erros que as pessoas não me entediam". Wakay só passou a dominar o português completamente depois de vir a Salvador pela primeira vez, em 1994. Fui convidado a participar de um curso de agente comunitário por uma ONG daqui, e uma das instrutoras me acolheu na casa dela. Dona Iraci Souza me ajudou a ter educação formal, e eu concluí o ensino médio".
A reserva surgiu da amizade de Wakay com a artista plástica e antropóloga Débora Fontes. Em 1996, Débora doou o terreno para a construção da reserva, que foi financiada com o apoio da fábrica de brinquedos Rosita.
O desejo de afirmação está no próprio nome da reserva. Thá-fene significa Semente Viva, uma esperança de futuro. "Não estamos mortos, muito pelo contrário. Não queremos ser vistos como uma lenda, e sim como algo que existe e deve ser respeitado. Queremos reconquistar nossos laços humanos", diz.
Essa aproximação cultural é feita por meio da educação. Os índios mantêm relação constante com várias escolas de Salvador e Lauro de Freitas, como o Antônio Vieira, no Garcia, e a Girassol, na Pituba. Os índios fazem palestras nas escolas, e os alunos visitam a reserva, onde aprendem os costumes índigenas.
Wakay foi criado na tribo Fulni-ô, próximo ao município de Águas Belas, em Pernambuco, filho de um índio local e de uma índia Kariri-xocó, da tribo de Porto Real do Colégio, em Alagoas. Apesar de estarem em tribos diferentes, as aldeias mantinham contato, porque estão ambas na margem esquerda do São Francisco. Quando Wakay nasceu, há 34 anos, os Kariri-xocó já falavam português. Os Fulni-ô ainda falam a língua índígena, o yathé.
Até 12 anos atrás, Wakay ainda não falava português direito. Entendia algumas coisas que via na TV, mas não conseguia se expressar. "Quando tentava conversar com não-índios, às vezes achava que estava abafando, mas cometia tanto erros que as pessoas não me entediam". Wakay só passou a dominar o português completamente depois de vir a Salvador pela primeira vez, em 1994. Fui convidado a participar de um curso de agente comunitário por uma ONG daqui, e uma das instrutoras me acolheu na casa dela. Dona Iraci Souza me ajudou a ter educação formal, e eu concluí o ensino médio".
A reserva surgiu da amizade de Wakay com a artista plástica e antropóloga Débora Fontes. Em 1996, Débora doou o terreno para a construção da reserva, que foi financiada com o apoio da fábrica de brinquedos Rosita.
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