De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Nota de Repúdio - MNDH
06/05/2008
Fonte: Movimento Nacional de Direitos Humanos
Face à extrema violência perpetrada por jagunços a mando do rizicultor e prefeito de Pacaraima (Roraima), Paulo César Quartieiro (DEM), que vitimaram pelo menos 10 indígenas da Reserva Raposa Serra do Sol, na manhã da última segunda-feira (5 de abril), o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) vem prestar irrestrita solidariedade aos agredidos e exigir a mais severa e rápida punição aos responsáveis por este ato hediondo.
O MNDH exige do Supremo Tribunal Federal (STF), do governo do estado de Roraima, na figura de seu governador, José Anchieta Júnior (PSDB), e da Polícia Federal uma ação efetiva para garantir aos grupos indígenas que habitam a Reserva Raposa Serra do Sol a ocupação de uma área que lhes pertence de fato e de direito, sem que venham a ser vítimas de atos brutais como o da última segunda-feira.
Às 5 horas desta segunda-feira, um grupo de 103 indígenas, entre homens e mulheres, iniciou a ocupação de uma área livre de plantação de arroz e afastada da sede. Em pouco tempo, eles construíram quatro malocas (casas) com palha e madeira. Dois funcionários de Quartiero chegaram ao local pilotando motos e ordenaram a saída dos índios. Diante da negativa, foram embora e retornaram com mais três motoqueiros e uma caminhonete.
O grupo de jagunços de Paulo César Quartieiro chegou atirando sem dar qualquer chance de defesa às vítimas.
Os tiros foram disparados de espingardas calibre 16. Sete índios foram levados para o hospital de Pacaraima. Os demais, Glênio Barbosa, 22, João Ribeiro, 30, e Antônio Kleber da Silva, 25, foram removidos em avião da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para Boa Vista.
Pelo menos um deles encontra-se em estado grave, atingido por tiros na cabeça, ouvido e nas costas.
Demarcada em 1998 e homologada em 2005, a Reserva Indígena Raposa Serra Sol vive sob conflitos há mais de três décadas entre indígenas e arrozeiros, estes contrários à demarcação e que se recusam a deixar o local.
O líder Júlio Macuxi diz que vai reforçar o pedido de segurança na área, feito há um mês, e exigir que a Polícia Federal desarme os funcionários das fazendas de arroz, que ele classifica de "milícia".
O MNDH endossa irrestritamente a ação das comunidades indígenas da Reserva Raposa Serra do Sol, apóia incondicionalmente a carta distribuída na manhã de segunda-feira pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) denunciando a agressão e, mais uma vez, reitera a necessidade de as autoridades nacionais e estaduais punirem com severidade os criminosos e garantirem a permanência dos indígenas na Reserva Raposa Serra do Sol.
Brasília, 6 de maio de 2008
O MNDH exige do Supremo Tribunal Federal (STF), do governo do estado de Roraima, na figura de seu governador, José Anchieta Júnior (PSDB), e da Polícia Federal uma ação efetiva para garantir aos grupos indígenas que habitam a Reserva Raposa Serra do Sol a ocupação de uma área que lhes pertence de fato e de direito, sem que venham a ser vítimas de atos brutais como o da última segunda-feira.
Às 5 horas desta segunda-feira, um grupo de 103 indígenas, entre homens e mulheres, iniciou a ocupação de uma área livre de plantação de arroz e afastada da sede. Em pouco tempo, eles construíram quatro malocas (casas) com palha e madeira. Dois funcionários de Quartiero chegaram ao local pilotando motos e ordenaram a saída dos índios. Diante da negativa, foram embora e retornaram com mais três motoqueiros e uma caminhonete.
O grupo de jagunços de Paulo César Quartieiro chegou atirando sem dar qualquer chance de defesa às vítimas.
Os tiros foram disparados de espingardas calibre 16. Sete índios foram levados para o hospital de Pacaraima. Os demais, Glênio Barbosa, 22, João Ribeiro, 30, e Antônio Kleber da Silva, 25, foram removidos em avião da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para Boa Vista.
Pelo menos um deles encontra-se em estado grave, atingido por tiros na cabeça, ouvido e nas costas.
Demarcada em 1998 e homologada em 2005, a Reserva Indígena Raposa Serra Sol vive sob conflitos há mais de três décadas entre indígenas e arrozeiros, estes contrários à demarcação e que se recusam a deixar o local.
O líder Júlio Macuxi diz que vai reforçar o pedido de segurança na área, feito há um mês, e exigir que a Polícia Federal desarme os funcionários das fazendas de arroz, que ele classifica de "milícia".
O MNDH endossa irrestritamente a ação das comunidades indígenas da Reserva Raposa Serra do Sol, apóia incondicionalmente a carta distribuída na manhã de segunda-feira pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) denunciando a agressão e, mais uma vez, reitera a necessidade de as autoridades nacionais e estaduais punirem com severidade os criminosos e garantirem a permanência dos indígenas na Reserva Raposa Serra do Sol.
Brasília, 6 de maio de 2008
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