De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Prisão fortalece resistência contra perseguição e injustiça, diz Quartiero
16/05/2008
Fonte: Folha de Boa Vista
No dia seguinte à soltura da carceragem da Polícia Federal em Brasília, o rizicultor e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero (DEM), passou o dia de ontem acompanhando advogados. Queria agilizar medidas para contestar a multa de R$ 30,6 milhões, aplicada pelo Ibama. Ele disse não estar abatido e que a prisão reforçara sua resistência.
O empresário declarou que não vai recorrer à Justiça contra a União para pleitear indenização por danos morais decorrentes da prisão. Ao informar que sua volta a Boa Vista está marcada para a noite desta sexta-feira, acrescentou que a Polícia Federal não tem obrigação de custear o retorno porque legalmente o interesse público está acima do interesse privado.
Ele lamentou que desde a recondução à Prefeitura de Pacaraima não tenha conseguido trabalhar para o município. Afirmou que a partir da chegada irá desdobrar-se visando recuperar o tempo em que foi obrigado a afastar-se das atribuições de prefeito. Informou que neste sábado participará do encontro Brasil/Venezuela sobre comércio fronteiriço.
A seqüência de dificuldades também ocorre em relação aos negócios particulares resultando em considerável prejuízo. Como ele e alguns funcionários estavam presos, cercas da fazenda foram cortadas, parte do gado foi roubada e a manifestação de indígenas prejudica o transporte de insumos e sementes para a próxima safra.
"O prejuízo é grande. Nem quero pensar no volume. Não fossem esses fatos e em vez de estarmos aqui em Brasília, estaria trabalhando na melhoria técnica da produção e ampliando o plantio para ajudar o país na oferta de alimentos. Em vez de estarmos visitando feiras em busca de novas tecnologias, estamos andando em tribunais e pagando advogados", declarou.
Recentemente multado pelo Ibama em R$ 30,6 milhões por suposto desmatamento ilegal e danos a recursos hídricos, o empresário entende que a multa resulta do uso político da questão ambiental para punir adversários.
A saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente - disse - já foi tarde. Para ele, a ex-ministra ajudou a atrasar o desenvolvimento sócio-econômico do país em pelo menos 50 anos. Ademais, suspeita que após a multa do Ibama surjam acusações de trabalho escravo ou utilização de mão-de-obra infantil, entre outras.
"Mas, a prisão ou outros obstáculos que tenha de enfrentar não me enfraquecem. O Governo Federal está usando artilharia pesada, mas não vou me intimidar. Moralmente a prisão não me abateu. Ao contrário, me deu ânimo porque a injustiça e a perseguição fortalecem a resistência", declarou Paulo Quartiero.
CUSTOS - De acordo com a empresária Ericina (Loura) Quartiero, o retorno do marido e de funcionários supera a casa dos R$ 13 mil. Só de passagens ela pagou R$ 9.463. Mas o escritório local também pagou despesas de estadia, alimentação e roupas, porque todos foram levados do jeito que estavam.
"As despesas vão ultrapassar os R$ 13 mil. Houve dificuldade para marcarmos as passagens. Por isso, os meninos [funcionários] chegam hoje [ontem] à noite. O Paulo só vem amanhã [sexta-feira] à noite porque ele ficou para resolver o problema da multa dada pelo Ibama", comentou Ericina Quartiero. (C.P)
O empresário declarou que não vai recorrer à Justiça contra a União para pleitear indenização por danos morais decorrentes da prisão. Ao informar que sua volta a Boa Vista está marcada para a noite desta sexta-feira, acrescentou que a Polícia Federal não tem obrigação de custear o retorno porque legalmente o interesse público está acima do interesse privado.
Ele lamentou que desde a recondução à Prefeitura de Pacaraima não tenha conseguido trabalhar para o município. Afirmou que a partir da chegada irá desdobrar-se visando recuperar o tempo em que foi obrigado a afastar-se das atribuições de prefeito. Informou que neste sábado participará do encontro Brasil/Venezuela sobre comércio fronteiriço.
A seqüência de dificuldades também ocorre em relação aos negócios particulares resultando em considerável prejuízo. Como ele e alguns funcionários estavam presos, cercas da fazenda foram cortadas, parte do gado foi roubada e a manifestação de indígenas prejudica o transporte de insumos e sementes para a próxima safra.
"O prejuízo é grande. Nem quero pensar no volume. Não fossem esses fatos e em vez de estarmos aqui em Brasília, estaria trabalhando na melhoria técnica da produção e ampliando o plantio para ajudar o país na oferta de alimentos. Em vez de estarmos visitando feiras em busca de novas tecnologias, estamos andando em tribunais e pagando advogados", declarou.
Recentemente multado pelo Ibama em R$ 30,6 milhões por suposto desmatamento ilegal e danos a recursos hídricos, o empresário entende que a multa resulta do uso político da questão ambiental para punir adversários.
A saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente - disse - já foi tarde. Para ele, a ex-ministra ajudou a atrasar o desenvolvimento sócio-econômico do país em pelo menos 50 anos. Ademais, suspeita que após a multa do Ibama surjam acusações de trabalho escravo ou utilização de mão-de-obra infantil, entre outras.
"Mas, a prisão ou outros obstáculos que tenha de enfrentar não me enfraquecem. O Governo Federal está usando artilharia pesada, mas não vou me intimidar. Moralmente a prisão não me abateu. Ao contrário, me deu ânimo porque a injustiça e a perseguição fortalecem a resistência", declarou Paulo Quartiero.
CUSTOS - De acordo com a empresária Ericina (Loura) Quartiero, o retorno do marido e de funcionários supera a casa dos R$ 13 mil. Só de passagens ela pagou R$ 9.463. Mas o escritório local também pagou despesas de estadia, alimentação e roupas, porque todos foram levados do jeito que estavam.
"As despesas vão ultrapassar os R$ 13 mil. Houve dificuldade para marcarmos as passagens. Por isso, os meninos [funcionários] chegam hoje [ontem] à noite. O Paulo só vem amanhã [sexta-feira] à noite porque ele ficou para resolver o problema da multa dada pelo Ibama", comentou Ericina Quartiero. (C.P)
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