De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
"Demarcação do Panambi foi erro", diz coordenador
07/08/2008
Autor: Valério Araújo
Fonte: Dourados Agora - www.douradosagora.com.br
A demarcação de terras no Panambizinho para indígenas ainda gera polêmica. Se por um lado o grupo apontava a falta de espaço como fator principal para a não-produtividade, por outro, após a doação da área, fazendeiros vizinhos denunciam abandono.
Para o coordenador da Funasa, Fernando da Silva Souza, a doação das terras do Panambi foi um erro. Segundo ele, é inegável que os índios vivem em situação de favelamento em Dourados, sendo obrigados a viver confinados por falta de espaço, "porém, sem políticas públicas que incentivem a produção, não adianta demercar", conta.
Fernando explica que é possível incentivar a produtividade sem interferir na cultura indígena e que isto já deve estar sendo pensado, quando se fala na destinação de pelo menos 10% da área de MS para a causa. Ele disse que é totalmente favorável a demarcação, uma vez que muitas mortes e violência geradas nas aldeias estão relacionadas a falta de espaço. "Todo o processo do governo federal vem sendo realizado de forma organizada. Isto quer dizer que ao contrário do que foi feito no Panambi, estão sendo estudadas maneiras de não se diminuir a quantidade de alimentos produzidos ou prejudicar a economia de MS. É normal que diante de uma discussão a nível nacional como a demarcação de terras indígenas, a classe dominante utilize argumentos que prejudiquem os dominados. Creio que a demarcação está vindo na hora certa e que o Estado só tem a ganhar com este processo, uma vez que na atual situação em que se encontram os índios, eles podem até ser extintos a médio prazo se nada for feito", explica.
Para Fernando uma das ações que também devem estar sendo analisadas em todo o processo demarcação é a qualificação indígena profissional. "As áreas devem continuar produtivas e para isto faz-se necessário uma capacitação", conta, observando que a principal diferença do indígena é que ele planta apenas para sobreviver e não visando lucro como o não-índio.
O coordenador disse ainda que é tão crítica a situação dos índios, que numa área de 3,6 mil hectares, onde já residem cerca de 13 mil moradores, nasce a cada ano uma média de mais 400 indiozinhos. "A população cresce, mas a área não. Sem espaço os conflitos tendem a piorar cada vez mais e sempre vitimando a classe dominada. O índio precisa de terra, saúde, esporte, lazer, moradia e qualidade de vida. Sem estes fatores ele não sobrevive e os índices de mortes só aumentam", conclui.
O médico Zelik Trajber, coordenador de equipes multiprofissionais do Distrito Sanitário Indígena, também defende a demarcação. Para ele a ampliação do espaço indigena melhoraria a condição de vida nas tribos de Dourados, "que ainda sofrem confinados", conta.
Para o coordenador da Funasa, Fernando da Silva Souza, a doação das terras do Panambi foi um erro. Segundo ele, é inegável que os índios vivem em situação de favelamento em Dourados, sendo obrigados a viver confinados por falta de espaço, "porém, sem políticas públicas que incentivem a produção, não adianta demercar", conta.
Fernando explica que é possível incentivar a produtividade sem interferir na cultura indígena e que isto já deve estar sendo pensado, quando se fala na destinação de pelo menos 10% da área de MS para a causa. Ele disse que é totalmente favorável a demarcação, uma vez que muitas mortes e violência geradas nas aldeias estão relacionadas a falta de espaço. "Todo o processo do governo federal vem sendo realizado de forma organizada. Isto quer dizer que ao contrário do que foi feito no Panambi, estão sendo estudadas maneiras de não se diminuir a quantidade de alimentos produzidos ou prejudicar a economia de MS. É normal que diante de uma discussão a nível nacional como a demarcação de terras indígenas, a classe dominante utilize argumentos que prejudiquem os dominados. Creio que a demarcação está vindo na hora certa e que o Estado só tem a ganhar com este processo, uma vez que na atual situação em que se encontram os índios, eles podem até ser extintos a médio prazo se nada for feito", explica.
Para Fernando uma das ações que também devem estar sendo analisadas em todo o processo demarcação é a qualificação indígena profissional. "As áreas devem continuar produtivas e para isto faz-se necessário uma capacitação", conta, observando que a principal diferença do indígena é que ele planta apenas para sobreviver e não visando lucro como o não-índio.
O coordenador disse ainda que é tão crítica a situação dos índios, que numa área de 3,6 mil hectares, onde já residem cerca de 13 mil moradores, nasce a cada ano uma média de mais 400 indiozinhos. "A população cresce, mas a área não. Sem espaço os conflitos tendem a piorar cada vez mais e sempre vitimando a classe dominada. O índio precisa de terra, saúde, esporte, lazer, moradia e qualidade de vida. Sem estes fatores ele não sobrevive e os índices de mortes só aumentam", conclui.
O médico Zelik Trajber, coordenador de equipes multiprofissionais do Distrito Sanitário Indígena, também defende a demarcação. Para ele a ampliação do espaço indigena melhoraria a condição de vida nas tribos de Dourados, "que ainda sofrem confinados", conta.
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.