De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias

Caingangues aguardam pelo futuro

18/01/2003

Fonte: Correio do Povo-Porto Alegre-RS



Está surgindo a proposta de criação de uma reserva indígena dentro do Parque Estadual do Trabalhador


Venda de artesanato é a perspectiva

O destino das 30 famílias de índios caingangues que vivem há mais de um ano às margens da BR 116, próximo ao viaduto de acesso à entrada principal de São Leopoldo, começará a ser definido no início de fevereiro. Na oportunidade, estarão reunidos os secretários do Meio Ambiente e Ação Social e Habitação de São Leopoldo e procuradores do Ministério Público de Novo Hamburgo.

De acordo com levantamento realizado pela secretaria, vivem às margens da estrada mais de 40 adultos e cerca de 70 crianças, provenientes das reservas de Nonoai e Rodeio Bonito. No encontro, será apresentada uma proposta feita pelo empresário Romar Bordignon para a criação de uma reserva indígena dentro do Parque Estadual do Trabalhador, a qual abrigaria essas famílias.

O projeto, que será avaliado pela prefeitura de São Leopoldo, Ministério Público (MP) e governo do Estado, prevê a construção de ocas e de um centro cultural de convivência dos caingangues, que ocuparia um hectare do parque. A reserva contaria com infra-estrutura e espaços para a prática de esportes e lazer. 'A idéia é que a reserva seja aberta para a visitação pública. Com o dinheiro arrecadado com a venda de ingressos e a comercialização do artesanato, os índios teriam renda própria para viver, evitando a exploração', destacou Romar Bordignon.

O projeto do empresário foi bem recebido pelos índios. Para Volmir Loureiro, 26 anos, ter um ponto para comercializar o artesanato produzido pelas mulheres facilitaria muito. Ele chegou com a mulher e os três filhos à margem da BR 116 vindo da reserva em Nonoai, há um mês. 'Ficar aqui é temporário. É o tempo de juntar um dinheiro para voltar para a aldeia', disse Volmir.

O secretário de Ação Social e Habitação de São Leopoldo, Álvaro Cardoso, ressaltou que a situação dos índios é diferenciada em relação à população carente que a secretaria trabalha. 'Nós devemos ter cuidado, pois a preservação da cultura é a prioridade', afirmou.
 

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