De Povos Indígenas no Brasil

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Delegado segue para Pesqueira

14/02/2003

Fonte: Diário de Pernabuco-Recife-PE



O depoimento do xukuru Expedito Alves Filho (Biá), na noite de ontem, foi a primeira ação
oficial do delegado especial Servilho Silva de Paiva no comando da investigação do atentado
ao cacique Marcos Luidson de Araújo (Marquinhos). Nomeado pela Polícia Federal para apurar
as causas do ataque acontecido na sexta-feira passada, dentro da reserva indígena de
Pesqueira, ele veio da Paraíba para assumir os trabalhos ouvindo o acusado de ser o autor
intelectual da ação que resultou na morte de dois índios. Ainda hoje, Servilho Silva de Paiva
segue para Pesqueira, onde ouvirá testemunhas do caso.
No depoimento de ontem, Biá, além de negar a participação no atentado, disse que Marquinhos
não estava desarmado e teria iniciado uma discussão com Louro Frazão, que reagiu e
disparou contra o cacique, atingindo o xukuru e o atikum que faziam a escolta do líder
indígena. Louro Frazão está foragido e a captura dele será uma das atribuições da equipe de
oito agentes que passa a ser chefiada pelo delegado.
Sobre material supostamente encontrado na casa de Biá (carteiras falsificadas da Funai e,
ontem, fitas cassete com um possível diálogo travado entre Biá e Louro Frazão discutindo uma
viagem para Brasília no dia 22 de janeiro), divulgados por Marquinhos, o delegado tem uma
opinião formada. "Essas denúncias de carteiras, de briga de facções, tudo isto é periférico.
Vamos nos centrar, inicialmente, na identificação dos autores dos homicídios".
Tempo é uma questão que começa a pesar na investigação. O delegado só tem mais uma
semana para concluir o inquérito, podendo pedir prorrogação por mais 15 dias. Os prazos se
devem ao pedido de prisão preventiva de José Luís Almeida de Carvalho, detido desde a noite
da última sexta-feira.
 

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