De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

MPF quer a proteção das terras indígenas

07/03/2003

Fonte: A Tribuna-Rio Branco-AC



O Ministério Público Federal no Acre (MPF) está processando pelo menos seis instituições federais, acusadas de não garantir a proteção de terras indígenas dentro do Estado. A proposta de ação civil pública é do procurador da República no Acre, Marcus Vinícius Aguiar Macedo, com base, sobretudo, na falta de definição de marcos fronteiriços do Brasil com o Peru, na Região do Alto Juruá e na exploração ilegal do ecossistema nas terras indígenas do Rio Amônea, lar de cerca de 450 índios Ashaninkas.

No documento de 34 páginas, o procurador acusa a União, o Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Defesa, Departamento de Polícia Federal, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Ibama, de não cumprirem com suas atribuições e pede para que a Justiça cobre da Funai e do Ibama provas periciais que possam determinar o tamanho do dano ambiental causado pela "derrubada de centenas de árvores nativas, da espécie mogno, em sua maioria, na Terra Indígena do Rio Amônea".

O laudo vai permitir qualificar e estabelecer um valor em moeda nacional a ser utilizado para a fixação da indenização por ressarcimento de danos pela União Federal. O valor da causa é de R$ 1 milhão, que deve ser revertido em benefício à comunidade Ashaninka.
Baseado em notícias divulgadas na imprensa, Aguiar ressalta que pelo menos 1 mil árvores de mogno já foram derrubadas na região, nos últimos anos. "Outro objetivo (...) é forçar o Departamento de Polícia Federal a instalar um posto permanente no local, bem como ativar seu serviço de inteligência para descobrir quem são os invasores contumazes da área, a fim de que sejam eles identificados e responsabilizados penalmente", diz um trecho do documento.

Em 22 de novembro de 2002, o Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Acre (Cemact) aprovou uma moção de apoio solicitando ao Poder Público a solução dos problemas na região do Amônea, considerados à época, gravíssimos. Entre outras reivindicações, o documento pedia a redemarcação da fronteira brasileira/acreana, a partir do marco 40 e a manifestação do Ministério Público sobre as constantes invasões por narcotraficantes e companhias madeireiras peruanas em áreas de proteção ambiental dentro do País. Entre elas, as dos Kampas do Rio Amônea, Nukini e do Parque Nacional da Serra do Divisor, invadida por meio de estradas de Pulcalpa até a divisa com o Brasil.
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.