De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Médica diagnosticou infecção crônica e diz que não havia bicheira no ouvido de menina terena
10/09/2009
Autor: João Prestes
Fonte: Midiamax - http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=544805
A médica Sandra Regina Massuda, que na noite de terça-feira atendeu a menina terena de 10 anos no Hospital Municipal de Miranda, assegura que naquela consulta constatou uma infecção crônica com grande quantidade de pus, perfuração do tímpano do ouvido esquerdo e que não havia sinal de Miíase (bicheira). A médica disse que indagou da mãe da menina, Solange de Almeida, desde quando ela sofria de problemas naquele ouvido. A mãe teria dito que desde o nascimento.
A médica disse, então, que o caso precisava ser levado a um especialista e aplicou um analgésico para ela não sentir dor. No dia seguinte, o pai da menina, Ramão Vieira, conta que fez uma análise do ouvido (ele disse ouvido direito, mas a médica assegura que é no esquerdo) e percebeu a existência de pequenas larvas. Deduziu, então, tratar-se de miíase.
A mãe retornou ao hospital com a menina, ontem (quarta-feira) e outro médico fez o atendimento. Foi feita lavagem e tiradas dezenas de larvas do ouvido da criança. Segundo Sandra Massuda, seu colega disse que tirou uma mosca varejeira de dentro do ouvido da menina. Essa mosca que põe os ovos e forma a bicheira, geralmente em tecido em estado de putrefação.
Hoje, a menina retornou ao médico para serem retiradas mais larvas do ouvido da criança, que ainda terá de tratar a infecção com um otorrinolaringologista.
Leia abaixo a íntegra da nota encaminhada pela médica Sandra Massuda ao Midiamax:
A paciente Violeta Regina Ajala Souza foi por mim atendida no Pronto Socorro do Hospital Municipal de Miranda em 8/9/09 às 19:00 com queixa de dor no ouvido esquerdo. Na anamnese (entrevista com a profissional) a mãe referiu que sua filha tem infecções no ouvido esquerdo, recorrentes e frequentes, desde que nasceu, negou qualquer outra queixa de tosse, febre, diarréia ou vômito.
Ao exame físico foi constatado grande quantidade de pus no conduto externo e perfuração do tímpano com extensão dessa infecção à parte interna do ouvido. Expliquei à mãe quanto ao perigo dessa infecção crônica com pus (otorréia crônica) e perfuração do tímpano colocando em risco a acuidade auditiva da criança. A mãe me respondeu que acha que a criança já não ouve bem nesse ouvido.
A mãe foi, então, orientada a procurar um otorrinolaringologista, médico especialista em ouvido para avaliar danos e riscos, já que eu considero tarde, pois o atendimento deveria ter acontecido desde o início dos sintomas. Esclareci ainda que essa infecção pode levar - se não tratada - a mastoidite (infecção no osso atrás da orelha) e posteriormente a meningite. Foi medicada com analgésico. Em nenhum momento do atendimento eu vi o pai da criança.
Quanto à Miíase humana, é uma doença transmitida pela mosca varejeira relativamente comum e, no mínimo, constrangedora, quer seja para os pacientes ou para o médico que o atende. É bem mais frequente nos países subdesenvolvidos, as larvas depositam seus ovos em tecidos doentes e necróticos (pus). Os indivíduos acometidos pela doença possuem alguns fatores predisponentes característicos, tais como higiene deficiente, falta de saneamento, desnutrição, enfim, pacientes debilitados.
Uma vez depositados os ovos ou instaladas as larvas, a doença agrava o estado geral do paciente, causando primeiramente reação inflamatória aguda severa dos tecidos circundantes, resultando em dor e desconforto extremo. As larvas fazem túneis nos tecidos moles, resultando em severa destruição tecidual. Nada impede que esse quadro tenha aparecido em poucas horas sobrepondo a secreção purulenta presente.
Quanto à conduta médica de encaminhá-la ao especialista conforme consta em ficha de atendimento do Hospital Municipal Renato Albuquerque Filho, pois se trata de caso crônico desenvolvido após dez anos e tendo conhecimento das graves conseqüências que pode causar a essa criança. O tratamento da Miíase não exclui a avaliação que deverá ser feita pelo otorrinolaringologista.
A médica disse, então, que o caso precisava ser levado a um especialista e aplicou um analgésico para ela não sentir dor. No dia seguinte, o pai da menina, Ramão Vieira, conta que fez uma análise do ouvido (ele disse ouvido direito, mas a médica assegura que é no esquerdo) e percebeu a existência de pequenas larvas. Deduziu, então, tratar-se de miíase.
A mãe retornou ao hospital com a menina, ontem (quarta-feira) e outro médico fez o atendimento. Foi feita lavagem e tiradas dezenas de larvas do ouvido da criança. Segundo Sandra Massuda, seu colega disse que tirou uma mosca varejeira de dentro do ouvido da menina. Essa mosca que põe os ovos e forma a bicheira, geralmente em tecido em estado de putrefação.
Hoje, a menina retornou ao médico para serem retiradas mais larvas do ouvido da criança, que ainda terá de tratar a infecção com um otorrinolaringologista.
Leia abaixo a íntegra da nota encaminhada pela médica Sandra Massuda ao Midiamax:
A paciente Violeta Regina Ajala Souza foi por mim atendida no Pronto Socorro do Hospital Municipal de Miranda em 8/9/09 às 19:00 com queixa de dor no ouvido esquerdo. Na anamnese (entrevista com a profissional) a mãe referiu que sua filha tem infecções no ouvido esquerdo, recorrentes e frequentes, desde que nasceu, negou qualquer outra queixa de tosse, febre, diarréia ou vômito.
Ao exame físico foi constatado grande quantidade de pus no conduto externo e perfuração do tímpano com extensão dessa infecção à parte interna do ouvido. Expliquei à mãe quanto ao perigo dessa infecção crônica com pus (otorréia crônica) e perfuração do tímpano colocando em risco a acuidade auditiva da criança. A mãe me respondeu que acha que a criança já não ouve bem nesse ouvido.
A mãe foi, então, orientada a procurar um otorrinolaringologista, médico especialista em ouvido para avaliar danos e riscos, já que eu considero tarde, pois o atendimento deveria ter acontecido desde o início dos sintomas. Esclareci ainda que essa infecção pode levar - se não tratada - a mastoidite (infecção no osso atrás da orelha) e posteriormente a meningite. Foi medicada com analgésico. Em nenhum momento do atendimento eu vi o pai da criança.
Quanto à Miíase humana, é uma doença transmitida pela mosca varejeira relativamente comum e, no mínimo, constrangedora, quer seja para os pacientes ou para o médico que o atende. É bem mais frequente nos países subdesenvolvidos, as larvas depositam seus ovos em tecidos doentes e necróticos (pus). Os indivíduos acometidos pela doença possuem alguns fatores predisponentes característicos, tais como higiene deficiente, falta de saneamento, desnutrição, enfim, pacientes debilitados.
Uma vez depositados os ovos ou instaladas as larvas, a doença agrava o estado geral do paciente, causando primeiramente reação inflamatória aguda severa dos tecidos circundantes, resultando em dor e desconforto extremo. As larvas fazem túneis nos tecidos moles, resultando em severa destruição tecidual. Nada impede que esse quadro tenha aparecido em poucas horas sobrepondo a secreção purulenta presente.
Quanto à conduta médica de encaminhá-la ao especialista conforme consta em ficha de atendimento do Hospital Municipal Renato Albuquerque Filho, pois se trata de caso crônico desenvolvido após dez anos e tendo conhecimento das graves conseqüências que pode causar a essa criança. O tratamento da Miíase não exclui a avaliação que deverá ser feita pelo otorrinolaringologista.
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