De Povos Indígenas no Brasil
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Após 7 h de reunião com PF, índios só deixam área depois de decisão do TRF3ª
21/10/2009
Autor: Jacqueline Lopes
Fonte: Midiamax - http://www.midiamaxnews.com.br/view.php?mat_id=563185
Depois de confronto entre índios terena e policiais militares da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) na manhã de ontem, na região de Sidrolândia, a PF (Polícia Federal) e a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) foram até a área de conflito. Foram cerca de 7 horas de conversa com os índios da aldeia Buriti que lá ocupam as fazendas Querência São José, 3R e Cambará. Eles disseram que só deixam a área após o TRF3ª proferir decisão sobre o processo parado desde o ano 2006.
Os terena também exigiram a saída da equipe da Cigcoe da área. Os policiais dormiram na fazenda 3R e hoje cedo já voltaram para a Capital.
O problema é que 14 fazendas são áreas de disputa judicial. Houve demarcação, mas em 2006 a Justiça Federal aceitou o embargo demarcatório e o processo ficou paralisado já no TRF3ª.
Os produtores da região temem que suas propriedades sejam ocupadas em efeito dominó. Porém, ontem após a reunião teria ficado acordado que somente as três fazendas permaneceriam com a presença dos guerreiros indígenas. Uma forma de pressionar o TRF3ª a se posicionar. Os índios garantiram que mesmo se perderem no TRF3ª deixam as áreas, mas vão recorrer no STJ.
"Saímos da reunião meia-noite e hoje a PF vai levar a posição dos índios para a Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul", disse o ex-administrador regional da Funai Jorge Lili. Participou da reunião com os índios ontem também o delegado da PF, Alcidio Souza Araúj. Eles foram para a região de helicóptero por volta das 17 horas, após audiência da cúpula da segurança pública na sede da PF.
Funai
O administrador da Funai, em Campo Grande, João da Silva, segue hoje com Jorge Lili para São Paulo, onde deverão reunir-se com a Procuradoria Geral da República. A Famasul também quer a celeridade no processo e o presidente da entidade, Ademar da Silva Júnior foi procurado por terenas da mesma região para que juntos formassem uma comissão e pressionassem a Justiça. Os indígenas ocuparam as três fazendas no último sábado e após a conversa com Ademar da Silva Júnior, as áreas da 3R e Cambará foram desocupadas. Nelas estavam 350 guerreiros das aldeias Lagoinha e Córrego do Meio.
Mas, outro grupo, que não participou da reunião, formado pelos índios terena da Buriti, liderados pelo cacique Rodrigues, resistiram e agora só deixam a área após o resultado da pressão no TRF3ª.
Confronto
O índio terena Alegarde Alcântara, 23 anos, de idade foi ferido por um tiro de bala de borracha durante o confronto com policiais militares.
"Como é área de conflito, o MPF vai apurar o caso e precisamos saber o que realmente aconteceu", explica Jorge Lili. O indígena ferido está em Dois Irmãos do Buriti.
Por conta do conflito, a cúpula da segurança pública estadual se reuniu à tarde na superintendência da Polícia Federal. Seguiram para área um delegado da PF e autoridades ligadas a Funai.
O secretário Wantuir Jacini (Segurança Pública), disse que o confronto aconteceu porque os índios tentaram tomar a viatura e as armas dos policiais, que reagiram com bombas de efeito moral e gás lacrimogênio.
Indagado sobre o porquê da presença da PM em local onde a PF é que deveria estar, Jacini disse que é dever da PM tranqüilizar os fazendeiros da região.
O superintendente da PF em Mato Grosso do Sul, José Rita Martins Lara, disse que a PF age de acordo com as orientações da Funai. Mas, com o problema, os interlocutores e agentes agora, monitoram a região.
O problema ocorreu porque os terena quiseram tirar os PMs da área ocupada porque só aceitam lá a presença de policiais federais. No embate, o índio Alegarde Alcântara foi ferido no rosto e no ombro. Ele foi levado para o hospital em Dois Irmãos do Buriti, recebeu cuidados médicos e não corre risco de morte.
Jacini disse ainda que os militares foram para área porque os índios ameaçaram trancar as estradas.
Já o comando da PM informou que os militares entraram no local porque foram avisados que ali havia uma família de índios contrária aos manifestantes e que era mantida como refém.
Os terena também exigiram a saída da equipe da Cigcoe da área. Os policiais dormiram na fazenda 3R e hoje cedo já voltaram para a Capital.
O problema é que 14 fazendas são áreas de disputa judicial. Houve demarcação, mas em 2006 a Justiça Federal aceitou o embargo demarcatório e o processo ficou paralisado já no TRF3ª.
Os produtores da região temem que suas propriedades sejam ocupadas em efeito dominó. Porém, ontem após a reunião teria ficado acordado que somente as três fazendas permaneceriam com a presença dos guerreiros indígenas. Uma forma de pressionar o TRF3ª a se posicionar. Os índios garantiram que mesmo se perderem no TRF3ª deixam as áreas, mas vão recorrer no STJ.
"Saímos da reunião meia-noite e hoje a PF vai levar a posição dos índios para a Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul", disse o ex-administrador regional da Funai Jorge Lili. Participou da reunião com os índios ontem também o delegado da PF, Alcidio Souza Araúj. Eles foram para a região de helicóptero por volta das 17 horas, após audiência da cúpula da segurança pública na sede da PF.
Funai
O administrador da Funai, em Campo Grande, João da Silva, segue hoje com Jorge Lili para São Paulo, onde deverão reunir-se com a Procuradoria Geral da República. A Famasul também quer a celeridade no processo e o presidente da entidade, Ademar da Silva Júnior foi procurado por terenas da mesma região para que juntos formassem uma comissão e pressionassem a Justiça. Os indígenas ocuparam as três fazendas no último sábado e após a conversa com Ademar da Silva Júnior, as áreas da 3R e Cambará foram desocupadas. Nelas estavam 350 guerreiros das aldeias Lagoinha e Córrego do Meio.
Mas, outro grupo, que não participou da reunião, formado pelos índios terena da Buriti, liderados pelo cacique Rodrigues, resistiram e agora só deixam a área após o resultado da pressão no TRF3ª.
Confronto
O índio terena Alegarde Alcântara, 23 anos, de idade foi ferido por um tiro de bala de borracha durante o confronto com policiais militares.
"Como é área de conflito, o MPF vai apurar o caso e precisamos saber o que realmente aconteceu", explica Jorge Lili. O indígena ferido está em Dois Irmãos do Buriti.
Por conta do conflito, a cúpula da segurança pública estadual se reuniu à tarde na superintendência da Polícia Federal. Seguiram para área um delegado da PF e autoridades ligadas a Funai.
O secretário Wantuir Jacini (Segurança Pública), disse que o confronto aconteceu porque os índios tentaram tomar a viatura e as armas dos policiais, que reagiram com bombas de efeito moral e gás lacrimogênio.
Indagado sobre o porquê da presença da PM em local onde a PF é que deveria estar, Jacini disse que é dever da PM tranqüilizar os fazendeiros da região.
O superintendente da PF em Mato Grosso do Sul, José Rita Martins Lara, disse que a PF age de acordo com as orientações da Funai. Mas, com o problema, os interlocutores e agentes agora, monitoram a região.
O problema ocorreu porque os terena quiseram tirar os PMs da área ocupada porque só aceitam lá a presença de policiais federais. No embate, o índio Alegarde Alcântara foi ferido no rosto e no ombro. Ele foi levado para o hospital em Dois Irmãos do Buriti, recebeu cuidados médicos e não corre risco de morte.
Jacini disse ainda que os militares foram para área porque os índios ameaçaram trancar as estradas.
Já o comando da PM informou que os militares entraram no local porque foram avisados que ali havia uma família de índios contrária aos manifestantes e que era mantida como refém.
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