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Conselho do Índio cobra explicações da Sesau sobre morte de gêmeas
29/10/2009
Autor: Jacqueline Lopes
Fonte: Midiamax - http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=564962
O Conselho Municipal do Índio cobra explicações da Secretaria Municipal de Saúde pela morte das meninas terena, Anna Clara e Anna Karla, de 1 ano e 1 mês. Elas morreram no dia 8 de setembro e a polícia ainda não obteve o laudo detalhado sobre as condições de saúde das meninas. Mas, foi descartada a violência física.
Segundo Sander Barbosa, presidente da entidade indígena, o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta deverá comparecer ao conselho, que fica na Rua Hélio de Castro Maia número 279.
"Precisamos ter uma resposta sobre o que aconteceu", diz Barbosa.
Embora as meninas tenham nascido na aldeia Cachoeirinha, em Miranda, terra da avó e dos pais, elas moravam na Capital, e desde que nasceram recebiam atendimento pediátrico do Posto do Los Angeles. Ao Midiamax, o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta havia dito que o caso deveria ser apurado com cautela por se tratar de crianças indígenas.
A avó das menininhas, Elizabeth Canale, 43, disse ao Midiamax que também espera uma resposta sobre o laudo policial. A mãe das meninas, O.V., 17, recebe os cuidados de Elizabeth.
A mãe e a avó prestaram depoimento no 4 DP das Moreninhas. A delegacia apura o caso complexo que envolve saúde pública e situação dos índios em área urbana.
Incógnitas
O delegado Wellington Oliveira, do 4 DP (Distrito Policial), responsável pela investigação, disse ao Midiamax que o exame pericial poderá esclarecer as condições de saúde das crianças e ainda, apontar se houve negligência do Estado. Entres os aspectos investigados estão o fato de a possibilidade de as meninas não terem recebido atendimento médico a contento, ou, acompanhamento social. As crianças pesavam 7 quilos e estavam 2 abaixo do peso ideal.
"As meninas nasceram prematuras. Tudo precisa ser apurado com muito cuidado. A mãe está completamente desolada".
Há suspeita de que as crianças possam ter sido contagiadas pelo vírus Influeza A (gripe suína) pelo curto período entre os sintomas e o óbito, 48 horas. Neste caso, o procedimento imediato teria que ser a internação.
Às crianças no posto Guanandi, além do dipirona receitado para a febre, os medicamentos broncodilatadores utilizados na inalação foram o Berot e Atrovent.
O delegado reúne os dados e frisa que o CRM (Conselho Regional de Medicina) poderá ser acionado caso fique claro a negligência médica. "Em 10 dias o laudo deve ficar pronto. O inquérito apura a suspeita de homicídio culposo (não intencional). O que deixa o caso intrigante é o fato de serem duas vítimas. Estamos ouvindo a família e os médicos".
Espera
Sem o laudo que aponte a causa da morte das menininhas terena, Anna Clara e Anna Karla, de 1 ano e 1 mês, a investigação policial precisa da principal fonte de informação. As crianças morreram na manhã de 8 de setembro, uma terça feira, tão logo a mãe e a avó desciam do ônibus, nas Moreninhas. Elas tentavam pela segunda vez atendimento médico às pequenas.
O pai, agente de saúde terena, C.A., é separado da mãe das crianças e mora em Miranda. As crianças, o irmãozinho de 2 anos, a avó e mãe residiam no Jardim Uirapuru, bairro sem infraestrutura situado na saída para São Paulo, na região do Los Angeles.
"No domingo, elas estavam bem, mamando no peito. Na segunda à noite deu febre nelas. Fomos no Guanandi porque lá é 24 horas e a gente pensou que lá iam fazer os exames. Mas, só mandaram fazer inalação e dar sete gotas de dipirona", relata a avó. Ela é quem cuida da filha adolescente.
Ao chegar a casa, as meninas tomaram o leite materno, brincaram um pouco e dormiram. Às 4 horas começaram a gemer com febre. A mãe e avó arrumaram as meninas e foram pegar o ônibus e desta vez, buscar socorro no posto 24 horas das Moreninhas.
"Quando desci do ônibus a Ana Karla parou de respirar nos meus braços e a Ana Clara já estava morta com a mãe dela. A gente cuidava bem delas. Não sei o por que disso ter acontecido e se foi a gripe suína. Eu não sei", desabafa a avó.
Segundo Sander Barbosa, presidente da entidade indígena, o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta deverá comparecer ao conselho, que fica na Rua Hélio de Castro Maia número 279.
"Precisamos ter uma resposta sobre o que aconteceu", diz Barbosa.
Embora as meninas tenham nascido na aldeia Cachoeirinha, em Miranda, terra da avó e dos pais, elas moravam na Capital, e desde que nasceram recebiam atendimento pediátrico do Posto do Los Angeles. Ao Midiamax, o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta havia dito que o caso deveria ser apurado com cautela por se tratar de crianças indígenas.
A avó das menininhas, Elizabeth Canale, 43, disse ao Midiamax que também espera uma resposta sobre o laudo policial. A mãe das meninas, O.V., 17, recebe os cuidados de Elizabeth.
A mãe e a avó prestaram depoimento no 4 DP das Moreninhas. A delegacia apura o caso complexo que envolve saúde pública e situação dos índios em área urbana.
Incógnitas
O delegado Wellington Oliveira, do 4 DP (Distrito Policial), responsável pela investigação, disse ao Midiamax que o exame pericial poderá esclarecer as condições de saúde das crianças e ainda, apontar se houve negligência do Estado. Entres os aspectos investigados estão o fato de a possibilidade de as meninas não terem recebido atendimento médico a contento, ou, acompanhamento social. As crianças pesavam 7 quilos e estavam 2 abaixo do peso ideal.
"As meninas nasceram prematuras. Tudo precisa ser apurado com muito cuidado. A mãe está completamente desolada".
Há suspeita de que as crianças possam ter sido contagiadas pelo vírus Influeza A (gripe suína) pelo curto período entre os sintomas e o óbito, 48 horas. Neste caso, o procedimento imediato teria que ser a internação.
Às crianças no posto Guanandi, além do dipirona receitado para a febre, os medicamentos broncodilatadores utilizados na inalação foram o Berot e Atrovent.
O delegado reúne os dados e frisa que o CRM (Conselho Regional de Medicina) poderá ser acionado caso fique claro a negligência médica. "Em 10 dias o laudo deve ficar pronto. O inquérito apura a suspeita de homicídio culposo (não intencional). O que deixa o caso intrigante é o fato de serem duas vítimas. Estamos ouvindo a família e os médicos".
Espera
Sem o laudo que aponte a causa da morte das menininhas terena, Anna Clara e Anna Karla, de 1 ano e 1 mês, a investigação policial precisa da principal fonte de informação. As crianças morreram na manhã de 8 de setembro, uma terça feira, tão logo a mãe e a avó desciam do ônibus, nas Moreninhas. Elas tentavam pela segunda vez atendimento médico às pequenas.
O pai, agente de saúde terena, C.A., é separado da mãe das crianças e mora em Miranda. As crianças, o irmãozinho de 2 anos, a avó e mãe residiam no Jardim Uirapuru, bairro sem infraestrutura situado na saída para São Paulo, na região do Los Angeles.
"No domingo, elas estavam bem, mamando no peito. Na segunda à noite deu febre nelas. Fomos no Guanandi porque lá é 24 horas e a gente pensou que lá iam fazer os exames. Mas, só mandaram fazer inalação e dar sete gotas de dipirona", relata a avó. Ela é quem cuida da filha adolescente.
Ao chegar a casa, as meninas tomaram o leite materno, brincaram um pouco e dormiram. Às 4 horas começaram a gemer com febre. A mãe e avó arrumaram as meninas e foram pegar o ônibus e desta vez, buscar socorro no posto 24 horas das Moreninhas.
"Quando desci do ônibus a Ana Karla parou de respirar nos meus braços e a Ana Clara já estava morta com a mãe dela. A gente cuidava bem delas. Não sei o por que disso ter acontecido e se foi a gripe suína. Eu não sei", desabafa a avó.
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