De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
O exemplo dos waimiri-atroari
23/11/2008
Fonte: Amazonas em Tempo, Editorial, p. A3
Documentos anexos
O exemplo dos waimiri-atroari
Os waimiri-atroari tornaram-se um paradigma da resistência no indigenismo brasileiro ao sobreviverem às grandes epidemias e massacres e reagirem às políticas públicas de 'integração acelerada' em nome do 'desenvolvimento' nacional. Suas terras foram invadidas por garimpeiros, mineradoras 'desapropriadas' para construção de duas hidrelétricas (Balbina, no Amazonas, e Tucuruí, no Pará) e uma rodovia federal (BR-174). A decisão de resistir com todas as 'armas' à ocupação de suas terras rendeu aos waimiri-atroari a fama de guerreiros maus que precisavam ser pacificados a todo custo. Nas lutas, foram quase exterminados, sobrevivendo pouco mais de 300 índios, a maioria adolescente.
Mas o programa lançado pela Eletronorte, como forma de compensar a etnia pelos danos causados com a construção das hidrelétricas, alterou o quadro de decadência. Em pouco mais de duas décadas, a nação indígena mostra-se vitoriosa, com a 'explosão' populacional, resgate cultural e ao mesmo tempo inserindo-se no mercado global, comercializando a marca waimiri-atroari e utilizando-se dos mais modernos equipamentos eletrônicos.
Hoje, a tribo conta com a melhor e mais eficiente infra-estrutura entre todos os povos indígenas brasileiros, com destaque nas áreas de educação, saúde e resgate cultural.
A gestão do programa é sem dúvida alguma, modelo para o indigenismo brasileiro, o que tem levado a massa da opinião pública e até alguns antropólogos a simpatizar com sua atuação.
O exemplo dos waimiri-atroari mostra que é possível preservar a cultura indígena, explorar economicamente as riquezas naturais e preservar o meio ambiente. E apenas uma questão de decisão política, que para muitas tribos, ainda ressentidas de apoio governamental, não pode ser postergada. O Brasil tem uma dívida com esses povos que precisa urgentemente ser resgatada, sob pena de a sociedade conviver indiferente ao genocídio praticado contra os primeiros habitantes desse vasto território.
Amazonas em Tempo, 23/11/2008, Editorial, p. A3
Os waimiri-atroari tornaram-se um paradigma da resistência no indigenismo brasileiro ao sobreviverem às grandes epidemias e massacres e reagirem às políticas públicas de 'integração acelerada' em nome do 'desenvolvimento' nacional. Suas terras foram invadidas por garimpeiros, mineradoras 'desapropriadas' para construção de duas hidrelétricas (Balbina, no Amazonas, e Tucuruí, no Pará) e uma rodovia federal (BR-174). A decisão de resistir com todas as 'armas' à ocupação de suas terras rendeu aos waimiri-atroari a fama de guerreiros maus que precisavam ser pacificados a todo custo. Nas lutas, foram quase exterminados, sobrevivendo pouco mais de 300 índios, a maioria adolescente.
Mas o programa lançado pela Eletronorte, como forma de compensar a etnia pelos danos causados com a construção das hidrelétricas, alterou o quadro de decadência. Em pouco mais de duas décadas, a nação indígena mostra-se vitoriosa, com a 'explosão' populacional, resgate cultural e ao mesmo tempo inserindo-se no mercado global, comercializando a marca waimiri-atroari e utilizando-se dos mais modernos equipamentos eletrônicos.
Hoje, a tribo conta com a melhor e mais eficiente infra-estrutura entre todos os povos indígenas brasileiros, com destaque nas áreas de educação, saúde e resgate cultural.
A gestão do programa é sem dúvida alguma, modelo para o indigenismo brasileiro, o que tem levado a massa da opinião pública e até alguns antropólogos a simpatizar com sua atuação.
O exemplo dos waimiri-atroari mostra que é possível preservar a cultura indígena, explorar economicamente as riquezas naturais e preservar o meio ambiente. E apenas uma questão de decisão política, que para muitas tribos, ainda ressentidas de apoio governamental, não pode ser postergada. O Brasil tem uma dívida com esses povos que precisa urgentemente ser resgatada, sob pena de a sociedade conviver indiferente ao genocídio praticado contra os primeiros habitantes desse vasto território.
Amazonas em Tempo, 23/11/2008, Editorial, p. A3
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