De Povos Indígenas no Brasil
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Noticias
Belo Monte deve ter apenas 2 consórcios
15/02/2010
Fonte: FSP, Dinheiro, p. B6
Belo Monte deve ter apenas 2 consórcios
Governo tenta convencer grupo Suez a liderar terceiro grupo para elevar a concorrência e reduzir tarifa final no leilão
Odebrecht e Camargo Corrêa, rivais em obras do rio Madeira, se unem em Belo Monte; Andrade Gutierrez lidera o outro consórcio
Da reportagem local
O leilão do projeto de aproveitamento hidrelétrico da usina de Belo Monte (PA) caminha para ter dois concorrentes. É remota a chance de haver outro consórcio no certame, embora o governo atue fortemente nos bastidores para estimular um terceiro concorrente.
O primeiro grupo já formado tem a construtora mineira Andrade Gutierrez, a Neoenergia (associação entre a Iberdrola, a Previ e o Banco do Brasil) e dois autoprodutores de energia: a Vale e a Votorantim.
O consórcio concorrente é liderado pelas empreiteiras que foram rivais na acirrada disputa pelas usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira (RO) -Camargo Corrêa e Odebrecht. Nesse grupo deve estar também a CPFL Energia, controlada atualmente pela Camargo Corrêa.
Os autoprodutores desse grupo devem ser Braskem (Odebrecht e Petrobras) e, talvez, a Gerdau, maior grupo siderúrgico do país.
A Alcoa, produtora de alumínio na região Norte e grande consumidora de energia, negociava com o grupo liderado pela Andrade Gutierrez.
O governo tenta convencer o grupo Suez (que está construindo a hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira) a liderar um terceiro consórcio. A ideia é juntá-lo a uma empreiteira estrangeira e a uma subsidiária do grupo Eletrobrás.
Tarifa
A participação dos autoprodutores como investidores de Belo Monte pode ajudar o governo a reduzir o valor da tarifa que será oferecida no leilão.
Pela regra da disputa, ganha quem oferecer o maior deságio sobre a tarifa-teto a ser definida pelo governo.
Nos projetos do rio Madeira, os grupos industriais eletrointensivos ficaram de fora do negócio. Essa situação fez com que os grandes consumidores livres tivessem a oferta de energia encarecida, exatamente para compensar a tarifa barata ofertada pelos consórcios ao mercado cativo (formado pelas distribuidoras).
Agora, dado o tamanho de Belo Monte, o governo afirma que permitirá que 20% da energia do projeto seja dos autoprodutores que fizerem parte do bloco de investimento.
O edital definirá essa divisão final, mas, segundo o que o governo já informou ao mercado, a distribuição da energia de Belo Monte ficará da seguinte forma: 70% dela irá para o mercado das distribuidoras (chamado de cativo); 20%, para os grandes consumidores de energia; e 10% poderão ser negociados com os chamados consumidores livres.
A previsão é que esse último grupo pagará a tarifa mais cara gerada pela usina.
(Marcio Aith e Agnaldo Brito)
Redução de tarifa é meta política
Da reportagem local
O governo considera a redução da tarifa de Belo Monte um quesito político essencial. Será, segundo autoridades do setor, uma oportunidade de assegurar à ministra Dilma Rousseff uma bandeira gerencial importante durante a campanha eleitoral.
Se conseguir viabilizar Belo Monte ao custo mais baixo do que os projetos do rio Madeira, Dilma -principal articuladora do atual modelo do setor elétrico- terá obtido uma vitória política de grande peso.
Mesmo que para isso o contribuinte tenha de pagar uma conta maior por meio de benefícios cruzados, oferecidos pelo governo em outros itens que não a tarifa-teto do leilão.
FSP, 15/02/2010, Dinheiro, p. B6
Governo tenta convencer grupo Suez a liderar terceiro grupo para elevar a concorrência e reduzir tarifa final no leilão
Odebrecht e Camargo Corrêa, rivais em obras do rio Madeira, se unem em Belo Monte; Andrade Gutierrez lidera o outro consórcio
Da reportagem local
O leilão do projeto de aproveitamento hidrelétrico da usina de Belo Monte (PA) caminha para ter dois concorrentes. É remota a chance de haver outro consórcio no certame, embora o governo atue fortemente nos bastidores para estimular um terceiro concorrente.
O primeiro grupo já formado tem a construtora mineira Andrade Gutierrez, a Neoenergia (associação entre a Iberdrola, a Previ e o Banco do Brasil) e dois autoprodutores de energia: a Vale e a Votorantim.
O consórcio concorrente é liderado pelas empreiteiras que foram rivais na acirrada disputa pelas usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira (RO) -Camargo Corrêa e Odebrecht. Nesse grupo deve estar também a CPFL Energia, controlada atualmente pela Camargo Corrêa.
Os autoprodutores desse grupo devem ser Braskem (Odebrecht e Petrobras) e, talvez, a Gerdau, maior grupo siderúrgico do país.
A Alcoa, produtora de alumínio na região Norte e grande consumidora de energia, negociava com o grupo liderado pela Andrade Gutierrez.
O governo tenta convencer o grupo Suez (que está construindo a hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira) a liderar um terceiro consórcio. A ideia é juntá-lo a uma empreiteira estrangeira e a uma subsidiária do grupo Eletrobrás.
Tarifa
A participação dos autoprodutores como investidores de Belo Monte pode ajudar o governo a reduzir o valor da tarifa que será oferecida no leilão.
Pela regra da disputa, ganha quem oferecer o maior deságio sobre a tarifa-teto a ser definida pelo governo.
Nos projetos do rio Madeira, os grupos industriais eletrointensivos ficaram de fora do negócio. Essa situação fez com que os grandes consumidores livres tivessem a oferta de energia encarecida, exatamente para compensar a tarifa barata ofertada pelos consórcios ao mercado cativo (formado pelas distribuidoras).
Agora, dado o tamanho de Belo Monte, o governo afirma que permitirá que 20% da energia do projeto seja dos autoprodutores que fizerem parte do bloco de investimento.
O edital definirá essa divisão final, mas, segundo o que o governo já informou ao mercado, a distribuição da energia de Belo Monte ficará da seguinte forma: 70% dela irá para o mercado das distribuidoras (chamado de cativo); 20%, para os grandes consumidores de energia; e 10% poderão ser negociados com os chamados consumidores livres.
A previsão é que esse último grupo pagará a tarifa mais cara gerada pela usina.
(Marcio Aith e Agnaldo Brito)
Redução de tarifa é meta política
Da reportagem local
O governo considera a redução da tarifa de Belo Monte um quesito político essencial. Será, segundo autoridades do setor, uma oportunidade de assegurar à ministra Dilma Rousseff uma bandeira gerencial importante durante a campanha eleitoral.
Se conseguir viabilizar Belo Monte ao custo mais baixo do que os projetos do rio Madeira, Dilma -principal articuladora do atual modelo do setor elétrico- terá obtido uma vitória política de grande peso.
Mesmo que para isso o contribuinte tenha de pagar uma conta maior por meio de benefícios cruzados, oferecidos pelo governo em outros itens que não a tarifa-teto do leilão.
FSP, 15/02/2010, Dinheiro, p. B6
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